Women pretende ser o local onde mulheres podem conversar online (Foto: Reprodução/Women.com)
A
nova rede social é voltada exclusivamente para mulheres, reúne grupos
em temas femininos e é fortemente baseada na premissa de que, quando as
mulheres estão com outras em que confiam, ficam mais confortáveis e
podem discutir e opinar sobre todos os assuntos de uma maneira que não o
fazem quando estão misturadas aos homens em ambientes virtuais como o
Facebook.
Embora já existam diversos sites com foco no público feminino, o
Women.com se diferencia por não ter nenhuma voz editorial para
direcionar as conversas: tópicos são enviados por usuárias, tornando o
site parecido com uma comunidade de fórum online, mais como um
Reddit ou um Metafilter.
O serviço, porém, é mais rigoroso do que outros sites pelo fato de
ser apenas para mulheres. Nele, os homens são proibidos de fazer o login
para acessar o conteúdo.
A exclusão de gênero é mantida até o
momento graças ao fato do primeiro acesso ao site só ser possível por
meio de um convite, algo que as usuárias levam a sério. Se for percebido
que um homem aparentemente acessou o Women, sua conta será banida. No
futuro, quando Women.com sair da fase beta, o grupo pretende verificar o
gênero dos usuários com o Facebook Connect.
Como nasceu o Women.com
Por
traz do Women.com está Susan Johnson, CEO e co-fundadora da startup
Bootstrapped. A executiva afirma que pensou sobre o potencial para a
criação de um lugar seguro e online onde as mulheres pudessem aprender
umas com as outras e compartilhar as suas experiências e opiniões. Ela
estava na faculdade quando teve a ideia e trabalhava no desenvolvimento
do site “Savvy Girl”.
Um lugar seguro para as mulheres conversarem sobre moda ou sobre o fato de que não podem dirigir na Arábia Saudita
Susan Johnson
A ideia voltou a ganhar força quando Johnson percebeu
que, mesmo em sites como Facebook e Pinterest, o tom da conversa entre
as mulheres ainda era afetado por estarem em ambientes mistos.
A conversa é diferente quando é só entre mulheres. Quando um homem entra na conversa, o tom e a cadência é diferente", diz ela.
Em
agosto de 2012, a CEO largou seu trabalho no Facebook para comprar o
nome de domínio Women.com, que era anteriormente da NBC.
No
momento, Women.com tem uma interface bastante básica: há uma homepage
principal e categorias diferentes, em que os temas são encaixados, como
Saúde e Fitness, Família, Carreira, Relacionamentos, entre outros.
A
característica mais proeminente é a de que diariamente uma pergunta
fica em destaque. O site tem vários assuntos, desde tópicos populares
como se a mulher deve ou não usar o nome do seu marido, até política.
Susan Johnson, criadora do Women.com (Foto: Reprodução/Facebook/SusanJohnson)
Embora
o leque de temas sendo abordados no Women.com possa parecer pequeno e
pouco sério, Johnson diz que, em última instância, a própria conversa
pode ser um poderoso catalisador para mudanças importantes.
“O
Twitter não começou dizendo que eles iam perturbar os governos.
Facebook não surgiu dizendo que iria unir famílias distantes”, provoca.
“A visão final é que o Women.com pode ser um lugar seguro para as
mulheres criarem o seu próprio diálogo, seja sobre moda ou sobre o fato
de que as mulheres na Arábia Saudita não podem dirigir. Veremos até onde
vai essa conversa”, completou.
Via TechCrunch/globo.com