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terça-feira, 31 de julho de 2012
Musa da CPI de Cachoeira é liberada, mas pagará R$ 100 mil
A mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça, deixou por volta de 12h15 desta segunda-feira (30) a superintendência da Polícia Federal em Goiânia (GO). Conhecida como "Musa da CPI", ela foi detida por volta de 9h de hoje sob a suspeita de tentar subornar o juiz responsável pelo caso, Alderico Rocha.
Andressa terá três dias para pagar a fiança estabelecida pelo juiz, de R$ 100 mil. Caso não pague o valor, poderá ter sua prisão preventiva determinada ou ser submetida a outras medidas cautelares.
Além da fiança, ela também está proibida de se encontrar com os investigados na operação Monte Carlo, o que significa que não poderá mais visitar o marido na prisão, em Brasília.
De acordo com nota oficial da PF, o próprio juiz expediu um mandado de condução coerciva contra Andressa. Além de ouvi-la na sede da PF, policiais federais também cumpriram mandados de busca e apreensão na casa dela, levando documentos, computadores e tablets.
A PF investiga uma possível oferta feita por Andressa ao juiz oferecendo "vantagens indevidas" para que ele decidisse favoravelmente ao marido na ação penal a que ele responde.
Se for comprovada a tentativa de suborno, a Musa da CPI pode responder pelo crime de corrupção ativa, artigo 333 do Código Penal, que prevê pena de dois a 12 anos de prisão, além de pagamento de multa.
Andressa terá três dias para pagar a fiança estabelecida pelo juiz, de R$ 100 mil. Caso não pague o valor, poderá ter sua prisão preventiva determinada ou ser submetida a outras medidas cautelares.
Além da fiança, ela também está proibida de se encontrar com os investigados na operação Monte Carlo, o que significa que não poderá mais visitar o marido na prisão, em Brasília.
De acordo com nota oficial da PF, o próprio juiz expediu um mandado de condução coerciva contra Andressa. Além de ouvi-la na sede da PF, policiais federais também cumpriram mandados de busca e apreensão na casa dela, levando documentos, computadores e tablets.
A PF investiga uma possível oferta feita por Andressa ao juiz oferecendo "vantagens indevidas" para que ele decidisse favoravelmente ao marido na ação penal a que ele responde.
Se for comprovada a tentativa de suborno, a Musa da CPI pode responder pelo crime de corrupção ativa, artigo 333 do Código Penal, que prevê pena de dois a 12 anos de prisão, além de pagamento de multa.
CARIRI LIGADO
Parque em construção no RS promete charme europeu e neve o ano todo Snowland de Gramado será 1º espaço de neve indoor da América Latina. Estrutura poderá receber até 5 mil visitantes por dia a partir de 2013.
Roberta LemesDo G1 RS
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Parque temático terá pista para esportes no gelo e espaço gastronômico (Foto: Divulgação/Snowland)
Para o próximo ano em Gramado, na Serra do Rio Grande do Sul, a previsão não deixa dúvidas: haverá neve. Não se trata de uma informação privilegiada das centrais meteorológicas para o famoso inverno gaúcho, mas da criação de um parque de neve indoor, o Snowland. O projeto cria um mundo de fantasia com charme europeu e estrutura preparada para receber até 5 mil visitantes por dia. O empreendimento deve gerar empregos e atrair ainda mais turistas para a região a partir de novembro de 2013.
Imagine chegar a um vilarejo do Velho Continente, no sopé de uma montanha nevada, com temperaturas abaixo de zero e uma série opções de entretenimento, compras e gastronomia. Pois este é o cenário prometido pelo empresário André Caliari, que há cinco anos, junto do irmão Anderson, teve a ideia de criar um parque temático na cidade serrana, onde nasceu e mora até hoje. "Queríamos construir algo que fosse inovador, mas não apenas uma 'onda', uma moda passageira", conta ele, que é dono de outros estabelecimentos na região.
Dessa maneira, ficou decidido que um espaço para turismo na neve seria o ideal. A partir de então, deram início a uma rota de pesquisa e visitas a estações de esqui, sempre em busca de inspiração. De Bariloche, na Argentina, a Sölden, na Áustria, todas as viagens contribuíram de alguma forma para que o projeto em Gramado fosse o mais completo possível, segundo André. "Nossa ideia é que a pessoa, ao entrar no parque, seja transportada para um mundo encantado, em que seja possível abstrair a realidade. Pensamos em um lugar onde os visitantes passem por uma experiência única e inesperada."
Ideia é que o visitante se sinta em um vilarejo com temperaturas baixíssimas (Foto: Divulgação/Snowland)
Para tanto, o Snowland terá 48 mil m² (14,8 mil m² de área coberta e 7,3 mil m² de área com neve) e tecnologia importada para produzir a neve. Na parte "montanhosa" da estrutura, serão praticados esqui, snowboarding, airboarding e outros esportes radicais. Haverá instrutores e roupas especiais para enfrentar as baixas temperaturas de forma segura. Estão previstas ainda áreas com pista de patinação no gelo, tobogãs, jogos de bolinhas de neve e área para caminhadas de exploração.
A gastronomia foi pensada como parte fundamental no contexto. Para a vivência ser completa, na praça de alimentação para 1 mil pessoas, com dois restaurantes e um bar, serão servidos pratos típicos de países costumeiramente conhecidos pelo turismo do frio, como o Chile e a Suíça. Tudo servido em um espaço de 120 metros com vista privilegiada para a área com neve. Para os que preferem ir às compras, um complexo de lojas variadas estará à disposição.
Complexo de lojas (Foto: Divulgação/Snowland)
O parque está sendo construído desde janeiro em uma área próxima à ERS-235, na chamada Linha Carazal, que liga Gramado a Nova Petrópolis. "Escolhemos essa localização porque lá o homem já foi introduzido, ou seja, o impacto na natureza será minimizado", explica André, ressaltando que a previsão é de que as portas sejam abertas até novembro de 2013.
A iniciativa deve ter reflexo na economia de toda a região. A obra, avaliada em R$ 60 milhões e construída com a participação de outros sete empreendedores gaúchos, vai gerar 150 empregos diretos e cerca de 600 indiretos. Além disso, a expectativa é de que possa contribuir no tempo de permanência do turista. Como o parque não tem hotel, os visitantes invariavelmente usarão a infraestrutura do entorno. "O Snowland é nosso projeto da vida e o principal objetivo é de que ao sair de lá o turista esteja tão positivamente impactado que queira imediatamente voltar", diz André.
GLOBO.COM
Eleições de 2012 terão 8 milhões de eleitores a mais que 2008
Dados apresentados nesta segunda-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que o eleitorado brasileiro aumentou 7,8% em comparação a 2008, e passou de 130.378.807 para 140.646.446, enquanto que o número de brasileiros aptos a votar aumentou 6% e passou de 130.604.430 para 138.544.348.
O número de eleitores aptos a votar é menor do que o total, pois os eleitores do Distrito Federal (1.847.896), os que moram no exterior (252.343) e os que moram no Arquipélago de Fernando de Noronha (1.859) não votam em eleições municipais.
O estado com o maio número de eleitores é São Paulo, com 31.253.317 pessoas aptas a votar, seguido de Minas Gerais, com 15.019.136, Rio de Janeiro, com 11.893.309, Bahia, com 10.110.122 e Rio Grande do Sul, com 8.328.413.
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Apesar de ser o estado com o menor número de eleitores, Roraima foi o que apresentou maior índice de crescimento no número de cidadãos cadastrados e em condições de ir às urnas. Enquanto em 2008 247.447 eleitores estavam cadastrados no Estado, em 2012, o número passou para 292.394, um aumento de 18,16%.
Depois de Roraima, o estado com maior crescimento foi o Pará, onde o número de eleitores passou de 4.511.693 para 5.100.797 (13,05%), Distrito Federal, de 1.661.491 para 1.847.896 (11,21%) e Mato Grosso do Sul, de 1.615.679 para 1.775.061 (9,86%).
O único estado que apresentou redução do total de eleitores foi o Alagoas, onde o número baixou de 1.973.550, em 2008, para 1.863.029 em 2012, uma queda de 5,60%
correiodoestado
Atirador do 'Batman' é processado por assassinatos em cinema
O americano James Holmes foi processado nesta segunda-feira (30) em 12 acusações de homicídio de primeiro grau, 12 acusações de homicídio "com extrema indiferença" pelo tiroteio na estreia do filme do 'Batman', em Aurora, no Colorado.
Ele também foi processado por 116 tentativas de assassinato.
No total, foram 142 acusações, incluindo também a de posse de explosivos, encontrados na casa dele após o tiroteio.
O ex-estudante Holmes, de 24 anos, é mantido sob custódia desde o ataque, ocorrido na madrugada de 20 de julho e que terminou com 12 mortos e 58 feridos -quatro deles ainda em estado crítico- quando ele abriu fogo aleatoriamente contra o público do filme.
correiodoestado
UEPB vai oferecer três cursos de graduação no presídio do Serrotão em Campina
O presídio masculino e feminino do Serrotão, em Campina Grande, deverá receber em até 2 meses uma unidade da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), que pretende oferecer os cursos de Letras, Matemática e História para cerca de 220 presidiários inicialmente. A instituição investiu R$ 1,5 milhão em uma estrutura que contará com salas de aula, sala multiuso, sala para oficinas e biblioteca.
As obras foram iniciadas no ano passado, segundo a reitora da universidade, Marlene Alves. Ela explicou que o projeto foi iniciado em 2010, quando o Juizado de Execuções Penais na cidade, solicitou a ajuda da Instituição de Ensino para a realização de um trabalho que fosse além da oferta de cursos temporários e que pudesse, de fato, contribuir para a ressocialização dos apenados. “Nós estudamos o caso e decidimos implantar a Universidade dentro do presídio”, contou a reitora.
Ela explicou que estão sendo construídas oito salas no setor masculino, com uma capacidade para 16 alunos em cada uma delas. “Na área feminina nós estamos construindo uma sala ampla de multiuso, com capacidade para cerca de 100 pessoas.
Esse foi um pedido das próprias presidiárias, que preferem um espaço maior para a prática de diversas outras atividades, como as artes, oficinas e para o trabalho”, informou.
O projeto é completamente inovador, possibilitando a inserção do público do presídio em um mundo de conhecimento e que futuramente poderá render bons frutos, no trabalho e na vida social dessas pessoas. A estrutura, que deverá ficar pronta em até 2 meses, com o início imediato dos serviços, também irá contar com uma biblioteca, berçário e creche.“Já foi instalado um escritório modelo, onde estão atuando advogados e, no próximo mês, os alunos de Direito que estarão voltando das férias. Esse serviço vai resolver procedimentos jurídicos dos presos”, afirmou.
A reitora também informou que parte do fundo investido foi adquirido através de doações de empresárioscampinenses.
“Foram cerca de R$ 60 milhões”, frisou. Ela contou que outros cursos, como Filosofia ou Artes poderão ser implantados futuramente.
JORNAL DA PARAÍBA/PB AGORA
As obras foram iniciadas no ano passado, segundo a reitora da universidade, Marlene Alves. Ela explicou que o projeto foi iniciado em 2010, quando o Juizado de Execuções Penais na cidade, solicitou a ajuda da Instituição de Ensino para a realização de um trabalho que fosse além da oferta de cursos temporários e que pudesse, de fato, contribuir para a ressocialização dos apenados. “Nós estudamos o caso e decidimos implantar a Universidade dentro do presídio”, contou a reitora.
Ela explicou que estão sendo construídas oito salas no setor masculino, com uma capacidade para 16 alunos em cada uma delas. “Na área feminina nós estamos construindo uma sala ampla de multiuso, com capacidade para cerca de 100 pessoas.
Esse foi um pedido das próprias presidiárias, que preferem um espaço maior para a prática de diversas outras atividades, como as artes, oficinas e para o trabalho”, informou.
O projeto é completamente inovador, possibilitando a inserção do público do presídio em um mundo de conhecimento e que futuramente poderá render bons frutos, no trabalho e na vida social dessas pessoas. A estrutura, que deverá ficar pronta em até 2 meses, com o início imediato dos serviços, também irá contar com uma biblioteca, berçário e creche.“Já foi instalado um escritório modelo, onde estão atuando advogados e, no próximo mês, os alunos de Direito que estarão voltando das férias. Esse serviço vai resolver procedimentos jurídicos dos presos”, afirmou.
A reitora também informou que parte do fundo investido foi adquirido através de doações de empresárioscampinenses.
“Foram cerca de R$ 60 milhões”, frisou. Ela contou que outros cursos, como Filosofia ou Artes poderão ser implantados futuramente.
JORNAL DA PARAÍBA/PB AGORA
Propaganda de camisinha que incentiva violência contra mulher causa polêmica no Facebook O viral do preservativo da marca Prudence, que gerou centenas de críticas negativas no Facebook e foi excluído pelo fabricante com pedido de desculpas.
Uma peça publicitária da marca de preservativos Prudence vem causando grande polêmica nas redes sociais desde a sua postagem há três semanas no Facebook. Em formato de tabela calórica, o viral intitulado "Dieta do Sexo" diz que tirar a roupa de uma mulher queima 10 calorias, enquanto fazer o mesmo sem o consentimento da parceira consome 190 calorias.
A maior parte dos mais de 1.000 internautas que postaram comentários na página da Prudence do Facebook interpretaram o viral como um incentivo à violência sexual contra a mulher. Até a manhã desta segunda-feira (30), a peça publicitária já havia sido compartilhada por mais de 2.500 pessoas.
Após toda a polêmica, a DKT Internacional, detentora da marca Prudence, retirou a peça publicitária da página no Facebook e pediu desculpas aos consumidores. Apesar disso, o Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária (Conar) informou ao UOL que já abriu um processo ético contra propaganda.
“Nunca mais compro, nunca mais uso”, comentava uma das internautas enquanto a peça estava no ar. “Me sinto enojado, mais que isso, enquanto homem que tem mãe, irmã e queridas amigas e que sonha com uma sociedade mais igualitária”, dizia outra pessoa. “Propaganda ridícula. Boicote a marca já. Sexo sem consentimento é estupro” era outro comentário encontrado na página.
Para a minoria das pessoas que postaram opiniões, tudo não passava de “brincadeira”. “Estuprador não usa camisinha”, afirmava um internauta. Para outro, não se tratava de apologia, nem de brincadeira; apenas publicidade: "Técnica manjada de criar polêmica para vender mais. E pior que dá certo".
"Retrocesso"
Para a superintendente de Direitos das Mulheres da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (RJ), Ângela Fontes, a peça publicitária incentiva a violência sexual contra a mulher. Para Fontes, a peça publicitária da Prudence é um “retrocesso’.
"Certamente há um incentivo explícito para o uso da violência contra a mulher no momento da relação sexual. A peça publicitária é um retrocesso no que diz respeito ao comportamento dos homens em suas relações afetivas. Relação sexual sem o consentimento da mulher é estupro. A associação de atos violentos ao suposto "benefício para a saúde masculina" nos causa indignação. Desta forma, a Superintendência dos Direitos das Mulheres se manifesta veementemente contra a indução de todas as formas de violência, e neste caso, em especial, a violência sexual contra as mulheres", disse Ângel a Fontes, também presidenta do Conselho Estadual de Direitos da Mulher (CEDIM).
Coordenadora da ONG Cepia, que atua em defesa dos direitos humanos da mulher, a advogada Leila Linhares achou a peça “lamentável”. “Isso [a propaganda] é uma indução para que haja uma violência sexual. É a mulher perdendo a autonomia se quer decidir sobre o ato sexual e o incentivo à pratica de violência sexual. Uma fábrica de preservativos deveria fazer propaganda mais instrutiva”, declarou.
A advogada declarou ainda que espera atitude contra a peça publicitária. “É lamentável que no momento em que as mulheres estão galgando sua cidadania, sendo reconhecidas pela capacidade profissional, seja veiculada uma propaganda como essa”, concluiu.
“Mau gosto”
Com atuação em casos de violência contra a mulher, o promotor de Justiça Sauvei Lai acredita que os criadores da campanha da Prudence não agiram com a intenção de fazer apologia ao estupro, mas acabaram criando uma peça publicitária de mau gosto. “Esses publicitários menosprezaram um fato gravíssimo na sociedade brasileira que é a violência sexual contra a mulher, que muitas vezes acontece dentro da própria casa cometido por maridos, tios, padrastos. Não dá para dizer que é um crime de apologia porque não foi essa a intenção dos criadores da propaganda, mas foi sem dúvida uma brincadeira de muito mau gosto”, declarou.
Outro lado
Procurada pela reportagem do UOL, a DKT Internacional, detentora da marca Prudence, informou que o conteúdo da peça divulgada não é de autoria da empresa e vem sendo publicado de forma viral desde 2007. Segundo a nota, a companhia apenas utilizou o material propagado e desenvolveu a arte, veiculando-a no Facebook.
"Apesar de não ser a criadora do texto, a DKT afirma não se isentar da responsabilidade de avaliar os conteúdos publicados em sua página na rede social, e por isso lamenta a não percepção de possíveis ofensas originadas pelo material", diz a empresa.
Ainda de acordo com a nota, a intenção da peça era remeter a uma “brincadeira entre casais”, retratando uma “insistência inofensiva do parceiro” sem qualquer alusão a qualquer forma de violência. A DKT disse não ter percebido, “lamentavelmente”, a dupla interpretação que o anúncio poderia conter.
A maior parte dos mais de 1.000 internautas que postaram comentários na página da Prudence do Facebook interpretaram o viral como um incentivo à violência sexual contra a mulher. Até a manhã desta segunda-feira (30), a peça publicitária já havia sido compartilhada por mais de 2.500 pessoas.
Após toda a polêmica, a DKT Internacional, detentora da marca Prudence, retirou a peça publicitária da página no Facebook e pediu desculpas aos consumidores. Apesar disso, o Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária (Conar) informou ao UOL que já abriu um processo ético contra propaganda.
“Nunca mais compro, nunca mais uso”, comentava uma das internautas enquanto a peça estava no ar. “Me sinto enojado, mais que isso, enquanto homem que tem mãe, irmã e queridas amigas e que sonha com uma sociedade mais igualitária”, dizia outra pessoa. “Propaganda ridícula. Boicote a marca já. Sexo sem consentimento é estupro” era outro comentário encontrado na página.
Para a minoria das pessoas que postaram opiniões, tudo não passava de “brincadeira”. “Estuprador não usa camisinha”, afirmava um internauta. Para outro, não se tratava de apologia, nem de brincadeira; apenas publicidade: "Técnica manjada de criar polêmica para vender mais. E pior que dá certo".
"Retrocesso"
Para a superintendente de Direitos das Mulheres da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (RJ), Ângela Fontes, a peça publicitária incentiva a violência sexual contra a mulher. Para Fontes, a peça publicitária da Prudence é um “retrocesso’.
"Certamente há um incentivo explícito para o uso da violência contra a mulher no momento da relação sexual. A peça publicitária é um retrocesso no que diz respeito ao comportamento dos homens em suas relações afetivas. Relação sexual sem o consentimento da mulher é estupro. A associação de atos violentos ao suposto "benefício para a saúde masculina" nos causa indignação. Desta forma, a Superintendência dos Direitos das Mulheres se manifesta veementemente contra a indução de todas as formas de violência, e neste caso, em especial, a violência sexual contra as mulheres", disse Ângel a Fontes, também presidenta do Conselho Estadual de Direitos da Mulher (CEDIM).
Coordenadora da ONG Cepia, que atua em defesa dos direitos humanos da mulher, a advogada Leila Linhares achou a peça “lamentável”. “Isso [a propaganda] é uma indução para que haja uma violência sexual. É a mulher perdendo a autonomia se quer decidir sobre o ato sexual e o incentivo à pratica de violência sexual. Uma fábrica de preservativos deveria fazer propaganda mais instrutiva”, declarou.
A advogada declarou ainda que espera atitude contra a peça publicitária. “É lamentável que no momento em que as mulheres estão galgando sua cidadania, sendo reconhecidas pela capacidade profissional, seja veiculada uma propaganda como essa”, concluiu.
“Mau gosto”
Com atuação em casos de violência contra a mulher, o promotor de Justiça Sauvei Lai acredita que os criadores da campanha da Prudence não agiram com a intenção de fazer apologia ao estupro, mas acabaram criando uma peça publicitária de mau gosto. “Esses publicitários menosprezaram um fato gravíssimo na sociedade brasileira que é a violência sexual contra a mulher, que muitas vezes acontece dentro da própria casa cometido por maridos, tios, padrastos. Não dá para dizer que é um crime de apologia porque não foi essa a intenção dos criadores da propaganda, mas foi sem dúvida uma brincadeira de muito mau gosto”, declarou.
Outro lado
Procurada pela reportagem do UOL, a DKT Internacional, detentora da marca Prudence, informou que o conteúdo da peça divulgada não é de autoria da empresa e vem sendo publicado de forma viral desde 2007. Segundo a nota, a companhia apenas utilizou o material propagado e desenvolveu a arte, veiculando-a no Facebook.
"Apesar de não ser a criadora do texto, a DKT afirma não se isentar da responsabilidade de avaliar os conteúdos publicados em sua página na rede social, e por isso lamenta a não percepção de possíveis ofensas originadas pelo material", diz a empresa.
Ainda de acordo com a nota, a intenção da peça era remeter a uma “brincadeira entre casais”, retratando uma “insistência inofensiva do parceiro” sem qualquer alusão a qualquer forma de violência. A DKT disse não ter percebido, “lamentavelmente”, a dupla interpretação que o anúncio poderia conter.
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