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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Luan e Forró Estilizado alcança 77% e empolga jurados

Luan e Forró Estilizado alcança 77% e empolga jurados
 Luan e Forró Estilizado empolgam jurados e alcança 77% no top 10 do SuperEstar Tocando as músicas "Gostoso Demais" e "Ai Que Saudade  D'Ocê", a banda alcança 77%.

Logo no início, os três jurados dão "Sim". Empolgados, Ivete Sangalo e Fábio Jr.ainda levantam das cadeiras e dançam juntos ao som do forró da banda. Baixe agora o aplicativo do SuperStar e veja como votar nas bandas. Acompanhe o mais novo reality musical da TV Globo nas redes sociais: curta a página oficial SuperStar e siga@superstargshow!

O paraibano tem surpreendido. Após ser aprovado no último segundo na fase das Audições, a banda Luan e Forró Estilizado volta ao palco do SuperStar e conquista público e jurados com a música "Esperando na Janela", imortalizada na voz de Gilberto Gil. Com 81%, eles tiraram a Macucos da disputa e seguem no jogo.

Na fase das Audições, a banda ganhou o "Sim" de Ivete Sangalo com a canção "Jeito Carinhoso". A poucos segundos do fim da apresentação, então com pouco mais de 60% de índice, ganhou o "Sim" de Fábio Jr. e garantiu vaga nos Duelos com aprovação de 70%

Redação/pb agora

Paraibano é campeão mundial de pesos leves no jiu-jitsu, nos Estados Unidos Faixa-roxa, Endres Barbosa é filho do promotor Marinho Mendes, tem 20 anos, e fez seis lutas na competição

Endres, no lugar mais alto do pódio

Endres, no lugar mais alto do pódio

Com apenas 20 anos de idade, o faixa-roxa Endres Barbosa faturou, nesta sexta-feira (30), o título do Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu, entre os pesos-leves. O aluno de Tarcísio Jardim fez seis lutas na competição e só não finalizou na semifinal e na final, quando derrotou Robson Tanno, da academia Impacto Japan, por 2 a 1 nas vantagens.

Em entrevista à revista Tatame (publicação especializada em artes marciais) logo após a conquista, o atleta da Checkmat afirmou que viveu um dia especial.

“Este é um sonho realizado, com certeza. Essa é a minha primeira competição fora do Brasil.Não consegui disputar o Brasileiro, nem o Europeu, e nem o Pan. Sonhei todos os dias que eu seria campeão mundial. Agora, o meu sonho se tornou realidade. A emoção bateu e as lágrimas desceram ali no pódio. Graças a Deus, deu tudo certo. Hoje foi o meu dia”, disse o garoto, que não tem nem um ano de faixa roxa.

“O Tarcísio disse que eu ainda vou ter que ficar um tempo na faixa roxa e ganhar mais experiência antes de ir para a marrom. Ele é muito exigente”, concluiu.
portalcorreio

Noiva prende recém-nascida à cauda do vestido, a arrasta pela igreja e diz que bebê estava protegida por Cristo Americana disse também que a menina, de apenas 1 mês, não correu risco, apesar de ter sido arrastada no chão da igreja até chegar ao altar


MULHER COLOCA BEBÊ EM VESTIDO DE CASAMENTO NOS ESTADOS UNIDOS (Foto: FACEBOOK)
Uma noiva do Tennessee, nos EUA, chocou ao escolher uma forma "diferente" de levar a filha de apenas um mês ao seu casamento. Shona Carter-Brooks prendeu a recém-nascida à cauda de seu vestido de noiva e a arrastou pelo chão da igreja até o altar.
A atitude, é claro, causou indignação e a noiva recebeu ameaças de denúncia às autoridades de defesa dos direitos das crianças. Shona alega que a filha Aubrey estava "acordada e muito segura", além de "coberta por Cristo".

  A cerimônia de casamento entre Shona Carter-Brooks e Johnathan Brooks aconteceu em Ripley no mês passado e as fotos do detalhe bizarro se espalharam pela internet gerando grande polêmica. A imagem da bebê na cauda continuam no perfil da mulher.
O vestido, segundo o jornal "Daily Mail" é da linha White by Vera Wang, a mais popular estilista de vestidos de noiva dos EUA, e teria custado entre R$ 800 e R$ 2.800. A peça foi adaptada para poder prender a garotinha.
Os críticos à atitude de Shona dizem que o ato foi incrivelmente perigoso para a criança, que poderia ter se arranhado no carpete da igreja batista onde ocorreu a boda. "Me desculpe, mas se eu tivesse visto isso teria me levantado do meu lugar e tirado o bebê daquela situação. É algo muito idiota", escreveu uma das pessoas que reprovam a atitude no site Clutch.

Shona escreveu em sua página no Facebook que não se arrependeu do que fez.

"As pessoas me questionam por que fiz, fazem comentários negativos. Nós cremos que estamos cobertos pelo sangue daquele que nunca perde seu poder. Então para a mídia, rádio, jornais e quem mais que queira falar sobre o assunto: 'Mídia, mídia sei como funciona, independente da situação ou do propósito sempre haverá coisas negativas a se dizer! A resposta é que fizemos o que nós queríamos fazer, e enquanto Jesus estiver ao nosso lado tudo vai funcionar bem e continuar bem."

globo.com

Dilma se reunirá com Blatter para receber taça da Copa do Mundo Encontro será na próxima segunda-feira no Palácio do Planalto. Mundial começará em 12 de junho, com jogo em São Paulo.

 
Roberto Stuckert Filho / PR
 Às vésperas do início da Copa do Mundo, a presidente Dilma Rousseff se reunirá na segunda-feira (2), no Palácio do Planalto, com o presidente da Fifa, Joseph Blatter. Ela receberá do presidente da entidade máxima do futebol a taça do torneio, cuja abertura está programada para 12 de junho, com o jogo entre Brasil e Croácia, em São Paulo.

A viagem do troféu pelos países começou em setembro do ano passado e chegou ao Brasil em abril. Feita de ouro maciço e pedras semipreciosas, a taça tem 36,8 centímetros de altura e pesa cerca de seis quilos. Somente campeões mundiais e chefes de Estado podem tocá-la. No Brasil, ela passou por cidades-sede, como Brasília, Recife e São Paulo.
 
 
De acordo com a Secretaria de Comunicação da Presidência, o encontro está previsto para ocorrer por volta das 15h no Planalto. Não há informação sobre se a visita de Blatter foi a pedido do dirigente ou a convite da presidente. Durante a cerimônia, a taça ficará exposta no Salão Nobre do palácio.
 
 
Na semana passada, em entrevista ao jornal suíço "Le Temps", Blatter, que durante a preparação do torneio dirigiu várias críticas ao país, principalmente em relação à organização, afirmou não se preocupar "nem um pouco" com atrasos em obras para o evento, e que "tudo já está pronto".
 
 
A Copa do Mundo começa no dia 12 com o jogo de abertura entre Brasil e Croácia, em São Paulo. No total, serão 64 jogos. A final está marcada para 13 de julho, no Maracanã. A seleção da Austrália foi a primeira a desembarcar no país.
 
 
Críticas e elogios
No último ano, o dirigente da Fifa criticou a preparação do evento. Blatter chegou a afirmar em entrevista que, desde que assumiu a Fifa, em 1998, o Brasil era o país mais atrasado para organizar uma Copa.
À imprensa suíça, ele disse ainda que o Brasil havia acumulado atrasos nas obras para a Copa do Mundo porque começou “tarde demais” a se preparar para o Mundial.
 
 
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, também dirigiu críticas à preparação da Copa. Valcke apontou dificuldades em relação ao fato de o Brasil ter três esferas de poder (municipal, estadual e federal) e ter passado por eleições.
 
 
Em 23 de janeiro, Dilma e Blatter se reuniram na Suíça, e o encontro rendeu elogios ao Brasil. Blatter afirmou que confiava na organização brasileira e que, no final, tudo estaria bem, "sobretudo no Brasil".

cenariomt

País será 6º maior produtor de petróleo até 2035, diz Graça Segundo a executiva, paós deverá ter 6,1% de participação no mercado global da commodity

                     Dado Galdieri/Bloomberg
Funcionários da Petrobras em uma plataforma de petróleo em construção na bacia de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro
Funcionários da Petrobras em uma plataforma de petróleo em construção na bacia de Angra dos Reis


Rio - A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou na manhã desta segunda-feira, 02, em seminário na Fundação Getulio Vargas (FGV), que as análises internas da empresa indicam que o País chegará a 2035 como o sexto maior produtor de petróleo do mundo, com participação de 6,1% no mercado global.

 Segundo a executiva, as estimativas são semelhantes às previsões de organizações independentes e internacionais.
"Verificamos um crescimento bastante relevante, visto não só pela Petrobras, mas também pelos seus provisores. E isso é importante para o desenvolvimento do País e da economia", afirmou Graça Foster.
A executiva reafirmou a expectativa de ampliar a produção, a partir de 2020, para 4,2 milhões de barris diários. A partir desta meta, segundo ela, o crescimento depende de questões econômicas e do ritmo dos leilões no País.
"Há indefinição de algumas questões especialmente econômicas, e no Brasil, do ritmo dos leilões realizados pela ANP, seja pelo regime de partilha, seja pelo regime de concessão", afirmou a executiva.
Pré-sal
Graça afirmou que cerca de 30% das atuais reservas provadas do País estão, hoje, no pré-sal. A executiva também destacou que, nas áreas em que ainda não há certificação, a exploração em alta profundidade pode ser responsável por 57% das novas reservas.
"Temos que ter nossas reservas mapeadas com índice de produção. Temos hoje o pré-sal com 27% das reservas.
E temos volume potencialmente recuperável, que nos próximos anos vão se tornando reservas provadas gradativamente; 57% daquilo que pode virar reserva provada, hoje, tem origem no pré-sal", destacou a executiva.
O pré-sal respondeu por 22% da produção total da Petrobras em maio. Em volume, a produção chegou a 470 mil barris por dia, informou a presidente da estatal.
Ela ressaltou, contudo, que o volume ainda é preliminar e que a expectativa é atingir 500 mil barris por dia em breve, quando for interligado o último poço do prospecto Cidade de São Paulo.
Em abril, a produção média no pré-sal foi de 411 mil barris por dia. "A produção no pré-sal desde 2010 cresceu dez vezes. Temos feito interligações de tal forma que tenhamos crescimento da linha de produção", afirmou.
Graça informou também que das embarcações necessárias para atender à demanda da empresa em 2020, no pré-sal, 85% já estão contratados.
Toda a apresentação de Graça durante o seminário foi para comprovar que a empresa tem avançado na produção do pré-sal e que não há limitações para a companhia.
"A Petrobras tem que se tornar mais competitiva cada vez mais e reduzir os seus custos", complementou.
Consumidores
Graça ressaltou que o mercado de petróleo e de produção de combustíveis é formado por três partes complementares, que incluem os interesses do governo, dos consumidores e das empresas petroleiras.
Ela afirmou que "o consumidor é ávido por combustível a baixo custo", porém, segundo ela, é necessário que as empresas também ganhem, assim como é necessário atender aos planejamentos da matriz energética brasileira.
"O que define é o custo da energia nova que chega. As empresas precisam ganhar. É uma relação de ganha-ganha. Sem ganhar não há como investir com a mesma velocidade que os governos gostariam de ver", disse a presidente da Petrobras.

exame.abril

'Se o Brasil me oferecer asilo, aceito', diz Edward Snowden

TV Globo
Ele desafiou a maior potência do mundo. Ele revelou milhares de documentos ultrassecretos. Ele mostrou como funciona a espionagem da NSA, a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos. Edward Snowden, o homem mais procurado do planeta, falou ao Fantástico. A repórter Sônia Bridi foi a Moscou para uma entrevista exclusiva para o Brasil.
Depois de quase um ano de negociações, frente a frente com o homem mais procurado do mundo. Moscou, capital da Rússia, onde Edward Snowden está asilado há dez meses. O lugar exato onde ele vive? Nem os amigos mais próximos sabem.
Para entrevistar o homem mais procurado do mundo, a repórter Sônia Bridi chegou a Moscou apenas com o nome do hotel onde deveria se hospedar. Ela não foi até Edward Snowden. Foi ele que chegou até ela no hotel.
A entrevista, a pedido dele, foi feita no próprio quarto onde ela estava hospedada.
Fantástico: Como é a sua vida na Rússia?
Snowden: Olha, não é tão ruim quanto parece. A Rússia não é um país perfeito, e discordo fortemente de muitas coisas, principalmente como eles monitoram a internet e censuram a imprensa. Mas, no dia a dia, sabe, é melhor do que a prisão.
Prisão é o que ele tenta evitar há um ano, vivendo uma história de filme de espionagem. Em junho de 2013, Snowden se encontrou com o jornalista Glenn Greenwald e a documentarista Laura Poitras, em Hong Kong, e entregou a eles milhares de documentos, com os maiores segredos da espionagem americana.
Revelou que a Agência de Segurança Nacional, a NSA, até então pouco conhecida do grande público, monitora as comunicações por internet e telefone no mundo inteiro, inclusive dos próprios cidadãos americanos. É a chamada metadata, que registra quem fala com quem, por quanto tempo, onde estava quando falou e quanto tempo durou a conversa.
“É como se os Estados Unidos tivessem contratado detetives particulares para seguir todos nós”, ele destaca.
Países inteiros, como o México e as Bahamas, têm também o conteúdo das comunicações armazenado pela NSA. Como em uma máquina do tempo de espionagem, a agência pode voltar ao passado e recuperar tudo o que foi dito ou escrito. Em um ano, nenhuma semana se passou sem uma nova revelação baseada nos documentos.
Fantástico: Como é que um rapaz de 29 anos, que nunca terminou o ensino médio, trabalhando para uma empresa terceirizada da NSA, teve acesso a tantos documentos?
“É um erro de informação propagado nos Estados Unidos e depois pelo mundo todo de que eu era um empregado de baixo escalão, que copiou documentos que não entendia. Na verdade, eu tinha um cargo alto”, ele afirma.
Na adolescência, vivia conectado e descobrindo como funcionam computadores, escrevendo programas. Típico da geração internet. “Eu sou cria da internet”, diz.
Depois dos ataques de 11 de setembro, ele se alistou no Exército. “Fui voluntário porque acreditei no que o governo estava dizendo na época, que o Iraque estava desenvolvendo armas de destruição em massa. Eu achei que servir era generoso, uma atitude nobre”, conta.
Mas Snowden quebrou as duas pernas no treinamento. Dispensado do Exército, foi recrutado e treinado pelos serviços de espionagem. Trabalhou como espião na Suíça e no Japão. Era o especialista em informação digital da CIA. Seu último posto, no Havaí, especialista em tecnologia e cibersegurança da NSA.
Fantástico: Em que ponto você decidiu juntar e vazar os documentos para o público?
Snowden: O ponto sem volta para mim foi quando vi, no Congresso, James Clapper, o chefe da espionagem americana. Ele levantou a mão, jurou dizer a verdade. Perguntaram para ele: ‘Os Estados Unidos monitoram informações de milhões de americanos?’ E ele disse: ‘Não’. E eu sabia que era mentira. Os deputados da comissão também sabiam que era mentira. E ninguém disse nada.
No fim de 2012, Snowden mandou um e-mail para o jornalista Glenn Greenwald, radicado no Brasil e que então trabalhava no jornal inglês “The Guardian”. Queria que Glenn instalasse um programa de criptografia, que protege o sigilo na internet, para eles se comunicarem.
Em seu livro, “Sem lugar para se esconder”, Glenn conta esta e outras histórias dos bastidores do caso Snowden. Em Moscou, eles se reencontraram pela primeira vez desde que, há um ano, Snowden entregou os documentos em Hong Kong.
Snowden: É tão bom revê-los. Eles foram ao inferno e voltaram para fazer essas reportagens.
Fantástico: Você leu todos os documentos? Sabe exatamente o que há em cada um?
Snowden: Sim, o Glenn já disse que estavam todos organizados, em pastas, etiquetados.
Fantástico: Ainda tem mais revelações sobre o Brasil?
Glenn Greenwald: Com certeza, tem mais documentos que vão mostrar a brasileiros e ao mundo o que os Estados Unidos estão fazendo dentro do Brasil e também da Inglaterra e outros países também.
Snowden diz que durante todo esse ano evitou dar entrevistas porque não queria tirar a atenção dos documentos. Mas, agora, com todas as revelações que foram feitas, se sente seguro para discutir seus sentimentos.
As lembranças mais duras são dos 40 dias que ele passou na área de trânsito do aeroporto de Moscou. A escala virou uma armadilha quando o passaporte dele foi cancelado.
Snowden: Eu nunca escolhi vir para a Rússia. Eu estava a caminho da América do Sul.
Fantástico: Onde na América do Sul?
Snowden: Equador. Mas os Estados Unidos cancelaram meu passaporte, e eu não pude mais viajar. Fizeram de propósito para poder dizer: ‘Ele é espião russo’.
Fantástico: E como foi ficar preso no aeroporto por tanto tempo?
Snowden: Foi muito tenso. Você não sabe o que vai acontecer naquele dia. O que vai acontecer enquanto você dorme. Se alguém vai bater na porta. Se alguém vai derrubar a porta.
Fantástico: Você se arrepende?
Snowden: Sabe... Acho que não... Eu sentia que devia tornar isso público, com responsabilidade. E a maneira de impedir que a minha opinião prevalecesse, foi fazendo parceria com jornalistas competentes, e instituições sérias, que confio, que iriam checar as informações, equilibrar a cobertura. Como "The Guardian", "Washington Post", "New York Times", a “Globo” e "Der Spiegel". Deixei a imprensa livre fazer o que faz melhor: ajudar os cidadãos a se tornarem eleitores informados, que pensam em que tipo de sociedade querem viver.
Para Snowden, esse debate é a essência da liberdade: “Não é sobre privacidade. É liberdade. O equilíbrio entre os direitos individuais e o direito que o governo tem de coletar informações. Se vigiarmos cada homem, mulher e criança, da hora em que nascem até a hora que morrerem, podemos dizer que eles são livres? Isso é muito perigoso. Porque mudamos nosso comportamento se sabemos que estamos sendo vigiados. É uma ameaça à democracia”.
Ele também nega que os chineses tenham copiado tudo antes de ele deixar Hong Kong: “Isso é uma maluquice. Eu sou especialista em cibersegurança. Ensinava aos agentes da CIA e da NSA como se proteger exatamente desse tipo de coisa”.
Há dez meses ele vive na Rússia. Nunca foi sequer fotografado.
Fantástico: Você pode sair para rua?
Snowden: Claro. Por que não?
Fantástico: Você não é recluso?
Snowden: Não. Quer dizer, sou naturalmente recluso, cria da internet, né?
Fantástico: Os russos te vigiam?
Snowden: Bom, tenho certeza de que fazem algum tipo de vigilância, mas eu não vejo nada. Eu não posso, por segurança, dizer onde moro, como vivo. Mas eu diria que levo uma vida surpreendentemente aberta.
Fantástico: Você não é reconhecido nas ruas?
Snowden: Eles me reconhecem quando vou a lojas de computadores. Mas comprando comida, na banca de revistas, ninguém me reconhece.
Fantástico: Você se disfarça, ou sai com essa cara de Edward
Snowden?
Snowden: Melhor eu não responder essa.
Fantástico: Do que você mais sente falta?
Snowden: Da minha família, claro.
O governo americano diz que a luta contra o terrorismo ficou mais difícil por causa desses vazamentos.
Fantástico: Alguns congressistas dizem que você é um traidor, um desertor.
Snowden: Você não pode ser traidor a menos que a sua lealdade tenha sido transferida para um inimigo do Estado. E a minha lealdade nunca mudou. Mesmo hoje, eu continuo trabalhando para o governo americano. Não quero derrubar o governo e nem destruir a NSA. Quero que sejam melhores.
Fantástico: Você enfrentaria um julgamento nos Estados Unidos?
Snowden: Eu adoraria. Mas não há um julgamento justo esperando por mim.
Snowden é acusado de traição pelo ato de espionagem, uma lei feita em tempos de guerra, que prevê julgamento sem defesa pública. Outra acusação é de que ele atrapalhou a relação americana com países amigos, vazando documentos com revelações, como as feitas com exclusividade pelo Fantástico, comprovando que os americanos e seus aliados, Inglaterra, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, grampearam os telefones da presidente Dilma e de seus assessores mais próximos. Espionaram também a Petrobras e o Ministério das Minas e Energia.
Fantástico: Você acompanhou essas reportagens daqui?
Snowden: Sim. E não há justificativa para espionar a Petrobras. Por que o presidente americano quer ler os e-mails da Dilma Rousseff? Obama disse que não sabia. Pode ser verdade. Ele concordou comigo que não há benefício nenhum, nenhuma vida foi salva. E por isso determinou que parassem.
Snowden disse que ouviu o discurso da presidente Dilma na ONU, criticando a espionagem americana, e achou inspirador: “Foi incrível porque ela foi a primeira presidente que tomou a liderança para dizer ‘Temos o direito de falar, de nos comunicarmos sem sermos espionados’. E esses não são direitos de um país. São direitos humanos.
A repórter Sônia Bridi lembra a ele que o Congresso americano já o acusou de oferecer documentos para o Brasil em troca de asilo.
Fantástico: Essa oferta está na mesa?
Snowden: Absolutamente não. Primeiro, eu não tenho documentos a oferecer. Eu nunca cooperaria com um governo em troca de asilo. Asilo deve ser dado por razões humanitárias.
Fantástico: O que vai acontecer quando seu asilo temporário aqui vencer?
Snowden: Essa pergunta é difícil. Eu não tenho resposta. Meu asilo vence aqui no começo de agosto. E se o Brasil me oferecer asilo, eu ficarei feliz em aceitar.
Fantástico: Você gostaria de viver no Brasil?
Snowden: Eu adoraria morar no Brasil. De fato, eu já pedi asilo ao governo brasileiro.
Fantástico: Então você mandou um pedido?
Snowden: Sim. Quando eu estava no aeroporto, mandei um pedido a vários países. O Brasil foi um deles. Foi um pedido formal.
O governo brasileiro, na época, disse que não recebeu pedido algum. “Isso para mim é novidade. Talvez seja algum procedimento que eles achem que não foi seguido”, afirma.
Snowden diz que vive um dia de cada vez.
Fantástico: Você está feliz?
Snowden: Eu sou. É difícil ficar separado da família, não poder ir para casa, participar do governo e da sociedade. Mas toda noite vou dormir confiante de que fiz as escolhas certas. Por isso, a cada manhã, eu acordo satisfeito.

Fonte: G1/alagoas24horas