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terça-feira, 18 de setembro de 2012
Manifestantes do Femen realizam ato seminuas em Paris Integrantes comemoram abertura de sede em antigo teatro da cidade. Elas pintaram 'Sou livre' e 'Muçulmanos devem ficar pelados' no corpo.
Integrantes do grupo Femen realizam ato nesta terça-feira (18) em Paris.
As manifestantes comemoram a abertura do Centro Femen no antigo teatro Lavoir Moderne Parisien.
Elas pintaram frases como 'Sou livre', 'Muçulmanos devem ficar pelados' e 'Nosso Deus é ulher' no corpo.
Ativistas do movimento feminista Femen fazem ato que inaugura o Centro Femen em um antigo teatro de Paris, nesta terça-feira (18) (Foto: AFP)
Centro Femen fica no antigo teatro Lavoir Moderne Parisien, em Paris (Foto: AFP)
Manifestantes do Femen pintaram frases como 'Sou livre' no corpo. Cartaz ao fundo lê 'Guerra nua' (Foto: AFP)
Integrantes seminuas do Femen andam pelas ruas de Paris. O cartaz lê 'Femen é um novo feminismo' (Foto: AFP)
Integrantes seminuas do Femen andam pelas ruas de Paris (Foto: AFP) globo.com
Mensalão: compra de apoio está comprovada, diz relator
Mensalão: compra de apoio está comprovada, diz relator
Relator do processo no STF confirma teses da acusação e diz que “parlamentares comprados” votaram com o governo Lula em troca de dinheiro
O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), sustentou na sessão desta segunda-feira do julgamento que o esquema de compra de votos foi amplamente comprovado. Segundo ele, “parlamentares comprados” votaram com o governo Lula em troca de dinheiro.
“Os parlamentares beneficiados pelos pagamentos com dinheiro em espécie eram responsáveis pela condição dos votos de vários correligionários”, disse. “Os pagamentos tiveram o poder de influenciar importantíssimos atos de ofício, formando uma base de apoio alinhado ao PT, que conferiu facilmente maioria favorável aos interesses dos corruptores”, disse o relator.
Barbosa começou a abordar nesta segunda o principal capítulo da acusação: a compra de apoio político de parlamentares de PP, PL (atual PR), PTB e PMDB. Do outro lado do balcão, os corruptores habitavam a cúpula petista, inclusive José Dirceu, que é acusado de comandar o sistema de cooptação de congressistas.
“Comprovou-se a realização de transferências milionárias de dinheiro – 55 milhões de reais – por réus ligados ao PT em proveito de vários parlamentares de partidos que, mediante a sua acusação, passaram a compor a chamada base aliada do governo na Câmara dos Deputados”, disse o ministro.
O relator afirmou que, entre os projetos votados sob a nefasta influência do mensalão, estavam a reforma tributária e reforma da Previdência. “Essas reformas receberam o fundamental apoio dos parlamentares comprados pelo PT e das bancadas por ele orientadas ou dirigidas, exatamente no momento em que foram registrados os maiores repasses de dinheiro”, afirmou Barbosa. Ele citou também outro exemplo mencionado na acusação: a votação da Lei de Falências, em 2004.
Para Joaquim Barbosa, todo o esquema de compra de votos no Congresso, base da acusação do Ministério Público Federal no mensalão, foi possível a partir da ligação entre o publicitário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza e altos dirigentes do PT. “O réu Marcos Valério foi o elo entre todos os parlamentares e o PT na pessoa de Delúbio Soares, que determinava os repasses de dinheiro e as pessoas que dele seriam beneficiárias”, disse.
O relator do processo ainda destacou a existência de depoimentos comprovando que, antes mesmo de o caso chegar à imprensa, já se falava em mensalão na Câmara dos Deputados. Joaquim Barbosa lembrou que até o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado sobre o esquema. “A compra de apoio político de deputados pelo governo federal não era desconhecida. Ao contrário: desde 2003 o assunto era alvo de comentários na câmara, e as próprias testemunhas arroladas pelas defesas comprovaram isso”, afirmou.
Ao desconstruir a argumentação dos réus, ele ainda desqualificou determinadas testemunhas de defesa dos deputados que venderam votos, afirmando que, em muitos casos, foram arrolados amigos dos réus. Ele destacou que deputados federais não são obrigados a depor para informar atos que aconteceram no exercício da função. Por isso, disse o magistrado, não são de grande valia as negativas de parlamentares sobre a compra de votos no Congresso.
Joaquim Barbosa disse ainda que a tese de que tudo não passou de caixa dois de campanha, ainda que fosse verdade, não é relevante para o julgamento: “Essa versão não interfere na caracterização da tipicidade da conduta”, disse ele. Ou seja: o destino do dinheiro distribuído não faz diferença porque, no fim das contas, continua havendo crime de corrupção.
Ao afastar a principal tese das defesas dos mensaleiros – o crime de caixa dois já está prescrito – Barbosa foi taxativo: “o que ele fizeram com o dinheiro que receberam dessa forma é irrelevante para a configuração do crime de corrupção passiva”.
PP - Depois de confirmar os termos gerais da acusação, o ministro se dedicou a mostrar como o PP se rendeu ao esquema criminoso. Ele lembrou que, em 2003, no início do governo Lula, os petistas não eram alinhados ideologicamente ao PT. Ainda assim, revelou o ministro, o então líder do PP, Pedro Henry, “conduziu durante todo o período de recebimento dos recursos o voto de sua bancada favoravelmente às pretensões de seus corruptores”. Henry e o então presidente pepista, Pedro Corrêa, são réus por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. José Janene, outro parlamentar acusado, morreu em 2010.
“Os deputados federais do PP praticaram atos de ofício sob a influência desses pagamentos, e coube a Pedro Henry orientar o voto de seus correligionários no sentido pretendido por quem pagava, ou seja, os corruptores”, explicou ele.
Barbosa afirmou que, por conta dos mecanismos de ocultação utilizados pelos integrantes do PP para receber os recursos do mensalão, os réus também cometeram o crime de lavagem de dinheiro. Como ainda se associaram para praticar esses ilícitos, o relator indicou que votará pela condenação dos pepistas por formação de quadrilha.
“A engrenagem de pagamentos foi mantida em razão do apoio dos parlamentares do PP, não havendo qualquer outra explicação para o interesse do PT transferir recursos milionários para um outro partido”, comentou o ministro.
Conforme relatado por Barbosa, o PP se utilizou de dois expedientes para obter o dinheiro do esquema criminoso: saques no Banco Rural em nome da SMP&B, de Marcos Valério, e pagamentos feitos por meio da corretora Bônus Banval, que recebeu recursos enviados pelo advogado Rogério Tolentino. Tolentino, sócio de Valério, havia feito um empréstimo fraudulento de 10 milhões de reais no BMG, com a intermediação de Marcos Valério.
João Cláudio Genu, ex-assessor de Janene, foi apontado como Barbosa como o principal responsável pela distribuição dos recursos arrecadados – 2,9 milhões de reais. O esquema, disse o relator, possuía “certa sofisticação”. “Os réus receberam milhões de reais em espécie por eles solicitados sem deixar praticamente nenhum rastro no sistema bancário do país”, afirmou. Além de Henry, Corrêa e Genu, foram indicados como sendo culpados os réus Breno Fischberg e Enivaldo Quadrado, sócios da corretora Bônus Banval.
Na próxima quarta-feira, quando o STF voltar a julgar o mensalão, Joaquim Barbosa apresentará seu voto sobre a participação do PL, atual PR, no mensalão. Os réus nessa fatia do processo são o atual deputado Valdemar Costa Neto, o ex-deputado Bispo Rodrigues, o tesoureiro informal da legenda, Jacinto Lamas, e o assessor Antonio Lamas.
- Fonte: Veja/ agora ms
Ganso se irrita com recusa a oferta do São Paulo, e Grêmio não desiste A diretoria santista não admite oficialmente, mas o fato de os são-paulinos terem se disposto a pagar o valor pretendido pelo clube em duas parcelas, foi um dos motivos para a recusa
A recusa da última proposta feita pelo São Paulo junto ao Santos , para a sua contratação, deixou o meia Paulo Henrique Ganso bastante irritado. A situação, que ganhou contornos dramáticos nos últimos dias, e parecia estar perto de um desfecho quando o time do Morumbi aceitou desembolsar R$ 23,8 milhões pelos 45% dos direitos econômicos do jogador, deve ganhar novos capítulos e, talvez, ter a sua definição nesta terça-feira.
Logo que despontou no Santos, Neymar começou uma amizade com Paulo Henrique Ganso. Eles lançaram bonequinhos em julho de 2010. Foto: Gazeta Press
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A diretoria santista não admite oficialmente, mas o fato de os são-paulinos terem se disposto a pagar o valor pretendido pelo clube em duas parcelas, foi um dos motivos para a recusa. A equipe da capital pagaria cerca de R$ 19 milhões imediatamente e o restante da transferência seria depositado em janeiro do próximo ano. Os santistas querem receber a quantia integralmente.
Além disso, o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, manteve conversas com Ganso por telefone, recentemente, o que não foi bem recebido pelo presidente do clube praiano, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro. Juvenal teria recebido do atleta a garantia de que a sua intenção é se transferir para a equipe paulistana.
Fora todos esses fatores citados, Laor pretende dificultar ao extremo a ida de Paulo Henrique Ganso para o Morumbi, por duas razões. A primeira é que ele não gostaria de ver o meia atuando por um rival estadual e, por isso, havia sinalizado com a preferência para negociá-lo com o Grêmio. A segunda é a "queda-de-braço" que virou a sua relação com o camisa 10 nos últimos tempos.
Desta forma, o mandatário não pretende liberar Ganso, sem ouvir do próprio meio-campista que não aceitou a última oferta de reajuste salarial apresentada pelo Santos. O staff do atleta acredita que Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro pretende forçar o meia a declarar que a sua vontade é seguir para o Tricolor Paulista. Paulo Henrique Ganso até pode ceder nesse aspecto, mas não pretende participar do encontro entre as partes, agendado para essa terça.
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Se por um lado o São Paulo tem dificuldades para efetuar a transação e vê as próximas 24 horas como decisivas para a conclusão do negócio, os gremistas se animaram com a negativa apresentada pelo Peixe a última proposta são-paulina.
Com isso, o Tricolor Gaúcho tem uma reunião marcada com dirigentes santistas na manhã desta terça. Eduardo Antonini e Cristiano Keller serão os responsáveis por apresentarem a proposta do Grêmio para a contratação de Ganso. O clube aceita pagar os R$ 23,8 milhões e conta com a ajuda de investidores para acertar essa transferência, que poderia ser um forte trunfo eleitoral para o atual presidente, Paulo Odone, em sua campanha pela reeleição contra o oposicionista Fábio Koff.
Vale destacar ainda que Laor deve embarcar nesta terça com destino a Europa, provavelmente a França, em uma viagem de ordem pessoal. Sendo assim, caso o "martelo" sobre a venda de Paulo Henrique Ganso não seja batido nesta terça, Álvaro de Souza e Eduardo Vassimon, representantes do comitê gestor do clube, ficarão a frente do tema até a sua resolução.
Outro detalhe nessa negociação é que o prazo para novas inscrições no Campeonato Brasileiro se encerra nesta sexta. Ou seja, se Ganso não tiver o seu futuro definido até lá, o camisa 10 pode se ver obrigado a cumprir o seu contrato, válido até fevereiro de 2015, na Vila Belmiro. Atualmente, o meia está em tratamento no departamento médico santista, pois se recupera de uma lesão na coxa esquerda.
*Com Gazeta/agorams
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