Uma quadrilha de homens e mulheres chegaram ao Cariri há pelo menos 15 dias e se instalaram entre Monteiro e Sertânia-Pe. Eles começaram a aplicar golpes, comprando carros, fazendas, caminhões e até retro escavadeira. A quadrilha andava em carros novos de luxo para impressionar comerciantes em Monteiro e Sertânia. Muitos venderam produtos, emprestavam dinheiro através de cheques pré-datados e perderam quantias que vão de 2 mil até 20 mil reais.Um caminhão foi comprado na cidade de Monteiro no valor de 100 mil reais e pagos em cheques.Dois integrantes da quadrilha foram presos quando passavam em um posto da polícia rodoviária na cidade de São Cristõvão,próximo a Aracajú com a retro em cima do caminhão comprado em Monteiro.A Polícia Rodoviária Federal verificou os documentos do caminhão que aparentemente eram legais e não encontrando os documentos da retro os dois estelionatários foram presos.Na investigação foram levantados vários dados importantes para a polícia civil de Monteiro que está a espera dos documentos para instaurar o processo contra a quadrilha que deve ser de Feira de Santana-Ba.
O Delegado Dr. Paulo Rabelo está a frente das investigações e não sabe precisar a dimensão do golpe que pode chegar a mais de meio milhão de reais.Os nomes dos estelionatários não foram divulgados porque as investigações estão em andamento,mas o Delegado pede aos lesados que estão com cheques da quadrilha que compareçam a Superintendência Regional da Polícia Civil.A quadrilha deixou dívidas em postos de combustíveis,bares e lojas da cidade de Monteiro,além de terem trocados cheques por dinheiro com alguns agiotas.
Cíntia Acayaba e Mariana Oliveira Do G1, em Brasília
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil cresceu 47,5% entre 1991 e 2010, segundo o "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013",divulgado nesta segunda-feira (29)pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). De acordo com a publicação, a cidade com o IDHM mais elevado éSão Caetano (SP), e os municípios que tiveram maior evolução no quesito "renda" são das regiõesNorte e Nordeste.
A classificação do IDHM geral do Brasil mudou de "muito baixo" (0,493), em 1991 para "alto desenvolvimento humano" (0,727), em 2010. Em 2000, o IDHM geral do Brasil era 0,612, considerado "médio".
O IDHM é um índice composto por três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda).
O IDHM do país não é a média municipal do índice, mas é um cálculo feito a partir das informações do conjunto da população brasileiras em relação aos três indicadores. O IDH municipal também tem critérios diferentes do IDH global, que o Pnud divulga anualemente e que compara o desenvolvimento humano entre países.
Entre os três indicadores que compõem o IDHM, o que mais contribuiu para a pontuação geral do Brasil em 2013 foi o de longevidade, com 0,816 (classificação "desenvolvimento muito alto", seguido por renda (0,739; "alto") e por educação (0,637; "médio").
Apesar de educação ter o índice mais baixo dos três, foi o indicador que mais cresceu nos últimos 20 anos: de 0,279 para 0,637. Segundo o Pnud, esse avanço é motivado por uma maior frequência de jovens na escola (2,5 vezes mais que em 1991).
Categoria ´muito baixo´ encolheEm 20 anos, 85% dos municípios do Brasil saíram da faixa de “muito baixo desenvolvimento humano”, segundo classificação criada pelo Pnud. Atualmente, 0,57% dos municípios, ou 32 cidades das 5.565 do país, são consideradas de “muito baixo desenvolvimento humano”.
De acordo com os dados do "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013", 85,8% dos municípios brasileiros faziam parte do grupo de “muito baixo desenvolvimento humano” em 1991. Em 2000, esse número caiu para 70% e, em 2010, despencou para 0,57% .
As faixas classificatórias do Índice de Desenvolvimento Municipal (IDHM) são "muito baixo" (0 a 0,499); "baixo" (0,500 a 0,599); "médio" (0,600 a 0,699); "alto" (0,700 a 0,799) e "muito alto" (0,800 a 1).
Atualmente, 74% das cidades se encontram nas faixas de “médio” e “alto desenvolvimento”, e cerca de 25% deles estão na faixa de “baixo desenvolvimento”. Apesar da evolução, o Nordeste ainda tem 61,3% dos municípios na faixa de “baixo desenvolvimento humano” e no Norte, 40,1% das cidades estão nessa classificação. As duas regiões não têm nenhum município nas faixas de “muito alto” e “alto” desenvolvimento.
Para Jorge Chediek, representante residente do Pnud no Brasil, o país teve "progresso extraordinário".
"O Brasil tem mostrado um progresso extraordinário em termos de saúde, educação e distribuição de renda. Isso mostra que é possível, em pouco tempo, mudar as condições de um país", disse Chediek.
As regiões Sul e Sudeste têm a maioria dos municípios concentrada na faixa de “alto desenvolvimento humano”, 64,7% e 52,2%, respectivamente. No Centro-Oeste e no Norte, a maioria dos municípios é considerada como “médio desenvolvimento”: 56,9% e 50,3%, respectivamente.
Após intensa negociação, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) liberam trecho da BR-101 na PB, liberaram o trecho da BR-101 na PB. O tráfego no km 121 da BR-101 foi retomado por volta das 22h desta segunda feira (29). O bloqueio começou por volta das 16h30 na divisa entre os estados da Paraíba e Pernambuco, próximo ao município de Caaporã. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe do Corpo de Bombeiros ainda era esperada para apagar o fogo das barricadas montadas na rodovia e os veículos seguiam lentamente pelas laterais da pista.
Os manifestantes só desbloqueram o trecho após a liberação de outros membros do movimento, que foram detidos na tarde desta segunda. A delegacia de Alhandra, para onde os detidos foram levados, informou que todos foram liberados mediante o pagamento de fiança. Os quatro integrantes do MST foram detidos e levados para a Delegacia por estarem arando uma terra que não pertencia a eles, segundo a polícia. A Polícia Civil disse que não poderia afiançar o crime, e apenas a Justiça teria essa prerrogativa, e os manifestantes disseram que só liberariam a pista quando os colegas fossem soltos. Segundo o inspetor Jefferson Costa, os manifestantes impediram a passagem de carros nos dois sentidos do trecho interditado da rodovia, usando pneus, galhos e cana em chamas para montar uma barricada, provocando um congestionamento.O trânsito ficou totalmente parado no local e os manifestantes não deixavam ninguém passar.
No sentido João Pessoa - Recife, policiais rodoviários sugeriram que os motoristas usassem rotas alternativas. No sentido Recife - João Pessoa, uma equipe da PRF de Pernambuco foi mobilizada para também orientar os condutores.
O risco de um ataque de tubarão no litoral paraibano é ínfimo, mas essa situação pode mudar, caso seja construído o Porto de Goiana (PE), que tem sido estudado, nos últimos anos, pelo Governo de Pernambuco. O alerta é do biólogo, oceanógrafo e especialista em tubarões e arraias, Ricardo Rosa, que é também professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Segundo Rosa, os impactos poderão ser semelhantes aos observados em Boa Viagem, em Recife. Na Paraíba, seriam afetadas as praias do Litoral Sul, como Pitimbu, Praia Bela e até Tambaba.
Isso acontece porque, conforme explica o pesquisador, a construção desse tipo de obra pode impactar profundamente o bioma aquático, como fez o Porto de Suape, no litoral pernambucano. Além do tráfego intenso de navios na costa (que faz com que os tubarões sejam atraídos e entrem em correntes de deriva, que os fazem chegar às praias urbanas), há fatores como a degradação dos ambientes naturais, como os arrecifes e os estuários. “Para algumas espécies que vivem mais nos ambientes de arrecife, como o tubarão-lixa, a alimentação já está comprometida pela degradação e pela pesca. Então, eles se aproximam do litoral”, explicou.
Diferente de Pernambuco – que tem mais de 50 incidentes envolvendo tubarões e banhistas –, a Paraíba só tem um registro de ataque, ocorrido ainda no começo do século passado. A depender da própria ecologia paraibana, esse risco continua a ser mínimo, ainda que o Porto de Cabedelo se expanda. “Em Suape, a circulação marinha foi alterada. Eles fizeram quebra-mares e chegaram a modificar o estuário. Em Cabedelo, não. Só existe um quebra mar e a dragagem, que não foi tão grave. Não é que não exista possibilidade, mas é mais remota, também pelas características do nosso litoral, que não tem grandes estuários e é mais protegido, com arrecifes e sem canais profundos próximos às praias”, observou Ricardo Rosa.
Com o Porto de Goiana, entretanto, a ameaça viria de Pernambuco. “Se ali houver modificação ambiental significativa, os tubarões podem se deslocar para o nosso Litoral Sul. Essas correntes de deriva costeira são, em geral, no sentido sul para o norte”, explicou. É por isso que estaria ameaçada a balneabilidade em praias de cidades como Pitimbu e Acauã.
Vídeo mostra tubarão
Nos últimos dias,um vídeo está circulando na internet, mostrando um tubarão-tigre morto na Praia da Penha, em João Pessoa. Apesar disso, a bióloga Rita Mascarenhas explica que a captura ocorreu ainda em junho, ressaltando que a população não deve temer, uma vez que se trata de um animal capturado em alto mar. O biólogo e oceanógrafo Ricardo Rosa também tranquiliza a população, embora destaque que algumas espécies se aproximam do litoral, para dar à luz.
“As fêmeas adultas do tubarão-tigre e do tubarão-martelo podem ser pescadas bem perto da praia, porque elas vêm parir em águas muito rasas. Isso ocorre normalmente, mas, nesses períodos, esses animais nem se alimentam. Eles não são risco potencial”, observou. Além do tubarão-tigre, são espécies comuns no litoral paraibano o cação-frango e o cação-lixa.
Turista morta em Recife
Uma turista de São Paulo foi morta na segunda-feira da semana passada, após um ataque de tubarão, na praia de Boa Viagem, em Recife (PE). Bruna Gobbi tinha 18 anos e se encontrava numa área sinalizada como de grande risco de ataques. O oceanógrafo Ricardo Rosa explica que, embora a espécie não tenha sido identificada, provavelmente o tubarão estava em busca de alimento, já que não é agressivo. “Mas, sua característica é o reconhecimento do alimento através da mordida, por isso deve ter mordido a jovem para identificar se aquele alimento o servia ou não”, pontuou.
Respeito ao habitat natural
O oceanógrafo lamentou o fato de que, em geral, as pessoas acreditam que todos os tubarões são perigosos. “Se fizermos as contas, só 10 espécies no mundo todo, em relação às 500 que existem, oferecem risco potencial. Ainda assim, a questão está muito bem colocada pelo Cemit (Comitê Pernambucano de Monitoramento de Incidentes com Tubarões), através da professora Rosângela Lessa. Ela diz que o tubarão está no seu ambiente natural. Se a pessoa sabe que existe risco de encontro, ela está assumindo esse risco quando vai nadar, surfar... Nós não podemos culpar o tubarão pelo ataque”, disse, reforçando a importância de obedecer à sinalização.
Governo de Pernambuco: sem resposta
A reportagem entrou em contato com as secretarias de Imprensa, Desenvolvimento Econômico e do Governo de Pernambuco, para obter informações sobre como anda o projeto de implantação de um porto na cidade de Goiana (PE). Entretanto, até o fechamento desta edição, não obteve resposta. As informações divulgadas na internet sinalizam, entretanto, que o projeto já está pronto, sendo analisado pela Fundação Getúlio Vargas, antes de ser aprovado.
Como evitar ataques
- Ao ir a praias com risco de tubarão, como Boa Viagem, respeite a sinalização;
- Ao entrar no mar, evite ir para o fundo. Fique no raso;
- Verifique a existência de salva-vidas.
Leia mais na edição desta terça-feira (30) no seu Jornal Correio da Paraíba.
Estudo chinês testou o uso de urina para tentar recriar dentes por meio de células-tronco. (Foto: BBC)
Cientistas chineses criaram dentes rudimentares a partir de algo que poderia ser considerado improvável: a urina humana.
O resultado do estudo, apresentado pela publicação científica Cell Regeneration Journal, mostrou que a urina pode ser utilizada como fonte de células-tronco que seriam capazes de se transformar em pequenas estruturas parecidas com os dentes humanos.
O time de cientistas da China espera que a técnica possa ser desenvolvida para possibilitar a reposição de dentes perdidos.
No entanto, outros pesquisadores de células-tronco ponderam que para atingir esse objetivo muitos obstáculos ainda precisam ser vencidos.
Times de pesquisadores em todo o mundo estão estudando maneiras criar novos dentes para repor aqueles perdidos pela idade ou por má higiene bucal.
Urina As células-tronco, que são as células capazes de se transformar em qualquer outro tipo de tecido, são assunto popular de pesquisas.
Os pesquisadores do Guangzhou Institutes of Biomedicine and Health, na China, utilizaram a urina como ponto de partida para seus experimentos.
Células que normalmente são expelidas pelo corpo, através do sistema urinário, foram alteradas para que se tornassem células-tronco.
Uma mistura dessas células com outros materiais orgânicos retirados de ratos foi então implantada nos próprios roedores.
Os cientistas chineses afirmaram que depois de três semanas o grupo de células começou a se parecer com um dente: 'a estrutura parecida com o dente continha polpa dental, dentina, espaço de esmalte (área vazia do dente que possivelmente poderia ser ocupada pelo esmalte) e órgão de esmalte (estrutura que precede o surgimento do esmalte no dente)'.
Entretanto, o dente criado pelos chineses não era tão rígido quanto um dente natural.
Mas ainda que o resultado do estudo chinês não venha a ser utilizado pelos dentistas como uma opção viável, seus pesquisadores defendem que pode nortear pesquisas mais aprofundadas para se chegar ao 'sonho final de total regeneração do dente humano para terapia clínica'.
Fonte inadequada Para o professor Chris Mason, da University College of London (UCL), a urina utilizada pelos chineses foi um ponto de partida inadequado.
'Esta (a urina) é provavelmente uma das piores fontes, pois existem muito poucas células desde o início (do processo) e a eficiência de transformá-las em células-tronco é muito baixa', rebate Mason.
'Você simplesmente não faria (a pesquisa) dessa forma', reforça o pesquisador da UCL.
O cientista também alertou sobre os riscos de contaminação, como aquela causada por bactérias, que seriam bem maiores se comparados ao uso de outros tipos de células.
'O grande desafio aqui é que o dente tenha polpa com nervos e vasos sanguíneos que temos que ter certeza que se integrariam para se transformarem num dente permanente'.
Após oanúncio do encerramento de suas atividades naTVaberta, aMTV passará a se tornar umcanalpago a partir de outubro deste ano. A Viacom, que agora detém a marca, anunciou hoje a confirmação da decisão que já havia sendo estudada a bastante tempo.
Uma das novidades trazidas pela emissora será o uso de conteúdos do VIMN (Viacom Midia Network), que consistem em realityshowse outros tipos de programas exibidos em vários lugares do mundo em versão dublada, além de 350 horas de programação brasileira por ano.
“OBrasilé um mercado extremamente importante para a Viacom e estamos bem posicionados para conduzir a MTV a uma nova fase de crescimento, oferecendo um mix de nossos comprovados sucessos internacionais e programação local. Dado o crescimento de três dígitos do mercado de pay TV no Brasil nos últimos cinco anos, e o sucesso de nossos canais nesta plataforma, é o momento certo para lançarmos a MTV no mercado de pay TV”, disse Bob Bakish, presidente da VIMN.
A Viacom Brasil é distribuidora dos canais Nickelodeon, VH1 e Comedy Central.
A segunda etapa do julgamento do Massacre do Carandiru prossegue hoje (30), às 10h, com os depoimentos das testemunhas de defesa.
Foto: www.jcnet.com.br
Os nomes das testemunhas não foram ainda confirmados, mas a expectativa é que sejam ouvidas quatro testemunhas presencialmente e duas terão seus depoimentos, que foram prestados na primeira etapa do julgamento, exibidos por meio de vídeos.
Ontem (29), no primeiro dia desta segunda etapa do julgamento, os trabalhos do júri duraram cerca de 13 horas. Foram ouvidas as testemunhas de acusação. A primeira a ser ouvida foi o perito criminal Osvaldo Negrini Neto. Em seu depoimento, o perito descartou a hipótese de que haja ocorrido confronto entre policiais e detentos no massacre.
“Se houvesse confronto, haveria vestígios nas paredes opostas [às paredes das celas]. No terceiro pavimento, [havia] só [marcas de] dois disparos no corredor, próximos à porta da cela, [indicando] que foram dados de frente para a cela”, disse o perito aos promotores Fernando Pereira Filho e Eduardo Olavo Canto. Segundo ele, os disparos foram feitos da soleira da porta para dentro da cela, indicando que os disparos foram feitos pelos policiais e não pelos detentos.
Negrini Neto já foi ouvido em abril, na primeira etapa do julgamento sobre o Massacre do Carandiru, quando 23 policiais militares foram condenados pela morte de 13 detentos, ocorrida no segundo pavimento (ou o primeiro andar do pavilhão). Nesta segunda etapa do julgamento do massacre, 26 policiais militares são acusados pela morte de 73 detentos no terceiro pavimento (que corresponde ao segundo andar) do Pavilhão 9 do antigo presídio.
Após o depoimento de Negrini Neto, os promotores do caso apresentaram três vídeos com depoimentos de testemunhas ouvidas no primeiro bloco do julgamento, em abril . O primeiro vídeo exibido foi o do ex-detento Antônio Carlos Dias. Em seu depoimento, Antônio relatou as circunstâncias em que os policiais militares invadiram o presídio e como abordaram os presos. "Se olhasse na cara do policial, eles atiravam. Eu presenciei isso. Não lembro do rosto de nenhum porque sai da cela olhando para o chão", declarou.
Dias disse ainda que alguns presos foram mortos mesmo após o retorno às celas. “Quando retornamos [depois de recolhidos no pátio] havia muitos policiais nos andares. Os presos foram recrutados para carregar os corpos. Vi uma dessas pessoas ser morta".
O segundo vídeo exibido foi o do também ex-detento Marco Antonio de Moura. O último vídeo a ser exibido foi de Moacir dos Santos, que era diretor da Divisão de Segurança e Disciplina da Casa de Detenção do Carandiru e substituto imediato do então diretor do presídio, José Ismael Pedrosa.
Moacir dos Santos disse que os policiais entraram no presídio, naquela ocasião, já atirando. “A Tropa de Choque entrou invadindo, não respeitando nem o Ubiratan [coronel Ubiratan Guimarães, comandante da Polícia Militar na época em que ocorreu o Massacre do Carandiru]”, lembrou Santos. “Ele [Ubiratan] não deu ordem para isso, mas depois viu que não tinha mais jeito”. Segundo Santos, o coronel Ubiratan não chegou nem a ficar dois minutos no Carandiru, pois foi atingido por um aparelho de TV que foi arremessado do pavilhão e teve que ser socorrido.
Santos disse que estava trabalhando nesse dia quando recebeu a notícia de que dois detentos do Pavilhão 9 tinham se ferido após uma briga. “Soube que houve tumulto por causa dessa briga e me dirigi para o Pavilhão 9”, contou. Quando chegou lá, viu que, no terceiro andar, alguns presos estavam encapuzados. “Não fizeram nada contra os funcionários, queriam que a gente saísse dali para que eles pudessem fazer o acerto de conta deles”.
Ele contou que os funcionários foram retirados do pavilhão e que a grade de acesso dos presos foi trancada, impedindo que os detentos que estavam no térreo subissem. Uma comissão de autoridades foi montada para discutir a rebelião, tendo a presença de dois juízes, disse Santos. A intenção era tentar negociar o fim da rebelião. No entanto, segundo ele, não houve tempo para a negociação. “A Rota entrou primeiro e já chegou metralhando e não nos deixou socorrer os presos metralhados”.
Depois que a ação policial no local terminou, o diretor disse ter entrado no pavilhão e visto “uma escada onde escorria sangue e água, parecendo uma cascata”. Ele também contou ter visto amontoados de corpos no segundo andar.
O diretor disse não acreditar que os presos estivessem armados nesse dia, apesar de, no final da operação, os policiais terem lhe mostrado algumas armas de fogo que disseram, naquele dia, estar no poder dos presos. “Acho improvável que aquilo fosse dos presos. Se eles tivessem [armas de fogo], eles as teriam usados”. Além disso, disse o diretor, as “armas eram bem velhas, muito antigas” e dificilmente poderiam ser usadas. O diretor também lembrou que não presenciou, na ocasião, qualquer policial que tenha ficado ferido durante a ação.
Por envolver um grande número de réus e de vítimas, o julgamento do Massacre do Carandiru foi desmembrado em quatro etapas, de acordo com o que aconteceu em cada um dos quatro andares do Pavilhão 9 da Casa de Detenção.
Uma sonda da Nasa e da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) registrou um buraco gigante na atmosfera solar, na área do polo norte do Sol.
A sonda Observatório Solar e Helioscópico (SOHO, na sigla em inglês) capturou a imagem do buraco gigantesco no dia 18 de julho.
A Nasa afirma que os buracos, chamados de coronais, são regiões escuras de baixa densidade da camada mais externa da atmosfera solar, chamada de corona.
Estes buracos têm pouco material solar, temperaturas mais baixas e, por isso, aparecem mais escuros nas imagens.
Os buracos coronais são ocorrências típicas do Sol, mas costumam aparecer em outros lugares e com mais frequência em momentos diferentes do ciclo de atividade solar, que dura cerca de 11 anos.
O ciclo de atividade solar atualmente está se encaminhando para o chamado máximo solar, um pico na atividade que deve ocorrer no final de 2013.
Durante esta parte do ciclo, o número de buracos coronais diminui. No pico da atividade solar, os campos magnéticos no Sol mudam e novos buracos coronais aparecem perto dos polos.
O número destes buracos então aumenta e eles crescem de tamanho, se estendendo para além dos polos, enquanto o ciclo solar volta para o mínimo de atividade novamente.
Os buracos são importantes para a compreensão do clima no espaço, pois eles são a fonte de ventos de alta velocidade com partículas solares, que são expelidos do Sol três vezes mais rápido do que os ventos solares vindos de outros lugares.
Ainda não se sabe a causa dos buracos coronais, mas eles estão correlacionados a áreas do Sol onde os campos magnéticos aumentam e sobem, não conseguindo cair de volta para a superfície do Sol, como fazem em outros lugares.
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