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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Terceira idade: nova lei na China obriga adultos a visitar os pais


Terceira idade: nova lei na China obriga adultos a visitar os pais

Esta segunda-feira entra em vigor na China uma nova lei que obriga os adultos a visitarem os seus pais. Quem não cumprir arrisca multa ou prisão. A lei dos «Direitos dos Idosos» no país visa travar o crescente fenómeno do abandono e da solidão na terceira idade.

O decreto legal estipula que os filhos adultos devem preocupar-se com as «necessidades espirituais» dos pais e «jamais negligenciar ou desprezar os idosos», de acordo com a BBC.
Segundo estatísticas do governo, em 2010, mais de 178 milhões de pessoas na China tinham 60 anos ou mais de idade, e prevê-se que em 2030 o número duplique.
Mas a obrigatoriedade de se preocupar com os respectivos progenitores não foi bem aceite por muitos cidadãos.
«Os laços familiares devem ser baseados em emoções espontâneas», considerou um utilizador da rede social Weibo (semelhante ao Twitter).
Trata-se de «uma mensagem educacional», afirmou à BBC Zhang Yan Feng, advogado de Pequim. «É difícil colocar esta lei em prática, mas não é impossível. Se um caso é levado a tribunal com base nesta lei, eu acho que provavelmente vai acabar num acordo pacífico. Mas se nenhum acordo for alcançado, tecnicamente falando, as decisões judiciais podem forçar a pessoa a visitar a casa algumas vezes por mês». 
diariodigital.sapo

Protestos de caminhoneiros fecham rodovias e Rodoanel em São Paulo

Ato é contra o valor do diesel e também contra a decisão do governo de cobrar pedágio dos caminhões por eixos

Protesto organizado por caminhoneiros bloqueia, nos dois sentidos, a rodovia Castello Branco, que liga a capital paulista ao oeste do Estado, a rodovia Anchieta, que vai da capital à Baixada Santista, o Rodoanel Mário Covas, que liga a cidade a outros municípios da região metropolitana, e a rodovia Marechal Rondon, usada para ir da região metropolitana de São Paulo ao noroeste do Estado. O ato é contra o valor do óleo diesel e também contra a decisão do governo do estado de passar a cobrar pedágio dos caminhões por eixos, mesmo quando trafegam suspensos.
Alex Falcão/Futura Press
Caminhoneiros bloqueiam os dois sentidos da rodovia Castello Branco, na altura do km 30
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que a manifestação começou às 5h e transcorre pacificamente. Não há previsão sobre quando a rodovia e o Rodoanel serão liberados. Segundo a concessionária a Via Oeste, que administra as rodovias, o Rodoanel está bloqueado na altura do km 45.
Por volta das 18h, o congestionamento ainda é intenso na Castello Branco, com lentidão do km 24 ao km 30, sentido interior. A recomendação da polícia é que os motoristas utilizem a saída pelo Rodoanel. Há um desvio, sentido interior, no km 19. No sentido capital, o congestionamento se estende do km 30 ao 35, porém os manifestantes liberaram a faixa da esquerda para motos e carros de passeio e também há um desvio no km 32.
A rodovia Anchieta, que liga a capital à Baixada Santista, também foi bloqueada por caminhoneiros em ambos os sentidos. De acordo com a Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta/Imigrantes, os manifestantes estão fechando as faixas central e da direita da via, na região de São Bernardo do Campo, Grande São Paulo. Apenas carros de passeio passam pelas faixas da esquerda nos dois sentidos.
Daniel Sobral/Futura Press
Rodovia Anchieta é bloqueada por caminhoneiros no sentido baixada santista, na região de São Bernardo do Campo

Na pista sul (litoral), o bloqueio é feito no quilômetro (km) 23 por manifestantes do Movimento União Brasil Caminhoneiro, e o congestionamento chega a 2 quilômetros. Na pista norte (sentido São Paulo), o congestionamento ocorre do km 24 ao 23.
Já na Cônego Domênico Rangoni, no km 250, altura do Guarujá sentido Cubatão, os motoristas fecharam a via com os caminhões na praça de pedágio, por volta das 10h. O tráfego está represado em 2 quilômetros até o início da rodovia que é continuação da Cônego Domênico Rangoni, a SP-248, e se prolonga por mais 8 quilômetros adiante. Segundo a Ecovias, a rodovia dos Imigrantes opera normalmente para descida e subida da serra.
Outras duas rodovias do sudoeste paulista, por causa de protestos contra os pedágios. Manifestantes bloquearam a rodovia João Melão (SP-255) por volta das 10h, no km 246, em Avaré. Um acordo com a Polícia Rodoviária Estadual garantiu a liberação da estrada a cada meia hora para dar vazão ao tráfego, seguida de novo bloqueio.
A outra rodovia bloqueada é a Francisco da Silva Pontes (SP-255) que foi interditada pelos caminhoneiros no km 198, distrito de Gramadão, em Itapetininga, entre a cidade e Capão Bonito.
As duas pistas da rodovia Marechal Rondon (SP-300) também estavam interditadas, no quilômetro 522, às 10h57 desta segunda. Os manifestantes permitiam a passagem de veículos leves apenas pelo acostamento. Em seguida, seguiram em comboio pela pista leste da rodovia, numa "operação-tartaruga", rodando em baixa velocidade. Na altura do km 501, em Glicério, na região de Araçatuba, houve uma nova parada com o fechamento das duas pistas. A pista só foi liberada por volta das 15h30.
Empresas de ônibus
O bloqueio na Castello Branco levou a viação Cometa a suspender a maior parte dos horários de ônibus de Sorocaba para São Paulo. Centenas de passageiros que seguiam da cidade do interior para a capital ficaram sem condução. Alguns ônibus seguiram lotados pela rodovia Raposo Tavares.
*Com Agência Estado e Agência Brasil 
ultimosegundo.ig

Alckmin e Haddad despencam


 Alckmin e Haddad despencam
 Não foi apenas a popularidade da presidente Dilma Rousseff que acabou corroída pela onda de protestos que tomou o país.

O movimento abalou os índices de aprovação dos governadores dos dois maiores Estados do país: Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo, e Sérgio Cabral (PMDB), do Rio; e ainda dos prefeitos das duas maiores cidades: Fernando Haddad (PT), o titular da capital paulista, e Eduardo Paes (PMDB), da capital fluminense.

Todos os dados são da pesquisa Datafolha finalizada na sexta-feira passada.

Em São Paulo, a aprovação de Alckmin caiu 14 pontos no intervalo de três semanas --Dilma perdeu 27 pontos no mesmo intervalo.

Os 52% de avaliação positiva do tucano em 7 de junho, pouco antes do início dos protestos, foram reduzidos para 38% na pesquisa recente.

Na semana do auge dos protestos, Alckmin foi criticado pelo comportamento da Polícia Militar, que num primeiro momento agiu com violência durante passeatas e depois, diante das críticas, teria reduzido o rigor no combate ao vandalismo.

O Estado também administra tarifas dos trens e do metrô, que também subiram, mas, mediante a pressão das ruas, acabaram tendo o reajuste cancelado.

Abalo ainda maior foi sentido por Haddad, cuja administração tem só seis meses.

Seu índice de aprovação caiu 16 pontos em três semanas, de 34% para 18%. A reprovação do petista (soma dos julgamentos ruim e péssimo) subiu de 21% para 40%. O patamar só é inferior na série histórica do instituto aos de Jânio Quadros, 43%, de Marta Suplicy, 42%, e de Paulo Maluf, 41%, quando se trata do mesmo período de gestão.

Haddad se expôs no enfrentamento ao Movimento Passe Livre. No início, disse que não havia margem para negociação. Insistia no argumento de que as passagens de ônibus haviam subido abaixo da inflação. No fim, cedeu.

As taxas de aprovação de Haddad hoje são parecidas com as obtidas por outros ex-prefeitos no período equivalente de suas gestões.

Em junho de 1986, Jânio Quadros tinha 16% de aprovação. Em 1989, Luiza Erundina marcou os mesmos 16%. Paulo Maluf, o prefeito seguinte, fez 20%. Em junho de 2007, Celso Pitta tinha 19%. Quatro anos depois, Marta alcançou 20%. José Serra, em julho de 2005, teve 30%. O único que destoa é Gilberto Kassab, que antecedeu Haddad, com 46%.

No dia 18 de junho, 51% dos paulistanos avaliavam o desempenho de Alckmin diante dos protestos como ruim ou péssimo. Esse índice caiu para 39% em 21 de junho. E voltou a cair na última pesquisa, para 33%. Com Haddad ocorreu fenômeno parecido, em intensidade menor. A má avaliação de seu comportamento frente aos protestos era compartilhada por 55%. Caiu para 50%. E depois para 44%.

RIO DE JANEIRO

Depois de atingir o pico de sua popularidade na série do Datafolha no Estado do Rio, em novembro de 2010, o governador Sérgio Cabral despencou 30 pontos.

No levantamento de sexta-feira, após seis anos e meio de mandato, ele obteve 25% de ótimo e bom, a menorpontuação da série. A soma de ruim e péssimo é maior, 36%.

Cabral foi alvo dos manifestantes, que acamparam na frente de seu apartamento.

A imagem do prefeito do Rio, Eduardo Paes, sai igualmente lesada. Desde agosto de 2012, seu índice de aprovação caiu de 50% para 30%. A desaprovação fez a trajetória inversa. Subiu de 12% para 33%.

Folhanline/pb agora

14 cidades voltam a protestar nas ruas da Paraíba Cajazeiras faz manifestação hoje e JP tem mobilizações em 2 dias; organizações continuam no Facebook


Amanda Gabriel
Manifestação em João Pessoa
A Paraíba terá mais uma semana de protestos e as mobilizações continuam acontecendo através das mídias sociais. Em João Pessoa, estão previstas manifestações na quarta (3) e quinta-feira (4). Enquanto isso, no interior do Estado as manifestações também não param.
Nesta segunda-feira (1º) está marcada uma mobilização em Cajazeiras e na quarta-feira haverá manifestação também em Campina Grande. Mais 11 cidades da Região do Cariri também serão palcos de manifestações na primeira semana de julho: Taperoá, Assunção, Desterro, Livramento, Parari, São José dos Cordeiros, Salgadinho, Santo André, Serra Branca, Sumé e Juazeirinho.A divulgação está sendo feita na página do movimento no Facebook.
João Pessoa 

Na quarta-feira (3), os motoristas de ônibus planejam uma caminhada a partir das 15h em defesa do dissídio coletivo que acontecerá no mesmo dia no Ministério Público. Os motoristas planejam se reunir na frente do Liceu Paraibano e sair em caminhada em até o prédio do MP, próximo à praça 1.817. Já os organizadores do movimento Passe Livre estão planejando a manifestação “Avante João Pessoa 3” para a próxima quinta-feira (4), a partir das 15h30. Será a terceira quinta-feira seguida de protestos. E os membros do grupo Reação Nacional se reunirão hoje para organizar uma mesa redonda também na quinta-feira para discutir sobre o plebiscito que havia sido proposto pela presidenta Dilma Rousseff. 

Movimento Passe Livre

Um dos organizadores do movimento Passe Livre, Emanuel Reis, contou que o local de concentração da manifestação da próxima quinta-feira, em João Pessoa, só será divulgado um dia antes, ou seja, na quarta-feira. “Da mesma forma só divulgaremos o percurso na hora da manifestação. Deu certo da última vez e faremos do mesmo jeito. Vamos usar faixas para conduzir os manifestantes”, disse. Segundo ele, o objetivo principal é manifestar pela redução do preço das passagens do transporte urbano e pela concessão do passe livre para os estudantes. 

Reação Nacional

Um dos líderes do movimento Reação Nacional, Vitor Carvalho, informou que o grupo vai se reunir hoje, às 14h, para organizar uma mesa-redonda sobre o plebiscito na próxima quinta-feira, no colégio Século XXI, nos Bancários, na Capital. “Vamos conversar com alguns promotores e advogados que estão apoiando nossa causa para mobilizar a sociedade para participar desse evento. Nosso objetivo maior é a reforma política. Lutamos contra a aprovação da PEC-37 e agora nosso alvo é o plebiscito”, informou. 

Cariri

O movimento é intitulado #VemPraRuaCariri e propõe debates como a transposição do Rio São Francisco, investimentos na educação e saúde, melhorias no abastecimento de água, garantia de transporte para os universitários, valorização do magistério, ações para convivência com a seca.

CG: movimento 4ª feira 

A partir desta segunda-feira , o valor da tarifa de ônibus em Campina Grande passa a custar R$ 2,10, com base na redução aprovada na última sexta-feira na Câmara de Vereadores (CMCG). No entanto, o Movimento Pelo Passe Livre (MPL) e lideres de entidades sindicais e de movimentos sociais não concordaram com valor e planejam mais uma manifestação para a próxima quarta-feira. Uma audiência está marcada com o prefeito Romero Rodrigues e os manifestantes pretendem ocupar novamente a sede do gabinete do prefeito para cobrar o cumprimento das reivindicações do MPL. Em Cajazeiras, no Sertão do Estado, haverá protesto hoje a partir das 16h. 

De acordo com a integrante do MPL de Campina Grande, Gizelia Vasconcelos, hoje à tarde, o movimento fará uma plenária para organizar a pauta de reivindicações que será feita ao prefeito, durante a audiência que está marcada para as 14h de quarta-feira. “Até agora o prefeito ainda não nos informou onde será a audiência. Nos havíamos sugerido que fosse no teatro municipal para que quem quiser possa participar”, contou. Além do passe livre, os manifestantes reivindicam a revogação da lei da gestão pactuada da saúde e reformulação do sistema de transportes público da cidade. 

Em Cajazeiras, o 2º manifesto começa às 16h e a concentração será na Praça das Oiticicas, no Centro. A principal bandeira deles é a implantação de um sistema de transporte público no município. 
portal correio

Concursos com inscrições abertas reúnem 18,5 mil vagas em todo o país Cargos são em todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 21.711,74 no TJ do Rio de Janeiro.

Pelo menos 91 concursos públicos em todo o país estão com inscrições abertas nesta segunda-feira (1º) e reúnem 18.478 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 21.711,74 no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva, ou seja, os aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.
Os órgãos que abrem as inscrições na segunda-feira para 794 vagas são os seguintes: Marinha, Tribunal de Justiça do Paraná, Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), em Minas Gerais, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal de Lavras (MG), Autarquia Hospitalar Municipal de São Paulo, Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (MT) e Prefeitura de São Pedro (SP). 
globo.com

Mulheres com mais de 25 anos poderão ser vacinadas contra o HPV A infecção causada pelo vírus aumenta em até 100 vezes o risco de a mulher desenvolver câncer no colo do útero

Mulheres com mais de 25 anos poderão ser vacinadas contra o HPV (papilomavírus humano), de acordo com decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada Diário Oficial da União, edição de terça-feira (25). Antes, a aplicação da vacina era limitada a mulheres de 9 anos a 25 anos.
O HPV é uma doença sexualmente transmissível. A infecção causada pelo vírus aumenta em até 100 vezes o risco de a mulher desenvolver câncer no colo do útero. A vacina imuniza contra os tipos mais comuns do vírus.
Segundo estudo da Associação Brasileira de Patologia no Trato Genital Inferior e Colposcopia, após cinco anos de atividade sexual, 60% das mulheres se infectam com algum dos 130 genótipos do HPV. A decisão da Anvisa garante a mais mulheres acesso à vacina.
Mulheres com mais de 25 anos poderão ser vacinadas (Foto: Divulgação)
Mulheres com mais de 25 anos poderão ser vacinadas (Foto: Divulgação)

diariodolitoral

Brasil “professor” dá aula ao “aluno” Espanha

 
POR BOB FERNANDES, DIRETO DO RIO DE JANEIRO
 
Dezoito de dezembro de 2011, Tóquio. Com um 4 a 0, o Barcelona de Xavi, Iniesta, Pique, Messi & Cia atropela o Santos de Neymar e é campeão do mundo. Pepe Guardiola, técnico do Barça, com alguma ironia e ar professoral explica o resultado acachapante:
 
-…o Barcelona toca a bola, como meu pai falava que vocês brasileiros faziam…
A escola espanhola havia superado a escola brasileira, os alunos superavam os professores.
 
Domingo, 30 de junho de 2013, Rio de Janeiro. Brasil 3, Espanha 0.
 
A seleção de Neymar, Paulinho, Fred & Cia toca a bola, de pé em pé, ganha a Copa das Confederações pela quarta vez, a terceira consecutiva, e mais de 70 mil  extasiados torcedores entoam gritos e cânticos no Maracanã:
 
-Olé, olé, olé…
 
-O campeão voltou, o campeão voltou…
 
-Quer  jogar? Quer jogar? O Brasil vai te ensinar…
 
Numa noitada excepcional, o Brasil retoma o posto de professor. Até que venham a Copa 2014, a Alemanha, Itália, Argentina e a própria Espanha, o time de Felipão reassume o papel que viveu nos último 55 anos: o de um dos grandes favoritos numa Copa do Mundo.
 
Felipão Scolari, também ele saudado em coro no Maracanã, sabe os riscos de tal favoritismo pós- Copa das Confederações. Risco, e naufrágios, já experimentados pelo Brasil, em especial na Alemanha e África do Sul.
 
Uma hora depois da partida, a cautela de Felipão diante da vitória espetacular:
 
-… permite sonhar com um caminho, sonhar com um time para estar entre os melhores na Copa…provamos que temos um time para brigar com outros times do mundo…
 
Com a sinceridade habitual, o técnico avisa que as portas da seleção “estão abertas”, que o grupo não está fechado, como remoe o jargão de boleiros e jornalistas boleiros e deixa escapar o que, hoje antevê, calcula, imagina até a Copa:
 
-… temos setenta por cento, oitenta por cento da equipe…a gente não prometeu que seja esse grupo (todo) eu não escondi isso deles…
 
Para não deixar dúvidas, a brincadeira num diálogo com Neymar, à mesa com Felipão na entrevista pós-jogo.
 
Neymar diz esperar fazer “uma ótima Copa” em 2014, e Felipão, como se não estivesse sendo captado pelos microfones, provoca:
 
-… não se esqueça que quem convoca sou eu…
 
Neymar tabela:
 
-… já tô me escalando, professor…
 
Nos sites dos jornais espanhóis, e não apenas, a escalada de Neymar e da seleção brasileira:
 
-Neymar impõe seu futebol de vertigem – bradou o “Sport”, da Espanha, numa das suas manchetes.
 
-Neymar aplastra La Roja (a Espanha), titulou o “Mondo Deportivo”, que ainda diria: 
-Neymar dá Confederações ao Brasil.
 
“O “Marca”, valeu-se da derrota de 1950 e de um sinônimo para o atropelamento: “Maracantazo”, “Neymarazo”, e “Inferno no Maracanã”.
 
O “As” da Espanha lamentou:
 
-O melhor Brasil e a pior Espanha.
 
O “Terra” da Espanha foi pelo mesmo caminho:
 
-Brasil devora a pior Espanha.
 
Sem querer render-se de todo, saca reclamações de Xavi e Iniesta contra as faltas cometidas pela seleção brasileira e diz em outro título:
 
-O “jogo feroz” do Brasil devora uma Espanha apática.
 
O italiano La Gazzetta dello Sport foi na ferida:
 
-Show de Fred e Neymar / O Brasil afunda a Espanha.
 
O argentino Olé, lembrando das ruas e avenidas do Brasil nestes dias e do gol de Neymar sapecou:
 
-Manifestação de Futebol.
 
O Olé saudou ainda o golaço de Neymar:
 
- Pé Esquerdo Maravilha.
 
Felipão não escondeu quem o ajudou na aula. Gallo, treinador das seleções de base, seguiu os espanhóis e apontou pontos fracos e fortes. Jogadores e jornalistas portugueses mandaram observações do amistoso Portugal 4, Espanha 0.
 
Em resumo, além do gol relâmpago de Fred logo aos 2 minutos, uma das chaves da vitória foi o adiantar a marcação, a pressão na saída de bola.
 
Desde o início, de outra forma, mas com o mesmo espírito da Itália na semifinal, ao obrigar o goleiro Casillas a dar chutões e, assim, interromper o fluxo que permite a Xavi e Iniesta fazer rodar o carrossel de triangulações da Espanha.
 
Júlio César sai da Copa das Confederações de volta ao patamar em que estava até  a desastrosa tarde do Brasil 1, Holanda 2 na Copa do Mundo. O de um grande goleiro. Defesa decisiva no pênalti contra o Uruguai, grande partida na final.
 
Daniel Alves. Certamente por imposição tática subiu pouco contra a Espanha, mas seja por cansaço de fim de temporada ou por um motivo qualquer, jogou uma Copa irregular. Talvez por isso suas críticas à mídia brasileira e elogios à da Espanha.
Um equívoco de Daniel, os elogios ao todo do reportariado espanhol. Vários deles vestem, literalmente, a camisa da seleção.
 
Mais do que os gritos de gol, humanos e muitas vezes inescapáveis, alguns dos jovens repórteres elogiados por Daniel assistem às partidas, na tribuna de imprensa, com camisas vermelhas, como se fossem torcedores.
 
E narram, ou deixam de narrar fatos, como se fossem torcedores e nada além.
Ao final dos 3 a 0, e antes de seguir para a sala de imprensa e entrevistas, pelo menos um deles, em plena tribuna, tirou a camiseta da Roja e fantasiou-se de jornalista.
 
No Brasil x Uruguai, à frente da nossa bancada um exemplo de até onde o jornalismo-torcida pode ir quando contamina também as narrativas.
 
Brasil 1, Uruguai 0. Na tela do repórter espanhol, página e titulo já desenhados: “O Brasil espera a Espanha”. Detalhes: era apenas o final do primeiro tempo, e a Espanha a ainda enfrentaria a Itália. No dia seguinte.
 
Gol de Cavani, Uruguai 1, Brasil 1, no início do segundo tempo. O jornalista-torcedor, de imediato muda a manchete, evoca o Maracanazo: “O Brasil volta a chorar”. Paulinho desempata no final, e meia volta volver no título do jornal:
 
-O Brasil espera a Espanha.
 
Tiago Silva. À exceção da bobeira no gol de empate do Uruguai, uma grandiosa Copa.
 
David Luiz. Como definido por Felipão, protagonizou o momento decisivo do Brasil x Espanha:
 
-O momento da vitória foi o do David Luiz (ao salvar, quase em cima da risca, o gol espanhol) decisivo foi aquele lance, não o primeiro, o segundo ou o terceiro gols…
E foi mesmo. Na memória do torcedor inebriado, aquele carrinho salvador apaga tudo, mas certamente Felipão e Parreira conversaram com o zagueiro sobre o pênalti em Lugano, ápice dos não poucos momentos de afobação e excessos.
Marcelo. Outro com uma grande Copa. Em boa parte dos jogos, muito mais um meia do que um lateral. Como no início da jogada do terceiro gol do Brasil, o segundo de Fred contra  Espanha.
 
Luiz Gustavo e Paulinho. Neste domingo, e durante os cinco jogos, enorme evolução como dupla. Grandes partidas de Luiz, excepcional a Copa de Paulinho, impecável no jogo contra a Espanha.
 
Paulinho foi eleito o terceiro melhor jogador do torneio, mas, a contar-se a final, merecia ao menos um degrau acima. No domingo conseguiu a proeza de fazer Iniesta parecer menos grandioso do que é.
 
Hulk. Marca, atropela, corre, cobre a subida dos laterais, ora à esquerda, ora à direita quando lá está. Iniciou a jogada do primeiro gol, participou na do terceiro, fez na final a sua melhor partida… mas tem um probleminha.
 
A jogada do gol que David Luiz evitou começa com uma bola que, lá na frente, Hulk não conseguiu dominar. Ao longo da Copa, por muitas vezes isso se deu: o desentendimento entre Hulk e a bola.
 
Nas vitórias, a torcida reconhece a extraordinária dedicação de Hulk à equipe. Mas para alguém que veste, e no ataque, a camisa amarela, aprender a dominar a bola é imprescindível. Ainda é tempo. Sempre há tempo.
 
Oscar. Um belo passe para Jô no terceiro contra o Japão. Outro precioso toque para Neymar no segundo contra Espanha. Muita luta, muita marcação, mas, pareceu, muita timidez.
 
Ou por seu jeito algo retraído, ou por imposição tática, Oscar deu a impressão de ainda não ter encontrado o espaço ideal.
 
Fred. Mesmo participando como garçom, servindo gols, jogava excessivamente fixo na função de definidor no início da Copa. Cresceu e muito além do papel de pivô/e/ou matador.
 
Artilheiro, ao lado do meia boca Fernando Torres, Fred brilhou na semifinal, ganhou a torcida de vez, arrebentou na final e carimbou o passaporte para a Copa. Só uma temporada infeliz, ou o destino, podem tirá-lo de 2014.
 
Neymar. Há menos de um mês, boa parte do país que gosta de espezinhar seus ídolos o contestava. Vaias nos amistosos, recordemos. E antes disso, vaias de quase todas as torcidas nas partidas do Santos.
 
Como se, aos 21 anos, Neymar já não tivesse feito o que já fez e vencido o que já venceu. Ou, talvez, por isso mesmo. No Brasil o sucesso alheio é ofensa pessoal, ensinou Tom Jobim.
 
Eleito o melhor jogador da Copa. Mas não apenas isso. Na hora em que são necessários os grandes, Neymar mostrou sua dimensão. Como craque fora de série e como alguém capaz de suportar pressões cada vez maiores.
 
No domingo, não apenas o golaço e o corta-luz no terceiro gol. O passe milimétrico para o gol de Fred que Casillas evitou no primeiro tempo, o atrair uma fila de marcadores a cada lance e cada jogo.
 
Neymar brilhou na Copa. Dos estádios Mané Garrinha, Castelão, Fonte Nova, Mineirão e Maracanã, Neymar saiu consagrado pela torcida. Com seu nome entoado em coro. Agora, o Barcelona.
 
De quem entrou: Dante foi muito bem contra Itália. Hernanes, com atuações seguras e confirmação da sua versatilidade, é outro que por ora cavou vaga na Copa.
 
Lucas. Sempre pedido pela torcida, não entrou bem em duas das partidas. Na quarta, Felipão optou por aquele que é, seguramente, uma de suas apostas para 2014, Bernard, que superou com sobras a prova de fogo contra o Uruguai.
 
Felipão sonha com ter encontrado um caminho para permanecer no topo em 2014. A seu lado, Parreira, certamente escaldado pelas derrotas, mas também vitórias.
 
Em 2005, dirigia o Brasil na vitória espetacular contra a Argentina, o 4 a 1 na final da Copa das Confederações. Um ano antes do naufrágio na Alemanha.
 
Doze anos antes, no mesmo Maracanã, Brasil 2, gols de Romário, Uruguai 0. No desfecho das eliminatórias, uma das maiores partidas da história da seleção. Um ano antes da Copa  que levaria ao tetracampeonato. 

terra.com