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domingo, 23 de novembro de 2014

MPF requisita perícia de celular de estudante acusado de fraudar o Enem, e paraibano é suspeito

MPF  requisita perícia de celular de estudante acusado de fraudar o Enem, e paraibano é suspeito
 O Ministério Público Federal no Ceará (MPF/ CE) requisitou perícia no celular de um dos candidatos que supostamente recebeu, antes da aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o tema da redação por mensagem. A Polícia Federal (PF) no Ceará fará a perícia “com urgência”, segundo a assessoria de imprensa da PF.


Ontem, o MPF reuniu- se com procuradores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Na quarta-feira, a procuradora da República Nilce Rodrigues enviou um ofício requisitando as providências tomadas pela autarquia para apurar a suposta violação.


O MPF agora aguarda o resultado da perícia no aparelho celular e das investigações para decidir os próximos passos. O órgão instaurou, no último dia 14, procedimento para apurar as denúncias feitas por estudantes do estado.


Um dos candidatos entrevistados deixou o celular para ser periciado. Antes de envolver estudantes cearenses, a notícia de suposto de vazamento foi feita por um estudante do Piauí, que procurou a Polícia Federal no estado. A PF no Piauí investiga a suposta fraude. No Ceará, a PF não confirma abertura de inquérito policial e diz que a perícia no aparelho pode ser feita sem esse procedimento. Mais de 6,2 milhões de candidatos participaram do exame em mais de 1,7 mil cidades em todo o Brasil.


No último dia 14, durante “A operação Apollo”, da Polícia Federal, prendeu quatro pessoas acusada de praticar fraudes no Enem 2014. Duas prisões foram efetuadas em Juazeiro do Norte, no Cariri cearense, e duas na Paraíba. São três cearenses presos e um paraibano. Segundo a delegada da Polícia Federal Andréa Assunção, cerca de 40 alunos foram beneficiados com o esquema de fraude em 2013 e em 2014. Eles pagavam até R$ 30 mil para ter acesso ao gabarito da prova, mas a PF não detalhou como as respostas chegavam aos candidatos no momento da prova. Os alunos beneficiados pelo esquema fraudulento que estão em faculdade podem perder a matrícula. A Polícia Federal apura denúncias de vazamento de questões e as suspeitas é que as imagens tenham sido partidas de Campina Grande.

Redação com MPF/pb agora

Prefeitos da PB demitem temporários para pagar 13º de efetivos Afastamento de servidores e corte de combustível foram algumas das saídas para garantir pagamento

Afastamento de servidores comissionados e contratados, além de corte em gastos com combustíveis e compra de equipamentos para saúde foram algumas das medidas adotadas por muitos prefeitos paraibanos para conseguirem cumprir a responsabilidade de pagar o décimo terceiro salário aos servidores. Eles afirmam que a seca e os baixos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) registrados esse ano afetaram as finanças nas administrações municipais, principalmente das menores prefeituras.

Em dezembro, os prefeitos poderão contar com 1% a mais no repasse do FPM. Apesar disso, a ajuda não garante tranquilidade para os gestores pagarem as duas folhas dentro do mesmo mês. As estimativas elaboradas pela Secretaria do Tesouro Nacional mostram que em dezembro as 223 prefeituras paraibanas devem receber R$ 213.113.832. Em janeiro o repasse apresenta uma queda de mais de R$ 13 milhões, passando a ser de R$ 200.347.695.
Segundo Tota Guedes, presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), o 1% a mais no repasse para as prefeituras decorre da emenda constitucional 55/2007, que foi o resultado de luta do movimento municipalista. Em valores, este adicional representa cerca de R$ 3,4 bilhões, e para o conjunto dos municípios da Paraíba, são R$ 112 milhões, um aumento de 12% em relação ao repasse do ano passado.
O presidente da Famup informa que no repasse de 1% em dezembro não há retenção de Fundeb. Tota ainda revelou que os municípios paraibanos estão vivendo uma crise financeira aguda nos municípios da Paraíba e o recurso pode ajudar no fechamento das contas e principalmente no pagamento do 13º dos servidores municipais.
“Estamos conversando com os prefeitos e vendo as dificuldades que estão enfrentando nesse fim de ano. Não é fácil equilibrar as contas depois de um ano atípico com a pior seca dos últimos 40 anos e eleições. As receitas não reagiram para acompanhar as despesas e por isso, os prefeitos enfrentam essas dificuldades para fechar as duas folhas de dezembro, o décimo terceiro e a folha do mês”, disse Tota Guedes.
De acordo com o presidente da Famup, existia uma previsão do Tesouro Nacional de que o mês de dezembro seria beneficiado com um reforço de 55% no FPM, mas que não se concretizou. Por conta disso, os prefeitos terão que garantir a estabilidade da máquina e utilizar o reforço de 1%, previsto para o início de dezembro, no pagamento dos servidores municipais.

A única recomendação da Famup para esse final de ano é no sentido dos gestores enxugarem ao máximo as despesas da máquina pública. Cortes com prestadores e contratados, com combustíveis e materiais extras devem ser feitos como forma de garantir o cumprimento das obrigações com o pagamento do décimo terceiro e da folha. “Fazendo isso os prefeitos terão um pouco mais de condições de terminar o ano com a máquina funcionando”, destacou.

portal correio 

Próximo verão será o 1º com dengue e chikungunya circulando no país Doenças têm sintomas parecidos e são transmitidas pelo mesmo mosquito. Chikungunya, no entanto, tem taxa de mortalidade considerada baixa.

rus chikungunya deve se espalhar pelo país seguindo o padrão de disseminação da dengue, segundo infectologistas ouvidos pelo G1. No próximo verão, portanto, é provável que diferentes regiões do país tenham surtos simultâneos de dengue e chikungunya. Desde que chegou ao Brasil até o dia 25 de outubro, o chikungunya já infectou 828 pessoas, de acordo com balanço mais recente do Ministério da Saúde. O primeiro caso de transmissão interna do vírus no país foi registrado em setembro.
Info Chikungunya V1 (Foto: Editoria de Arte/G1)
O médico Carlos Roberto Brites Alves, da Sociedade Brasileira de Infectologia, lembra que os vetores das duas doenças são os mesmos: os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. “Temos dengue há mais de duas décadas e não conseguimos eliminar a infecção, pois não conseguimos eliminar os mosquitos. A chance de o chikungunya seguir um padrão semelhante de ocorrência é grande”, diz o especialista.
Para Stefan Cunha Ujvari, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e autor do livro “Pandemias: a humanidade em risco”, o histórico do vírus nos últimos 10 anos permite concluir que ele deve continuar se espalhando.
“A expansão do vírus começou em 2004, quando estava no interior da África e foi parar no litoral do Quênia. De 2004 para cá, houve uma expansão progressiva pela costa leste da África, pelas ilhas do Oceano Índico e países do sul e sudeste da Ásia. Em dezembro do ano passado, chegou às ilhas Martinica e Guadalupe e acabou se espalhando pelo Caribe”, diz Ujvari. “Isso mostra nitidamente que é um vírus que está se espalhando pela locomoção humana.”
Ele lembra que na época de férias há uma movimentação maior de pessoas, inclusive para as ilhas do Caribe, onde há grande disseminação do vírus. “Vai haver um fluxo de pessoas que podem trazer o vírus. Se houver chuvas, que levam a um maior número de mosquitos, tem uma chance muito grande de o chikungunya eclodir como uma epidemia no próximo verão.”
Tendência da dengue
No ano passado, o país registrou um número muito alto de casos de dengue: 1.452.489 pessoas foram infectadas. Este ano, até 11 de outubro, foram 547.612 casos, o que representa uma tendência de diminuição de infecções. Para Alves, medidas locais como o controle dos criadouros de mosquitos e o uso de mosquitos geneticamente modificados para controlar os vetores da doença podem surtir efeito no próximo verão.
Além disso, quando há um número muito grande de infectados em um ano, no ano seguinte, o número de casos tende a ser menor, pois já há mais pessoas imunes aos subtipos de vírus que circularam no período anterior.

Epidemias simultâneas
Nos últimos 10 anos, já houve ocorrências de epidemias simultâneas de chikungunya e dengue no mundo, segundo Ujvari. Foi o que aconteceu no Gabão, em 2007: o chikungunya chegou ao país no meio de uma epidemia de dengue.
Nesses casos, como os sintomas iniciais são parecidos, como febre, dor de cabeça e dor muscular, pode haver dificuldade de diferenciar os dois. Como nenhuma das duas doenças tem tratamentos específicos – a estratégia limita-se a tratar os sintomas – Ujvari afirma que o melhor, quando há dúvida sobre o diagnóstico, é conduzir como se fosse um caso de dengue.

Apesar de provocarem sintomas parecidos, tratam-se de vírus totalmente distintos. Quem já pegou dengue, portanto, não está imune ao chikungunya. O fato de já ter tido dengue também não determina que uma infecção por chikungunya seja mais grave.


globo.com

'Seu Lunga' morre aos 87 anos em Barbalha, no Ceará


Joaquim Santos Rodrigues, o "Seu Lunga", morreu por volta das 9 horas deste sábado (22) na cidade de Barbalha, no Cariri cearense.  "Seu Lunga" tinha 87 anos e estava internado no Hospital São Vicente de Paulo há três dias, em Barbalha, por causa de um câncer de esôfago. O sepultamento será neste domingo(23) no Cemitério do Socorro, em Juazeiro do Norte. Comerciante, poeta e repentista ganhou fama no Nordeste pelos causos que citavam seu mau-humor.
"Seu  Lunga" nasceu no dia 18 de agosto de 1927, no Sítio Gravatá, na zona rural do município de Caririaçu, na Região do Cariri.  Viveu a infância com os pais e sete irmãos no município de Assaré, e com 16 anos foi morar em Juazeiro do Norte.
 
O cearense é um dos mais folclóricos nomes da cultura popular nordestina. Tornou-se personagem de inúmeras anedotas por suas respostas ao ''pé da letra'', diretas e intempestivas.
O apelido, recebeu de uma vizinha que passou a chamá-lo de Calunga que, com o tempo foi reduzido para "Lunga". Casado com dona Carmelita Rodrigues Camilo, era pai de 13 filhos, dos quais, dois morreram.
"Causos"
Em entrevista veiculada na TV Verdes Mares em abril de 1996, um morador conta que o prefeito de Juazeiro do Norte precisou construir uma praça e avisou aos moradores das casas que retirassem os veículos, já que a praça fecharia o acesso às garagens. “Seu Lunga” cismou e disse que não retirava. O resultado é que o carro ficou “preso” na garagem, segundo o morador.
Perguntado pela repórter se o cometário era verdadeiro, ele respondeu: “Tudo no mundo tem jeito. O que não tem jeito é esse bando de desocupado que fica inventando estória e fazendo pergunta imbecil”. "O senhor é popular na cidade", pergunta o repórter? "Não. É que eu não gosto de pergunta imbecil e o povo gosta de fazer pergunta imbecil. Tem de pensar antes de falar. Eu não tenho esse jeito de falar bobagem e de ouvir besteira". A entrevista continua: "O senhor vende tudo aqui, não é, “Seu Lunga”?". O comerciante reponde de pronto:  "Não. O mundo não tem tudo, como é que você quer que eu venda tudo aqui na minha mercearia?"
Sobre os políticos, “Seu Lunga” também tinha opinião formada é não era das melhores. “No nosso Brasil tá faltando homem de fibra, de caráter, homem que faça as coisas de maneira honesta. Esse povo que está aí no poder, mandando, é de fazer vergonha”.
olhardireto.com

Mozilla abandona Google e torna Yahoo o motor de busca padrão do Firefox

Mozilla abandona Google e torna Yahoo o motor de busca padrão do Firefox

A Mozilla anunciou uma mudança no Firefox que pode alterar um pouco o panorama dos motores de busca. A organização sem fins lucrativos fechou uma parceria de cinco anos com o Yahoo que prevê que o Google deixará de ser a ferramenta de buscas padrão do navegador, pelo menos nos EUA.

O acordo prevê outras prováveis integrações entre os produtos, mas isso só será detalhado num futuro próximo. A mudança deverá acontecer a partir de Dezembro.
Esta é uma notícia enorme para o Yahoo, que está hoje distante da popularidade do Bing e ainda mais afastado do líder isolado de mercado, o Google. Apesar de o Firefox ter perdido mercado nos últimos anos, ainda é o meio usado por 17% dos utilizadores de Internet para navegação. São cerca de 100 mil milhões de buscas por ano, algo que pode ajudar bastante o Yahoo.
Curiosamente, as notícias também são positivas para a Microsoft. Isso porque a empresa mantém desde 2009 um acordo que dita que o motor de busca do Yahoo utilize o motor de buscas do Bing. Por conseguinte, a empresa responsável pelo Windows também ganha com o possível crescimento do Yahoo.

http://diariodigital.sapo.pt

'Não é possível dar privilégios só a homossexuais', diz relator do Estatuto da Família

PROS

 O deputado federal Ronaldo Fonseca (PROS-DF) é o relator do comitê que analisa no Congresso o polêmico Estatuto da Família, que define "família" no país como união entre homem e mulher e é visto por ativistas LGBT como discriminatório.
Em seu perfil no Twitter, ele se identifica como advogado, presidente de seu partido no Distrito Federal, presidente da Assembleia de Deus de Taguatinga e coordenador da bancada da Assembleia de Deus na Câmara.
O parlamentar, que cumpre seu primeiro mandato na Câmara, foi eleito relator pelos 24 deputados da comissão que analisa o projeto de lei que institui o Estatuto da Família. Ele redige o parecer final que será submetido à votação dentro da própria comissão.

O estatuto prevê "políticas públicas para proteger a família" e, em um de seus artigos, define esta como sendo exclusivamente a união entre um homem e uma mulher.
A opinião do deputado será aceita ou rejeitada pelos outros membros da comissão.
"Apresentei o relatório na Comissão Especial do Estatuto da Família", disse o deputado no Twitter. "Meu voto está causando estresses. Por que será?"
Fonseca declarou-se a favor do projeto, criticado como preconceituoso por movimentos de direitos LGBT e outros deputados. Mas não foi só isso que gerou críticas.
Ele também sugeriu a inclusão de um novo artigo, que modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente e restringe a adoção a casais heterossexuais ou solteiros, algo não previsto pelo texto original.
Em entrevista à BBC Brasil, o deputado diz que seu voto é "moderno" e corrige um "equívoco"do Supremo Tribunal. A seguir, ele explica por quê:
BBC Brasil - O senhor diz no parecer que o Estatuto da Família busca dar luz a um momento "tenebroso" no conceito de família. Por quê?

 Ronaldo Fonseca - Por conta da interpretação que o Supremo Tribunal Federal fez do artigo 226 da Constituição Federal. O conceito de família estava claro neste artigo, que diz que a família é a base da sociedade e ela é composta pela união entre um homem e uma mulher ou qualquer dos pais e seus filhos. Mas o STF fez uma interpretação do Código Civil e criou a família homoafetiva. Isso bagunçou tudo e gerou insegurança jurídica.
Deu um direito só aos homossexuais e não às outras famílias afetivas. Por exemplo, se um irmão que cuida de outro morrer, o que fica não tem direito a pensão. Por quê? Eles não formam uma família afetiva? Não é possível dar um privilégio apenas aos homossexuais. O Estatuto é necessário para dar clareza a este conceito.
BBC Brasil - Por que casais homossexuais não podem ser considerados famílias?
Fonseca - Primeiro, não é casal, é par, né? Além disso, não há problema um casal homossexual se designar uma família, mas quando vou criar uma lei para regulamentar e detalhar a proteção especial da Constituição à família, tenho que esclarecer o que faz o Estado ter esse dever. O Estado dá proteção porque é bonzinho. O Estado não faz nada de graça para ninguém. Quando protege, é porque há uma razão – esta razão é a geração de filhos.
Dois homens ou duas mulheres não geram filhos. Pode haver uma dependência econômica ou patrimonial - e o Código Civil já tutela estes direitos. Se querem proteção patrimonial, façam um contrato. Se querem proteção na herança, há o testamento. Mas, quando falamos de direito de família para gozar de uma proteção especial, não tem por que o Estado fazer isso para dois homens ou duas mulheres que querem viver juntos só por causa da sua afetividade ou do sexo. Mas o que o Supremo fez foi criar a família afetiva e disse que isso só vale para os homossexuais.
BBC Brasil - O senhor considera isso uma discriminação?
Fonseca - Sim. Vou dar um exemplo: uma senhora em Águas Claras era viúva há 13 anos e tinha um único filho que trabalhava para cuidar dela. O menino morreu. Ela entrou com um pedido na Previdência de pensão, que foi negado. Disseram que não havia vínculos. Mas não havia a afetividade?
BBC Brasil – No parecer, o senhor sugere a inclusão de um artigo que impede a adoção de crianças por casais homossexuais. Por quê?
Fonseca – A questão tinha de ser abordada. Se digo com base na Constituição que um casal homossexual não é juridicamente uma família, como este casal poderia adotar uma criança como uma? Nem teria como colocar na certidão o nome de duas mulheres e dois homens, porque a filiação exige o nome de um pai e de uma mãe. A legislação permite a adoção por solteiros. Mas não é isso que eles querem.
BBC Brasil – Existem casais homossexuais que vivem com crianças. Se só uma destas pessoas adotar e ela vir a falecer, a outra não terá direitos sobre a criança. Isso não gera uma situação complicada?
Fonseca – Veja bem, são incidentes do mundo jurídico. Casos isolados têm de ser apreciados pela Justiça. Há testemunhas para atestar o vínculo, a proteção que houve. É possível pedir a guarda. Já aconteceu várias vezes, como com a cantora Cássia Eller. Se dois estão cuidando, acho justo que haja esse direito. Mas a lei não pode prever cada caso. Tem de ser genérica. E se de repente a pessoa que ficou não tem condição de cuidar da criança? Ela tem direito a isso só por que vivia na mesma casa?
BBC Brasil – O senhor destaca que a Constituição foi promulgada "sob a proteção de Deus"e que deve ser levada em conta a influência da religião e a vontade da maioria. O que quis dizer? 


 Fonseca – Estou dizendo que não é a religião que criou a família e que, portanto, meu voto não é religioso. Fiz questão de colocar isso porque as pessoas sempre querem puxar por esse lado. Mas nosso Estado é laico e não ateu. Vivemos num país de cultura judaico-cristã. Tanto que a Constituição diz que nosso arcabouço jurídico está sob a proteção de Deus. Reconhece que existe uma fé da população. Então, como o Estado não vai enxergar o que pensa a maioria? Obviamente, não somos um Talebã. Somos uma democracia, e nela vence quem tem mais força e voto.
BBC BrasilO senhor compartilha da opinião manifestada por alguns líderes e políticos evangélicos de que a família está ameaçada?
Fonseca – Não uso essa expressão, porque sou advogado e primo pelo contraditório. A família sempre será família, com afeto ou sem. Quantos pais espancam o filho porque não amam? Mas não deixa de ser pai e filho. Família é sociologicamente e biologicamente família. É a instituição mais antiga. Surgiu antes do Estado e da religião. Mas a família está se acomodando, como fez o parágrafo 4º do artigo 226 da Constituição Federal, que prevê a família monoparental. Isso foi uma novidade.
BBC Brasil – O senhor é pastor evangélico. A sua religião teve influência no seu voto?
Fonseca – Não é influência. Tenho formação cristã desde o berço e não fujo disso. Mas não me julgo uma pessoa alienada. Estudei e me preparei. Aliás, sou crítico da religião. Acho que não é uma coisa boa para a sociedade. A religião já cometeu muitos pecados. Basta olharmos para a história para ver o quanto já prejudicou. Mas é óbvio que minha formação me orienta em todas as minhas decisões.
BBC Brasil– O senhor disse que devemos respeitar a opinião da maioria da população. Uma enquete no site da Câmara pergunta quem está de acordo com a definição de família e prevista no Estatuto. Neste momento, o voto contra tem maioria. Isso deve ser levado em conta?'
Fonseca – Se você acompanhar a votação, vai ver que durante o dia o "sim" prevalece e de noite o "não" passa à frente. É uma enquete na qual é possível votar mais de uma vez, então, é difícil orientar-se por ela. Não pode ser considerada um raio-x da população. Tenho conhecimento, por exemplo, que no movimento LGBT tem um escritório preparado para ficar na internet o tempo todo votando. No entanto, uma pesquisa feita em 2010 indicou que a maioria é contrária a este modelo de família.
BBC Brasil - A qual pesquisa o senhor se refere?
Fonseca – Não me lembro agora de qual instituto foi. Mas a maioria da população opinou assim. O que a enquete indica é que há uma mobilização em torno da questão. Mostra que a população quer uma resposta sobre o conceito de família. Quero trazer o assunto para o debate. Essas manifestações são muito salutares. A democracia é debate. Alguém perde e alguém ganha.
BBC Brasil– Uma crítica feita ao projeto é de que é homofóbico, como apontaram os deputados federais Erika Kokay e Jean Wyllys. O senhor discorda. Por quê?
Fonseca – Primeiro, temos que definir o que é homofobia no Brasil. Para militantes LGBT, como Erika Kokay e Jean Wyllys, tudo é homofobia. Eles criaram uma homofobia da homofobia. Ter opinião divergente não é. Para mim, homofobia é quando você não quer conviver com o diferente e age com violência. É o medo do novo, da diferença. Mas apontar uma diferença é parte da democracia.
Por exemplo, Kokay e Wyllys têm um projeto do qual discordo completamente. Ele autoriza uma criança a mudar de sexo e, se os pais discordarem, um juiz pode acatar a vontade da criança. Isso é loucura, mas tenho que respeitar. Não sou homofóbico por pensar diferente. Convivo com homossexuais sem problema. Tenho amigos e familiares que amo e respeito. Defendo seus direitos como cidadãos.

BBC Brasil– Qual é sua posição quanto ao projeto de lei que criminaliza a homofobia?
Fonseca – Da forma como querem, sou contra. Querem criminalizar a opinião. Se querem tipificar a homofobia, tudo bem. Mas, a meu ver, o Código Penal já prevê uma proibição da lesão corporal e injúria. Se alguém espancar um homossexual, vai ser processado. Não podemos ter preconceito contra ninguém. Isso já está na Constituição. É crime.
Mas o que não pode é dois homens estarem se beijando na boca num ambiente de família, eu dizer para eles que ali não é lugar para isso e ser considerado homofóbico. Ou eles virem pra rua fazer sexo naquelas marchas, o policial dizer que não pode fazer sexo ali e ser afastado por homofobia.
BBC Brasil – Foi por isso que o senhor apoiou uma lei que visa garantir a liberdade religiosa?
Fonseca – Temos que ter claro o que é preconceito. Se um pastor ou um padre diz na igreja que a homossexualidade é pecado, ele teria cometido um crime de homofobia de acordo com a nova lei que tentam aprovar. A Constituição protege a fé. É preciso garantir a liberdade religiosa no Brasil.
BBC Brasil – Há previsão expressa para preconceito por causa de raça, condição social ou gênero. Por que não fazer o mesmo com a orientação sexual?
Fonseca – Porque orientação sexual não é raça. Ninguém escolhe a cor da pele. Isso independe da vontade, de interesses, de influência da sociedade. Com gênero, é a mesma coisa. Mas, no meu entendimento – e a ciência até hoje não provou o contrário -, o homossexual não nasce assim.
BBC Brasil O senhor acredita que seu parecer será aprovado?
Fonseca – Vou lutar por isso. A maioria dos deputados já conhece minha posição. Tenho que acreditar, porque acho que meu voto é moderno, de vanguarda. É um voto especial.
BBC Brasil – Há quem aponte seu voto como retrocesso, não?
Fonseca – As críticas fazem parte do processo legislativo. O Estatuto não é retrocesso. Tem como base a Constituição. Senão, vamos dizer que a Constituição é um retrocesso. Vamos mudar a Constituição, então?
BBC Brasil – E caso fosse apresentada uma mudança constitucional neste ponto?
Fonseca – Aí vamos para o debate (risos).

bbc.co.uk

Negócios na Petrobras começaram no governo FHC, afirma Baiano

Fernando Baiano disse à Polícia Federal que começou a fazer negócios com a Petrobrás no governo Fernando Henrique Cardoso. “Por volta do ano de 2000, ainda durante a gestão Fernando Henrique, celebrou um contrato com uma empresa espanhola, de nome Union Fenosa, visando a gestão de manutenção de termelétricas”, escreveu a PF ao reproduzir as declarações de Baiano. Segundo o operador, a empresa acabou sendo contratada.

O homem apontado como operador do PMDB afirmou que quando intermediou seu primeiro contrato com a Petrobrás, no governo FHC, o País vivia “o apagão da energia” e a estatal buscava parceiros internacionais “na área de produção de energia e gás”. Segundo ele, técnicos brasileiros foram à Espanha na época para conhecer a tecnologia da empresa que ele representava.

A PF suspeita que o reduto de ação de Fernando Baiano na Petrobrás era a área Internacional, que foi comandada por Nestor Cerveró. Ele disse que conheceu Cerveró “ainda no governo Fernando Henrique”. Na ocasião, segundo ele, Cerveró era gerente da Petrobrás.

Declarou que “soube recentemente” que Cerveró foi uma “indicação política” do PMDB, mas que achava que o ex-diretor de Internacional “sempre fosse vinculado ao PT”. Fernando Baiano disse que “soube que o diretor que assumiu o cargo no lugar de Cerveró era indicação do PMDB”.

Ele declarou que recebeu o doleiro Alberto Youssef no Rio de Janeiro “a pedido” do então diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. O encontro, segundo Fernando Baiano, ocorreu “logo após a morte do deputado José Janene”.

Sobre o doleiro Alberto Youssef - alvo central da Operação Lava Jato - Fernando Baiano disse que ele lhe pediu que “fizesse doações para campanhas políticas”.

O doleiro, segundo Fernando Baiano, teria sugerido que “alguma empresa” por ele representada também fizesse doações. O operador do PMDB negou que tivesse repassado valores para Youssef.

A reportagem tentou contato com o Instituto Fernando Henrique Cardoso às 18h41 de ontem, mas não houve resposta.

diariodepernambuco.com

Sismo de 6,8 de magnitude já fez 39 feridos

Vítimas tiveram de ser transportadas para abrigos (foto AP)

Pelo menos 39 pessoas ficaram feridas, cinco delas em estado grave, devido ao terramoto de magnitude 6,8 na escala de Richter que assolou Nagano, centro do Japão, provocando a ruína a uma dezena de casas.

O sismo aconteceu no sábado e teve epicentro em Hakuba, a cerca de 200 quilómetros a noroeste de Tóquio.

O terramoto foi seguido de duas réplicas de mais de 4 graus e cerca de três dezenas de temores de menor intensidade.

As primeiras informações avançadas davam apenas conta de que não tinha sido acionado alerta de tsunami.


abola.pt