Os 10 mil torcedores que apoiarão o Galo em Marrakesh terão
que ficar roucos, se esgoelar, gritar como nunca na próxima
quarta-feira, às 17h30m (de Brasília), porque o Atlético será visitante
nas semifinais do Mundial de Clubes. O Raja Casablanca, do Marrocos,
terá uma torcida ensandecida a seu favor depois de garantir a
classificação neste sábado, em Agadir, com vitória por 2 a 1 sobre o
favorito Monterrey, do México.
É um momento histórico para o futebol marroquino. A vaga foi assegurada na prorrogação, após empate por 1 a 1 no tempo normal, em uma noite de delírio para a torcida do clube local - uma das mais fanáticas do futebol africano -, que foi à loucura com a volta olímpica depois do jogo. Diante do Atlético, o Raja tentará se tornar o segundo time do continente finalista de Mundiais, depois do Mazembe, vice-campeão em 2010. A outra semifinal será um dia antes, na terça-feira, entre o Bayern de Munique, da Alemanha, e o Guanghzou, da China – que eliminou o Al-Ahly, do Egito. Os dois vencedores farão a final no sábado.
Em partida tensa neste sábado, o Galo teve a comprovação de que é superior às duas equipes que se apresentaram. O Monterrey talvez fosse um adversário mais complicado, mas o ambiente agora será quase todo favorável ao oponente atleticano. Casablanca fica a três horas de carro de Marrakesh. A cidade será invadida. E o Atlético, que contava com a admiração dos marroquinos por Ronaldinho para se sentir em casa, terá que lidar com forte pressão.
Raja Casablanca na frente
O Monterrey foi mexicano: ficou com a bola, tocou mais, chegou mais, até chutou mais a gol. E nada. O Raja Casablanca foi africano: teve vibração, teve correria, teve um time pulsante e habilidoso, embora não necessariamente organizado. E teve o gol.
O primeiro tempo em Agadir mostrou bem como funcionam as duas escolas de futebol colocadas no caminho do Atlético no Mundial. Talvez o diferencial para os marroquinos tenha sido sua torcida extremamente inflamada. Cada vaia era uma agulhada nos jogadores mexicanos – um barulho impressionante. Cada apoio era uma onda a empurrar o time local ao ataque. É até um clichê essa história de 12° jogador, mas com o Raja parece funcionar mesmo. O ambiente é de cair o queixo.
Em campo, o Monterrey chegou a dar sinais de ser mais time. Soube trabalhar bem a bola, que ficou sob seu controle em 58% do tempo na etapa inicial. Os mexicanos, com isso, criaram chances. Mas não fizeram. Zavala e Juárez ameaçaram logo no começo, em chutes que passaram perto. El Hachimi, dentro da área, pela direita, quase deu um troco ainda maior. Ele pegou mal na bola – e perdeu o gol.
O Monterrey, pouco a pouco, foi perdendo o ímpeto inicial. Nervoso, passou a dar espaços ao adversário. E aí saiu o gol. El Hachimi disparou bem pela direita e mandou na área. O goleiro Orozco falhou. Soltou a bola nos pés de Chtibi, que completou para o gol. A torcida mergulhou em euforia. Era um sonho sendo realizado.
Coube aos mexicanos tentar reagir. Chutes de Delgado e de Neri Cardozo forçaram o goleiro Askri a praticar enormes defesas. Mas o curioso é que o segundo gol da partida quase foi novamente do Raja Casablanca. Em conclusão de Iajour depois de bela jogada individual, a bola rodou quase em cima da linha adversária – e ninguém apareceu para completar.
Monterrey reage
Os mexicanos cresceram no segundo tempo. Voltaram donos do jogo. E logo empataram. Foi aos sete minutos, quando Suazo cobrou falta da direita para Basanta, de cabeça, vencer a zaga adversária e deslocar o goleiro. No momento em que o atacante cruzou a bola, um laser saído das arquibancadas atingia seus olhos.
O empate poderia ter se tornado virada logo depois. Neri Cardozo recebeu sozinho, frente a frente com Askri. Era só passar pelo arqueiro africano. E ele não conseguiu. O chute foi defendido pelo goleiro, e a torcida soltou um urro de vibração.
O Raja conseguiu reequilibrar a partida. Mas sem ser incisivo. O jogo ficou com clima de que iria para a prorrogação, como efetivamente aconteceu.
A classificação marroquina
A prorrogação estava morna, sem sal. A torcida, apreensiva, sofria com a indefinição do jogo. E aí uma bola aérea, aos cinco minutos, mudou tudo. Guehi subiu muito alto, testou firme e inundou de delírio o estádio de Agadir.
Mas restavam 25 minutos. O Monterrey partiu para cima. Tentou atacar de todos os jeitos, por baixo e por cima, enquanto o Raja reagia com velocidade. Estava no ar que poderia sair novo gol a qualquer momento. Na última oportunidade mexicana, a dois minutos do fim, Suazo chutou rente à trave. Mas não aconteceu. E o surpreendente time de Casablanca está no caminho que o Galo terá que trilhar para ser campeão mundial.
tribunahoje
É um momento histórico para o futebol marroquino. A vaga foi assegurada na prorrogação, após empate por 1 a 1 no tempo normal, em uma noite de delírio para a torcida do clube local - uma das mais fanáticas do futebol africano -, que foi à loucura com a volta olímpica depois do jogo. Diante do Atlético, o Raja tentará se tornar o segundo time do continente finalista de Mundiais, depois do Mazembe, vice-campeão em 2010. A outra semifinal será um dia antes, na terça-feira, entre o Bayern de Munique, da Alemanha, e o Guanghzou, da China – que eliminou o Al-Ahly, do Egito. Os dois vencedores farão a final no sábado.
Em partida tensa neste sábado, o Galo teve a comprovação de que é superior às duas equipes que se apresentaram. O Monterrey talvez fosse um adversário mais complicado, mas o ambiente agora será quase todo favorável ao oponente atleticano. Casablanca fica a três horas de carro de Marrakesh. A cidade será invadida. E o Atlético, que contava com a admiração dos marroquinos por Ronaldinho para se sentir em casa, terá que lidar com forte pressão.
Raja Casablanca na frente
O Monterrey foi mexicano: ficou com a bola, tocou mais, chegou mais, até chutou mais a gol. E nada. O Raja Casablanca foi africano: teve vibração, teve correria, teve um time pulsante e habilidoso, embora não necessariamente organizado. E teve o gol.
O primeiro tempo em Agadir mostrou bem como funcionam as duas escolas de futebol colocadas no caminho do Atlético no Mundial. Talvez o diferencial para os marroquinos tenha sido sua torcida extremamente inflamada. Cada vaia era uma agulhada nos jogadores mexicanos – um barulho impressionante. Cada apoio era uma onda a empurrar o time local ao ataque. É até um clichê essa história de 12° jogador, mas com o Raja parece funcionar mesmo. O ambiente é de cair o queixo.
Em campo, o Monterrey chegou a dar sinais de ser mais time. Soube trabalhar bem a bola, que ficou sob seu controle em 58% do tempo na etapa inicial. Os mexicanos, com isso, criaram chances. Mas não fizeram. Zavala e Juárez ameaçaram logo no começo, em chutes que passaram perto. El Hachimi, dentro da área, pela direita, quase deu um troco ainda maior. Ele pegou mal na bola – e perdeu o gol.
O Monterrey, pouco a pouco, foi perdendo o ímpeto inicial. Nervoso, passou a dar espaços ao adversário. E aí saiu o gol. El Hachimi disparou bem pela direita e mandou na área. O goleiro Orozco falhou. Soltou a bola nos pés de Chtibi, que completou para o gol. A torcida mergulhou em euforia. Era um sonho sendo realizado.
Coube aos mexicanos tentar reagir. Chutes de Delgado e de Neri Cardozo forçaram o goleiro Askri a praticar enormes defesas. Mas o curioso é que o segundo gol da partida quase foi novamente do Raja Casablanca. Em conclusão de Iajour depois de bela jogada individual, a bola rodou quase em cima da linha adversária – e ninguém apareceu para completar.
Monterrey reage
Os mexicanos cresceram no segundo tempo. Voltaram donos do jogo. E logo empataram. Foi aos sete minutos, quando Suazo cobrou falta da direita para Basanta, de cabeça, vencer a zaga adversária e deslocar o goleiro. No momento em que o atacante cruzou a bola, um laser saído das arquibancadas atingia seus olhos.
O empate poderia ter se tornado virada logo depois. Neri Cardozo recebeu sozinho, frente a frente com Askri. Era só passar pelo arqueiro africano. E ele não conseguiu. O chute foi defendido pelo goleiro, e a torcida soltou um urro de vibração.
O Raja conseguiu reequilibrar a partida. Mas sem ser incisivo. O jogo ficou com clima de que iria para a prorrogação, como efetivamente aconteceu.
A classificação marroquina
A prorrogação estava morna, sem sal. A torcida, apreensiva, sofria com a indefinição do jogo. E aí uma bola aérea, aos cinco minutos, mudou tudo. Guehi subiu muito alto, testou firme e inundou de delírio o estádio de Agadir.
Mas restavam 25 minutos. O Monterrey partiu para cima. Tentou atacar de todos os jeitos, por baixo e por cima, enquanto o Raja reagia com velocidade. Estava no ar que poderia sair novo gol a qualquer momento. Na última oportunidade mexicana, a dois minutos do fim, Suazo chutou rente à trave. Mas não aconteceu. E o surpreendente time de Casablanca está no caminho que o Galo terá que trilhar para ser campeão mundial.
tribunahoje