O tatu-peba é um animal da caatinga que tem como característica o consumo de raízes, pequenos insetos, larvas e frutos da caatinga. Embora esse animal possua hábito noturno, sendo visto raramente durante o dia, na época da safra do umbuzeiro, a maneira mais fácil de vê-lo é esperá-lo embaixo de uma planta de umbuzeiro. Foi o que fez, nesta terça-feira (30), o biólogo, economista e apresentador de TV, Richard Rasmussem, próximo ao Lajedo Pai Mateus, na zona rural do município de Cabaceiras, no Cariri da Paraíba.
O encontro dele com o tatu-peba, raposas e lagartos, com cultura do bode, além do artesanato do couro típico da região e a gastronomia local serão apresentados numa série reportagens no programa semanal de televisão “Aventura Selvagem”, no Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). O primeiro programa será exibido no dia 10 de agosto (sábado) , a partir das 18h30, e domingo (11), às 8h.
“A Paraíba tem uma beleza espetacular. Um lajedo como o de Pai Mateus a gente só encontra lá na Namíbia. Aqui, o sol nasce às cinco horas da manhã, é a melhor luz natural do mundo para se gravar. O bioma da caatinga é rico. As pegadas dos dinossauros em Sousa você não tem em outro lugar. É esse olhar mais perceptivo que a gente quer mostrar e trazer mais turistas para conhecer as belezas deste Estado”, enfatizou Richard Rasmussem.
O apresentador de TV ainda ressaltou que não quer mostrar a vida do paraibano e do nordestino pelo lado do sofrimento, mas enxergar nele e ao seu redor um ambiente de beleza com a fauna, flora e toda a cultura. “O bioma da caatinga é gigantesco no Brasil, mas infelizmente compete com a Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal. A caatinga é deixada como a quinta roda, mas é um ambiente onde existe toda uma vida de muita adaptação não só dos bichos, mas das plantas e o ser humano também”, sublinhou o biólogo.
Richard adiantou que depois seguirá para a Capital, onde irá gravar na Praia do Bessa, em João Pessoa, e na Praia de Intermares, Cabedelo, com a equipe da ONG Guajiru, que desenvolve o projeto “Tartarugas Urbanas”. O objetivo do apresentador é mostrar que as tartarugas marinhas existem há mais de 180 milhões de anos e conseguiram resistir a todas as mudanças do planeta, e chamar a atenção dos telespectadores para a importância da preservação ambiental.
O terceiro local de gravação escolhido foi a região do Brejo paraibano, com o intuito de, além de enfatizar a rota cultural “Caminhos do Frio”, mostrar os animais que sobrevivem nas áreas frias e serranas do Estado. A última locação será na Área de Proteção Ambiental na Baía da Traição, Litoral Norte da Paraíba. As aldeias indígenas, tradicional dos índios potiguares, será o foco principal das gravações, onde o biólogo mostrará a riqueza dos rios, mangues, manifestações folclóricas, artesanato, a prática da pesca e, principalmente, os animais típicos da região.“Vamos fazer uma série de programas na Paraíba, uma releitura das coisas que a gente já fez e coisas novas. Nós nunca tínhamos feito um programa sobre o Brejo, estou ansioso para conhecê-los como também o Litoral”, afirmou Richard Rasmussen.
cariri ligado
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PAGINA INICIAL
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Apresentador do SBT gravÿa no Cariri paraibano para o programa ‘Avenÿtura Selvagem’
SBT deve anunciar retorno de Gugu em outubro, durante o Teleton
Depois de um breve período de férias desde que deixou a Record, Gugu Liberato voltou ao país e começou a pensar em sua carreira. Discretamente, o apresentador recebeu emissários do SBT que sondaram sua disposição de voltar para a emissora num programa que não seja necessariamente exibido aos domingos e no esquema de parceria. Entre os executivos do canal, é consenso que Gugu tem a cara do SBT. Da mesma maneira, conta com a simpatia de Silvio Santos.
Na emissora já até mesmo um plano para anunciar o retorno do apresentador à antiga casa. Caso assine mesmo o contrato, Gugu trará a novidade à tona durante a edição deste ano do Teleton, prevista para ocorrer entre os dias 25 e 26 de outubro. Ainda que não haja acordo, o artista será convidado a integrar o time de comandantes do evento, que também contará com uma homenagem à Hebe Camargo. Resta esperar os próximos capítulos desta história.
PB Agora com IG/pb agora
Na emissora já até mesmo um plano para anunciar o retorno do apresentador à antiga casa. Caso assine mesmo o contrato, Gugu trará a novidade à tona durante a edição deste ano do Teleton, prevista para ocorrer entre os dias 25 e 26 de outubro. Ainda que não haja acordo, o artista será convidado a integrar o time de comandantes do evento, que também contará com uma homenagem à Hebe Camargo. Resta esperar os próximos capítulos desta história.
PB Agora com IG/pb agora
Senado gasta R$ 5 mi com hospital nos seis primeiros meses Gestão de Renan Calheiros destinou 70% a mais para despesas médicas no Sírio-Libanês
Sob o comando de Renan Calheiros (PMDB-AL), o Senado gastou em seis meses 70% a mais com despesas médicas no Sírio-Libanês do que o total pago em 2012 para atender congressistas, dependentes, servidores e até ex-senadores e seus cônjuges no hospital paulista.
De fevereiro a julho deste ano - em janeiro, Renan ainda não era presidente da Casa--, foram pagos R$ 5,1 milhões ao Sírio-Libanês, enquanto no ano passado foram R$ 3 milhões, de acordo com o Portal de Transparência do próprio Senado.
O dinheiro foi gasto com serviços que incluem consultas, emergência e atendimento complementar a diagnósticos e tratamentos. Em janeiro, Renan Calheiros não era presidente.
O Sírio-Libanês é o hospital preferido pela maioria dos políticos brasileiros para fazer desde checkups a tratamentos e cirurgias. O senador José Sarney (PMDB-AP), por exemplo, foi transferido semana passada do Maranhão para o hospital paulista.
A fama do hospital atrai também parentes dos congressistas e ex-senadores que têm direito ao plano de saúde da Casa -desde que tenham exercido o mandato por pelo menos seis meses. Todos têm as consultas, exames e procedimentos integralmente custeados pelo Senado, sem o pagamento de nenhuma contrapartida.
O Sírio é um dos hospitais credenciados pelo plano de saúde do Senado, o SIS (Sistema Integrado de Saúde). Os gastos no hospital incluem o pagamento de honorários a médicos que se tornaram famosos pelo tratamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.
Nos primeiros sete meses deste ano, a Casa gastou R$ 77,8 milhões em despesas médicas. Ao assumir o comando do Senado, Renan prometeu economizar R$ 6 milhões com a extinção do serviço médico ambulatorial do Senado.
O senador manteve apenas os atendimentos de emergência, mas servidores dizem que a medida vai ampliar os gastos do plano de saúde --que passou a custear todos os tipos de consultas. Ao contrário dos congressistas, os servidores têm que contribuir com um percentual se aderirem ao plano. Todos têm direito ao reembolso de consultas médicas de hospitais, clínicas ou profissionais que não são credenciados na rede do plano.
Dois contratos são mantidos
O Senado informou que mantém dois contratos de credenciamento com o Sírio-Libanês, sendo um deles com a unidade do hospital em Brasília e outro com a de São Paulo.
Esclareceu ainda que, no caso da sede do hospital na capital paulista, “os honorários médicos não estão incluídos, mas são passíveis de ressarcimento, mediante perícia e dentro dos valores fixados em tabela”.
“A regra do SIS estabelece que os servidores participam com uma contribuição mensal fixa individual e para cada dependente, além de pagar 30% de qualquer despesa realizada em qualquer estabelecimento conveniado, inclusive o Sírio-Libanês”, informou.
O Senado explicou ainda que os congressistas não precisam necessariamente escolher estabelecimentos conveniados, mas têm direito ao ressarcimento das despesas médicas.Sobre o aumento das despesas no início deste ano em relação ao volume gasto durante todo o ano de 2012, o Senado atribuiu a evolução a “um conjunto de variáveis”, entre elas o envelhecimento dos atendidos.
“Considerando que não houve reajuste da tabela dos preços pagos ao hospital Sírio-Libanês, a explicação para a evolução das despesas pode estar relacionada a um conjunto de variáveis, como o crescimento do número de usuários, aumento na quantidade e na natureza das intercorrências médicas, o envelhecimento da população, entre outras”, explicou o Senado. Informou também que, no caso dos conveniados, o pagamento é feito diretamente ao hospital, “após análise e auditoria das contas”.
portal correio
Sem aparelho, médico usa lanterna em cirurgia em hospital de Jacareí Cirurgião postou na internet foto do problema que ocorreu na Santa Casa. Hospital rescindiu contrato com médico e diz que sempre faz 'manutenção'.
Foco cirúrgico deixou de funcionar durante a cirurgia e médico teve que seguir o procedimento usando uma lanterna na Santa Casa de Jacareí. (Foto: Arquivo Pessoal/ Eduardo Capela)
Cansado da falta de estrutura que encontra em alguns hospitais, um cirurgião decidiu postar em uma rede social uma foto em que opera uma menina de 10 anos com a ajuda de uma laterna convencional já que um aparelho de foco cirúrgico, responsável em garantir a visibilidade do local a ser operado, deixou de funcionar durante o procedimento médico. O outro aparelho disponível na sala já não funcionava antes mesmo do início da cirurgia.
O problema ocorreu no dia 16 de julho na Santa Casa de Jacareí (SP), que após ver a publicação, rescindiu na última segunda-feira (5) o contrato com o médico que prestava serviço na unidade havia dois anos. A Santa Casa é alvo constante de reclamação de moradores e de funcionários que chegaram a fazer uma greve de quase um mês no fim do ano passado por falta de condições de trabalho. Por meio de nota, a Santa Casa informou que os equipamentos cirúrgicos recebem 'toda a manutenção necessária' (leia abaixo).
De acordo com o cirurgião pediátrico, Eduardo Capela Galeazzi, a foto não tem como objetivo denegrir a imagem do hospital, mas expor a situação enfrentada por muitos médicos e cobrar melhores condições no exercício da profissão. “Eu não denunciei, eu expus a situação. Achei aquilo um bom exemplo de que o médico não é o problema. Médico tem, o que não tem é estrutura. A saúde está sucateada porque outros médicos não mostram situações como essa. Se mostrarem, muita coisa pode ficar melhor”, afirmou ao G1.
Segundo Galeazzi, a foto foi feita no dia 16 de julho enquanto ele operava uma criança de 10 anos, que sofria de uma apendicite em estado avançado. Ele foi acionado pelo hospital por volta das 21h e recomendou a cirurgia para a paciente. Na sala da cirurgia, havia dois aparelhos de foco cirúrgico, mas o médico afirma que não sabia que um deles já não funcionava. “Comecei a cirurgia com ele, mas quando já estava dentro da cavidade abdominal da criança ele queimou. E aí a assistente de enfermagem me disse que o outro estava queimado e que ia buscar uma lanterna para continuarmos”.
Como já havia feito o corte na barriga da criança, o médico afirma que optou por prosseguir a cirurgia, mesmo sem condições ideais. Segundo o médico, a paciente teve boa recuperação e recebeu alta médica dias depois.
“Não tinha escolha. Como explicaria para a família que fechei a barriga da criança e não fiz a cirurgia por falta de luz? Não tinha como não prosseguir. Se eu paro, ia colocar ela mais em risco do que operar com a lanterna. Continuei para tirá-la da gravidade em que estava e felizmente não teve problemas”, explicou. Segundo o cirurgião, o uso do foco cirúrgico é essencial para o trabalho durante o procedimento. “Toda cirurgia precisa de uma boa iluminação. Nesse caso, a incisão era de mais ou menos de 3 a 4 centímetros, se não enxergar bem o que está fazendo pode provocar lesões na bexiga, no intestino do paciente. E o foco cirúrgico te dá a visão exata do que está fazendo”.
Desligamento
O médico, que prestava serviço ao hospital há dois anos, teve seu contrato rescindido no começo de agosto. Ele e mais um colega prestavam serviço ao hospital por meio de uma empresa do próprio médico.
O médico, que prestava serviço ao hospital há dois anos, teve seu contrato rescindido no começo de agosto. Ele e mais um colega prestavam serviço ao hospital por meio de uma empresa do próprio médico.
De acordo com Galeazzi, após a publicação da imagem a administração o procurou pedindo que retirasse a foto da internet. “Pediram para tirar a foto, mas só tirei o nome da instituição. Depois me procuraram e resolveram cancelar meu contrato. Quando assinei a rescisão perguntei se era pela foto e me disseram que não, mas ficou claro que é o motivo. Muitos não têm coragem de falar (os problemas), eu tive e deu nisso”.
Mesmo com o contato rescindido pela Santa Casa, ele afirma que os médicos devem mostrar a falta de condições que presenciarem durante o trabalho. “É uma pena, queremos trabalhar direito, correto, mas não pode deixar da maneira que está. Se os médicos não mostrarem o que acontece, a medicina irá de mal a pior”, disse.
Outro lado
Por meio de nota, a administração da Santa Casa de Jacareí informou que os equipamentos cirúrgicos recebem 'toda a manutenção necessária', mas não detalhou o que ocorreu na sala de cirurgia utilizada pelo médico no dia da reclamação.
Outro lado
Por meio de nota, a administração da Santa Casa de Jacareí informou que os equipamentos cirúrgicos recebem 'toda a manutenção necessária', mas não detalhou o que ocorreu na sala de cirurgia utilizada pelo médico no dia da reclamação.
A Santa Casa informou ainda que já estudava rescindir o contrato com o médico antes da publicação da foto com objetivo de ampliar a equipe de cirurgiões.
globo.com
Presidente da Câmara recebe proposta de iniciativa popular que pede mais recursos para a saúde
Brasília - Proposta de iniciativa popular com 1.896.592 assinaturas estabelecendo que a União deverá aplicar, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, montante igual ou superior a 10% de suas receitas correntes brutas, foi entregue hoje (5) ao presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O documento, acompanhado de dezenas de caixas contendo as assinaturas, foi entregue em ato no Auditório Nereu Ramos por mais de 100 entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), conselhos de saúde, entre outras que coletaram as assinaturas em todo o país.
Na forma de projeto de lei complementar, o texto define que para os efeitos da lei são consideradas receitas correntes brutas a totalidade das receitas: tributárias, de contribuições, patronais, agropecuárias, industriais, de serviços, de transferências correntes e de outras receitas correntes. Estabelece, ainda, que é vedada a dedução ou exclusão de qualquer parcela de receita vinculada à finalidade especifica ou transferida aos demais entes da Federação a qualquer título.
Os quase 600 participantes do ato de entrega da proposta a Henrique Alves pediram para que ele se comprometesse a fazer com que o projeto tramite em caráter de urgência na Câmara. Alves não se comprometeu com o pedido, mas disse que amanhã (6) mesmo, em reunião com os líderes partidários, vai falar sobre a proposta e pedir apoio para sua tramitação. Ele também se colocou à disposição dos movimentos que coletaram as assinaturas para se juntar a eles nas negociações com o Executivo.
“Vou relatar a todos os líderes, o que eu vi e o que ouvi aqui. Tenho a certeza que este projeto aqui não vai ficar engavetado, nem ninguém vai sentar em cima dele nesta Casa, até porque a saúde pública já esperou demais, já adoeceu demais, já morreu gente demais. Tá na hora do resgate, da recuperação para construir um país com mais saúde. Contem, a partir de hoje com o presidente da Câmara para fazer valer pela maneira legal, responsável, consequente e consciente que a saúde tenha esses recursos para fazer valer a alegria, o sonho e a esperança do povo brasileiro”, disse o presidente da Câmara aos participantes do ato em discurso.
Henrique Alves declarou ainda que em todas as campanhas que participou não houve nenhuma em que o tema principal dos protestos e reivindicações não tenha sido a saúde pública. “Esse é um tema recorrente em todas as campanhas”. Segundo Alves, a luta por uma saúde melhor não vai parar enquanto não for alcançada a vitória da saúde. “Tenho muita consciência que a educação é fundamental para um país que queremos construir. Todos sabemos, também, que sem saúde não tem educação. Como uma criança pode desenvolver na escola se ela não tiver saúde. Sem saúde não se tem educação”, ressaltou.
O secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, disse no evento que todas as entidades que trabalharam na campanha Saúde+10, para a coleta das assinaturas, quer que todo brasileiro tenha direito a uma saúde digna. “Pedimos ao Congresso que ouça as necessidades do nosso povo para ter um Estado mais solidário, mais fraterno, para que todos tenham direito à saúde digna. Nessas caixas [onde estão as assinaturas] estão viabilizados os rostos de milhões de brasileiros”, disse o secretário da CNBB.
O deputado Henrique Eduardo Alves prometeu encaminhar a proposta de iniciativa popular à Comissão de Legislação Participativa da Câmara (CLP), onde começará a tramitar. Na comissão, o presidente, deputado Lincoln Portela (PR-MG), indicará um relator para a matéria, o qual deverá transformá-la em projeto de lei complementar para ser debatido no colegiado.
Edição: Aécio Amado
ebc.com
Ney Franco quebra o silêncio e rebate críticas de Rogério Ceni: 'Extrapolou'
Um mês após ser demitido do São Paulo, o técnico Ney Franco decidiu quebrar o silêncio e veio a público responder às críticas que tem recebido, principalmente, do goleiro e capitão são-paulino Rogério Ceni.
Em entrevista ao jornal 'O Globo', o ex-treinador do Tricolor falou sobre a saída do clube, do trabalho (bom, em sua opinião) à frente da equipe e de como era a relação entre ele e Ceni, conturbada depois de seguidos episódios de desentendimento entre as partes. Ainda, de acordo com Ney, o camisa 01 é um dos responsáveis por Paulo Henrique Ganso ser tão contestado dentro do Morumbi.
- Sem dúvida, extrapolou o limite (de um jogador). Até participa da vida política do clube, há uma disputa por seu apoio político. Ele tem consciência do que representa. Em 2013, não tive nele o capitão que precisava. Havia a preocupação de quebrar marcas individuais. Até emcontratações: se chega um nome que é do interesse dele, ele fica na dele; se não é, reclama nos corredores. E isso chega aos contratados, como Ganso, Lúcio. E eu, como técnico, ficava no meio disso - disse o técnico.
Além da relação deteriorada com Rogério Ceni, Ney Franco nega que o distanciamento de Milton Cruz da comissão técnica tenha sido sua "culpa". Conforme declara na entrevista, o coordernador técnico são-paulino foi convidado para trabalhar junto de seu auxiliar, Éder Bastos, que era muito contestado pelo elenco tricolor.
- Ele (Milton Cruz) é muito ligado ao clube. Em qualquer problema que envolva alguém que tenha poder de convencimento no São Paulo, ficará deste lado. Antes da minha queda, me foi dito que ele já tinha ligado para outro treinador. Fico à vontade para falar, porque não tive qualquer problema direto com ele. No primeiro treino, eu e meu auxiliar (Éder Bastos) o chamamos para o campo. Ele não quis. Não o afastamos. Meu auxiliar foi massacrado. Ele trabalha muito e, pela primeira vez, vi um profissional ser penalizado por trabalhar muito. Se ele tirou espaço de outro, é porque este profissional não ocupou um espaço - prosseguiu Ney.
Ney Franco comandou o São Paulo em 79 partidas, somando 41 vitórias, 22 derrotas e 16 empates - aproveitamento de 58,6%. Pelo clube, conquistou de forma invicta a Copa Sul-Americana do ano passado ao bater o Tigre (ARG) na decisão. Nesta temporada, caiu na semifinal do Paulistão para o Corinthians e nas oitavas de final da Libertadores para o Atlético-MG, quedas que custaram seu cargo. Recentemente, recebeu sondagens de clubes da Série A do Brasileiro e chegou a conversar com o Fluminense. No momento, o técnico está desempregado.
esportes.opovo
Vacina brasileira contra o HIV começará a ser testada em macacos em setembro
Uma vacina brasileira contra o vírus HIV será testada em macacos a partir de setembro. O imunizante, que começou a ser desenvolvido em 2001, conseguiu bons resultados nas avaliações feitas em camundongos. “Nos camundongos nós tivemos uma resposta muito forte, muito intensa, que agora a gente vai desafiar para saber se essa resposta é forte assim nos macacos”, explicou um dos responsáveis pelo projeto, o pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Edecio Cunha Neto.
O estudo está sendo conduzido pelo Instituto de Investigação em Imunologia, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Os trabalhos também são conduzidos pelos pesquisadores da FMUSP Jorge Kalil e Simone Fonseca.
A nova fase de testes é decisiva, uma vez que os macacos têm o sistema imunológico muito mais próximo do humano do que os camundongos. “Se no macaco nós tivermos uma resposta da força que nós tivemos no camundongo, nós temos um candidato à vacina muito poderoso”, diz Cunha. Nesta fase, a vacina será ministrada a quatro animais e os pesquisadores precisarão de ao menos seis meses para começar a avaliar os resultados.
O vírus causador da aids tem uma série de características que dificultam a criação de uma vacina, apesar das intensas pesquisas desenvolvidas em todo o mundo para isso. Uma delas é a grande variação do genoma nas diversas variedades do vírus. Segundo Cunha, essa diferença pode chegar a 20%. “Para nós contornarmos isso, nós selecionamos 'regiões' do HIV que eram muito conservadas, que não mudavam de um vírus para o outro”, explicou.
Os pesquisadores tiveram que identificar dentre esse material genético que não variava os elementos que são reconhecidos pelo sistema imunológico da maior parte da população. “Nós conseguimos fazer isso com auxilio de programas de computador e testes químicos e biológicos”, disse o pesquisador, explicando o processo de elaboração da vacina.
A partir daí, foi desenvolvido um imunizante que aumenta a resposta do corpo à ação do HIV, atenuando os efeitos da doença. “Essa vacina não é capaz de bloquear ou neutralizar os vírus totalmente. Ela é capaz de atenuar a infecção, reduz a quantidade de vírus que vai replicar”, diz Cunha. Com isso, a pessoa infectada teria menos sintomas da doença e uma capacidade muito menor de contaminar outras pessoas. “Isso ia significar, ao longo do tempo, a diminuição de centenas de milhares ou milhões de casos novos de HIV na população”.
De acordo com o pesquisador, com a tecnologia atual, esse é o único modelo viável de imunização. A vacina que bloqueia completamente a ação do vírus “nem em modelo animal tem obtido sucesso”.
Após o teste com o primeiro grupo de macacos, a vacina passará por uma nova fase de testes, também em símios, com uma amostragem maior. “Vai ter pequenas variações na vacina e vai ter vários grupos de quatro animais cada um para ver qual variação que tem a resposta mais forte”, detalha Cunha. A partir daí será possível passar para os testes em humanos.
O pesquisador ressalta, no entanto, que a avaliação de eficácia em larga escala dependerá de “uma decisão política” para o desenvolvimento dessa tecnologia no Brasil, devido aos custos envolvidos. Seriam 10 mil pessoas avaliadas por cinco anos, com um investimento que varia de R$ 100 milhões a R$ 200 milhões. “ Não é um recurso que um fundo de pesquisa vai financiar”, enfatiza. Até agora foram investidos, segundo Cunha, R$ 1 milhão no projeto. Os testes em macacos deverão demandar mais R$ 2 milhões, segundo a estimativa do especialista.
Agência Brasil
horizontems.com
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