João Maria AlvesA doença traz risco ao homem se houver consumo da carne
Apesar do resultado positivo, a Agricultura ressaltou em nota que não houve “diagnóstico conclusivo que possa ser usado para classificá-lo de forma inequívoca até o momento”. Ou seja, a OIE não conseguiu identificar a origem da doença e optou por respaldar os exames feitos pelo laboratório da rede estatal Lanagro, em Recife.
O laboratório brasileiro classificou o caso como atípico devido ao fato de o animal não ter desenvolvido a doença nem ter morrido em função dela. O Lanagro detectou que uma deficiência na formação de proteína, a chamada marcação priônica, se desenvolveu por causa da idade avançada do animal - ela ocorre normalmente em bovinos acima de dez anos, em função do envelhecimento das células.
A vaca nelore tinha 12 anos. O caso clássico da doença ocorre em rebanhos mais novos, de até 7 anos, que é a média de idade limite dos animais comercializados no mercado. Nesses casos, a enfermidade pode ser causada pela alimentação à base de farinha de osso e carne.
“A manifestação do laboratório corrobora com as investigações epidemiológicas desenvolvidas a campo de que se trata de um caso espontâneo e previsível, que não tem qualquer correlação com a ingestão de alimento contaminado, e que pode ser detectado em qualquer país do mundo que tenha um sistema de vigilância robusto transparente como o do Brasil”, disse o ministério em nota.
A divulgação do caso levou o Peru a suspender a importação de carne brasileira. Fontes do setor afirmam que Irã e Egito também impuseram embargo ao produto brasileiro em razão do mal da vaca louca. Em sua nota, a Agricultura frisa que o Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul (CVP) elogiou a rapidez e transparência do serviço sanitário brasileiro.
tribunadonorte.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário