“Eu tenho a teoria de que a televisão é a janela para a alma de uma nação”. É assim que começa o episódio sobre o Brasil do programa de televisão britânico “The Greatest Shows on Earth” (Os melhores programas do mundo, em tradução livre). Exibido em junho na TV britânica, só agora o episódio ganhou notoriedade entre brasileiros nas redes sociais. Se a teoria da apresentadora Daisy Donavon estiver correta, a alma do Brasil é uma mistura perversa de sexo e morte. Ou pelo menos é essa a conclusão a que ela chega após passar uma temporada no país,conhecendoalguns programas da TV aberta. “A televisão aqui valoriza oteatrodo extremo, da beleza do corpo das mulheres a programas que exploram casos de polícia”, explica no começo da reportagem. Daisybuscaexemplos fortes para comprovar sua teoria. A competição “Miss Bumbum”, exibida por um canal da TV aberta, é alvo de detalhada análise. “Estou exposta a um festival da carne”, impressiona-se a apresentadora enquanto assiste àcenade um programa de auditório em que um cirurgião plástico descreve um bumbum perfeito. Ela chega a participar de uma pegadinha com uma das participantes para entender melhor o que motiva essas meninas a se exporem dessa forma. Conclusão: “no Brasil, o bumbum pode te levar a lugares”. Uma das concorrentes, apesar de participar da competição, explica como funciona. “Para a gente entrar na TV e na mídia, muitas vezes a gente tem que entrar pela porta dos fundos. Temos que mostrar primeiro nossa beleza, pra depois mostrar o que temos por dentro e a capacidade intelectual”. “O que me parece ser um programa degradante e sadomasoquista é transmitido, incrivelmente, às 21h de um sábado para 10 milhões de espectadores”, explica, incrédula, a apresentadora ao público inglês. Sem limites E ainda questiona: “se a televisão brasileira está disposta a tratar as mulheres dessa forma em sua busca por espectadores, existe algum limite que ela não cruzaria?”. A resposta vem banhada em sangue. A jornalista britânica vai ao norte do país para conhecer melhor o que considera uma forma inesperada de entretenimento: os sangrentos programas policiais. “É isso que as pessoas assistem como entretenimento na hora do almoço?” “Meu Deus, esse país não é para os de coração fraco”, conclui. Exame/pb agora
Este ano, 239 pessoas (62% do total do ano passado, que foram 385) de, pelo menos, 39 municípios paraibanos foram diagnosticadas com Aids e 105 que já tinham a doença morreram. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (SES) até agosto. Desde que os casos começaram a ser registrados (1985) foram notificados 5.336, com 1.318 óbitos. Apesar dos dados de mortalidade, hoje, a doença não é mais uma sentença de morte.
Uma pessoa com Aids pode ter a mesma expectativa de vida de uma pessoa sem o vírus, contanto, que o tratamento para evitar as doenças oportunistas seja seguido à risca. A antecipação da terapia é uma diretriz, inclusive, do novo protocolo do Ministério da Saúde. A estudante Rita (que teve sua verdadeira identidade preservada, porque, infelizmente, ainda é vítima do preconceito) vive há 20 anos com o vírus HIV. Em junho, 2.701 pessoas no Estado retiraram medicamentos na SES.
Adquirido de forma vertical, de mãe para filho, a paciente Rita (nome fictício), de 23 anos, soube que tinha o vírus aos 3 anos de idade. “Depois de mim, minha mãe teve outro menino. Até então não sabia que tínhamos. Só depois que meu irmão ficou doente. Os médicos suspeitaram de meningite e depois de vários exames descobriu que ele tinha. Foi aí, que eu, minha mãe e meu pai tivemos que passar pelos exames que mostrou que todos tinham e que eu tinha adquirido de modo vertical da minha mãe”, relatou.
Meses depois, o irmão de Rita morreu. Ela contou que a mãe não aceitava o tratamento nem dela e nem da filha. Por conta disso e da morte do filho, entrou em depressão. “Meses depois ela morreu. Fui morar com meu pai e dois anos depois ele também morreu. Antes disso, ele ligou para minha avó materna que era da Paraíba para que eu viesse morar aqui. Até então, a gente morava no Rio. Quando eu vim para cá, me deram todo encaminhamento para o Clementino e desde então me trato nesse hospital”, contou.
Jovem contaminada pela mãe tem doença há 23 anos
Até os 10 anos de idade, Rita, 23, contou que não desconfiava que tinha algo de errado. A família nunca revelou o motivo de tomar vários remédios e receber tratamento no hospital. “Eu nunca tive coragem de perguntar. Quando passava propaganda de prevenção a Aids eu saia da sala porque eu meio que suspeitava. Só depois que pediram para uma psicóloga conversar comigo”, revelou, destacando que morou com a avó até os 16 anos de idade. “Ela me dava tudo. Ela colocava minha refeição antes mesmo de acordar. Sem contar com os remédios que ela me dava”, comentou.
Após a morte da avó, aos 16 anos descobriu que tinha tuberculose e em seguida pneumonia, mas recebeu tratamento e ficou curada. No final de 2011, descobriu que tinha neurotoxoplasmose (infecção cerebral). Ficou internada para tratamento e recebeu alta em janeiro do ano passado. Entre julho e agosto do ano passado, Rita sentia fortes dores de cabeça e decidiu procurar um neurologista. Ele passou vários remédios, mas não passou de início. A jovem chegou a ter convulsão em casa antes de descobrir um abscesso cerebral.
“Fiz tomografia uma tomografia que mostrou que tinha um abscesso de 4.0 e disse que era preciso cirurgia no São Vicente”, contou, acrescentando que lutou por seis meses porque havia médicos que não queriam fazer a cirurgia e indicavam apenas continuar tomando o antibiótico. Precisou até entrar na justiça para fazer a cirurgia.
“Eu já não aguentava mais esperar. Eu tava enjoada e achava que iria morrer. Quando chegou a ordem para fazer, tive que fazer outra tomografia no Trauma, e foi aí que a médica disse que o abscesso tinha diminuído de 4.0 para 1.3, mas eu não acreditava. Achava que eles estavam me enganando. Depois eles me acalmaram e mostraram que não precisava”, disse. Quase dois meses, Rita ficou tomando injeções e quando repetiu a ressonância apontou que o abscesso havia desaparecido. O tumor tinha aparecido após uma sinusite que comprometeu três ossos da fase, sendo que o líquido se acumulou em um dos lados.
Em março deste ano começou a aparecer bolhas na pele. “Uma dermatologista fez uma avaliação e pediu uma biopsia. Até então, não sabia o que era. Só um exame de fezes e urina mostrou que eu tinha porfiria. Com isso, não posso tomar sol, meu fígado não produz enzima. Não posso comer comida gordurosa. Hoje recebo alta”, disse. Ela cursa Enfermagem e conheceu uma ONG. Recebeu uma casa no programa Minha Casa Minha Vida. Hoje toma 11 comprimidos. Mora com a tia. Teve três namorados sérios e sabiam da doença. Sofreu preconceito de algumas pessoas.
Protocolos garantem maior prevenção
As recomendações do Ministério da Saúde sobre o protocolo apontam melhores protocolos para prevenir a transmissão do HIV de mãe para filho e monitoramento regular e mais efetivo da carga viral das pessoas infectadas, para garantir que o tratamento esteja dando certo. Além disso, determina a realização de genotipagem para detecção de resistência genotípica para pessoas que tenham se infectado com um parceiro em uso de medicamentos antirretrovirais, já que a possibilidade de transmissão de mutações de resistência é mais provável nesta situação. O infectologista Francisco de Assis informou que a expectativa de vida de uma pessoa com Aids é a mesma de uma pessoa que não tem, exceto se o paciente adquirir alguma doença oportunista. “Quando uma pessoa é detectada com o vírus, é feito exames que apontam o nível de imunidade e é iniciado o tratamento”, afirmou.
De 2007 até este ano, a SES notificou mais de 2.207 casos de Aids na Paraíba. Desse total, a faixa etária com maior quantidade de registros, é entre 30 e 39 anos de idade (771), seguido por 40 e 49 anos (556) e em terceiro, 20 a 29 anos (469). Desde que começou a ser notificada, em 1985, até este ano, João Pessoa foi o município que mais recebeu casos, com pelo menos1.804.
Hospitais
Segundo a SES, em junho deste ano, 2.670 adultos e 31 crianças retiraram medicamentos conforme Siclom gerencial. No Estado, o tratamento é realizado no Hospital Clementino Fraga e Hospital Universitário Lauro Wanderley em João Pessoa. Em Campina Grande, no SAE Municipal e Hospital Universitário Alcides Carneiro. Já em Cabedelo, no SAE Municipal. Em Santa Rita, no SAE Municipal e em Patos, no SAE Municipal.
Tratamento
Segundo a infectologista Joana Frade, os parceiros não precisam passar por tratamento, só em casos de exposição com a doença. O principal método de prevenção é o uso de preservativos. “O tratamento depende de vários critérios como a carga viral, do quadro clínico e do imunológico. Temos que avaliar cada caso, cada situação. Nas recomendações, o CD4 recomendava o início do tratamento em pessoas com menor de 500 células”, afirmou.
Vírus silencioso
Nos primeiros anos de contaminação com o vírus, o infectologista Francisco de Assis destacou que ele fica silencioso e muitas pessoas acabam nunca desenvolvendo a Aids. Por conta disso, não vai precisar tomar coquetel.
Diferença entre soropositivo e portador
O médico ginecologista/obstetra que atende pacientes com a doença, Otávio Pinho, explicou que soropositivo é aquele infectado com o vírus HIV. Já os pacientes com Aids, já sofrem com doenças infecciosas e oportunistas como tuberculose. O tratamento é feito com pessoas com a doença.
O que é HIV?
O HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da Aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Ter HIV não é a mesma coisa de ter Aids
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
Como se pega o HIV?
- Fazendo sexo sem camisinha (oral, vaginal ou anal);
- Compartilhando agulhas e seringas contaminadas;
- Da mãe para o bebê durante a gravidez, na hora do parto e/ou amamentação.
Onde buscar apoio?
-Serviços de Saúde;
-Família e amigos;
-Grupos de apoio.
Direitos do soropositivo
-Atendimento, tratamento e medicamento gratuitos;
-Sigilo sobre a sua condição sorológica;
-Queda da obrigatoriedade do exame de aids no teste admissional;
-Permanecer no trabalho;
-Saque de valores do PIS/Pasep e FGTS;
-Benefício de prestação continuada;
-Isenção do pagamento de IR;
-Ninguém deve sofrer discriminação por viver com HIV/AIDS.
A atuação da inteligência americana no Brasil não se limita à espionagem eletrônica, revelada em documentos do ex-analista da NSA (Agência de Segurança Nacional, sigla em inglês) Edward Snowden. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, agentes da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, trabalham livremente no País por meio da parceria entre a Embaixada americana e a Polícia Federal - formalizada por meio da assinatura de um memorando em 2010, mas ativa na prática desde muito antes disso. À época, a justificativa para o convênio era que o auxílio entre americanos e brasileiros serviria para o combate às drogas. Depois do 11 de Setembro, no entanto, o foco passou a ser o terrorismo.
Os americanos estão espalhados pelo Brasil atrás de informações sobre residentes no Brasil, brasileiros ou não. Policiais federais, militares da inteligência do Exército e funcionários do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República entrevistados dizem que eles dão a linha em investigações e apontam quem deve ser o alvo dos policiais federais. Os americanos mantêm escritórios próprios no Rio de Janeiro, com a justificativa da realização da Copa do Mundo e da Olimpíada de 2016, e em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, para vigiar a atuação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na fronteira. Cinco bases da PF para o combate ao terrorismo funcionam hoje no País - no Rio, em São Paulo, em Foz do Iguaçu (PR) e em São Gabriel da Cachoeira. Todas contam com equipamentos e tecnologia da CIA para auxiliar nos trabalhos e há agentes americanos atuando em parceria com os brasileiros. Procurada, a Embaixada dos EUA no Brasil não se pronunciou.
Espionagem americana no BrasilMatéria do jornal O Globo de 6 de julho denunciou que brasileiros, pessoas em trânsito pelo Brasil e também empresas podem ter sido espionados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês), que virou alvo de polêmicas após denúncias do ex-técnico da inteligência americana Edward Snowden. A NSA teria utilizado um programa chamado Fairview, em parceria com uma empresa de telefonia americana, que fornece dados de redes de comunicação ao governo do país. Com relações comerciais com empresas de diversos países, a empresa oferece também informações sobre usuários de redes de comunicação de outras nações, ampliando o alcance da espionagem da inteligência do governo dos EUA.
Ainda segundo o jornal, uma das estações de espionagem utilizadas por agentes da NSA, em parceria com a Agência Central de Inteligência (CIA) funcionou em Brasília, pelo menos até 2002. Outros documentos apontam que escritórios da Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações Unidas, em Nova York, teriam sido alvos da agência.
Logo após a denúncia, a diplomacia brasileira cobrou explicações do governo americano. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que o País reagiu com “preocupação” ao caso.
O embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon negou que o governo americano colete dados em território brasileiro e afirmou também que não houve a cooperação de empresas brasileiras com o serviço secreto americano.
Após as revelações, a ministra responsável pela articulação política do governo, Ideli Salvatti (Relações Institucionais), afirmou que vai pedir urgência na aprovação do marco civil da internet. O projeto tramita no Congresso Nacional desde 2011 e hoje está em apreciação pela Câmara dos Deputados.
MonitoramentoReportagem veiculada pelo programa Fantástico, da TV Globo, afirma que documentos que fariam parte de uma apresentação interna da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos mostram a presidente Dilma Rousseff e seus assessores como alvos de espionagem.
De acordo com a reportagem, entre os documentos está uma apresentação chamada "filtragem inteligente de dados: estudo de caso México e Brasil". Nela, aparecem o nome da presidente do Brasil e do presidente do México, Enrique Peña Nieto, então candidato à presidência daquele país quando o relatório foi produzido.
O nome de Dilma, de acordo com a reportagem, está, por exemplo, em um desenho que mostraria sua comunicação com assessores. Os nomes deles, no entanto, estão apagados. O documento cita programas que podem rastrear e-mails, acesso a páginas na internet, ligações telefônicas e o IP (código de identificação do computador utilizado), mas não há exemplos de mensagens ou ligações.
Imagem 4/21:Morreu neste domingo (15), aos 112 anos, o espanhol Salustiano Sánchez (em imagem de arquivo), considerado pelo Guiness Book (O Livro dos Recordes) o homem mais velho do mundo. Natural de El Tejado de Bejar, em Salamanca, Sánchez vivia em Gran Island, New York (EUA). A causa da morte não foi divulgada. Sánchez tornou-se o homem mais velho do mundo pelo Guiness Book em julho deste ano. Ele substituiu o japonês Jiroemon Kimura, que morreu em 12 de junho, aos 116 anos
Brasília – A maioria da população brasileira é favorável à contratação de médicos estrangeiros por meio do Programa Mais Médicos.Pesquisadivulgada hoje (10) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) revela que 73,9% dos entrevistados apoiam o programa.
Os dados revelam que 49,6% dos entrevistados acreditam que o programa solucionará problemas graves relacionados à saúde no país. Para 34,7% dos entrevistados, o serviço vai melhorar nos próximos seis meses.
A pesquisa da CNT aponta que os índices de aprovação do Programa Mais Médicos contribuíram para a recuperação da popularidade da presidenta Dilma Rousseff e do governo que, em julho, tiveram índices mais baixos.
Nesta edição, foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 135 municípios de 21 estados, entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro.