Um grupo de aproximadamente 1,5 mil médicos faziam passeata no Centro do Rio de Janeiro por volta das 12h desta quarta-feira dentro do dia marcado por protestos dos profissionais de saúde pedindo melhores condições de atendimento à população. A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, eram os principais alvos dos manifestantes.
"Ei, Dilma, vem se tratar no SUS", gritam os médicos, em referência às condições oferecidas a quem busca tratamento pelo Sistema Único de Saúde.
"Não vai ajudar em nada trazer um médico cubano que não fala português. Fora isso, importar profissionais sem a revalidação é inconstitucional. A lei tem que ser respeitada. A presidente poderá responder por crime de responsabilidade", afirmou.Outra crítica recorrente no protesto acontece em relação ao plano de se importar médicos sem que haja revalidação, no Brasil, da licença para trabalhar. Diretor do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sindmed-RJ), Jorge Darze mostrou-se contrário à ideia.
Assim como vem ocorrendo em outros protestos, papel picado foi jogado do alto dos prédios em demonstração de apoio ao ato. Os manifestantes se concentraram na Cinelândia, e chegaram a ocupar as escadarias da Câmara dos Vereadores.
"Queremos hospitais padrão Fifa", bradava o médico aposentado Ivan Timm, que mostrava o contracheque com ganhos mensais de R$ 671,78. Ele diz ter trabalhado por décadas como médico da Superintendência de Esportes e Lazer do Rio de Janeiro (Suderj).
O protesto parou em frente ao prédio do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, aos gritos de "Fora, Padilha". Os manifestantes se dirigiram, em seguida, até o prédio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
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