Pai, mãe e seus dois filhos de 16 e 20 anos morreram quando o porão em que moravam foi inundado

Após passagem do ciclone Cleópatra, rua em Nuoro, na Sardenha, foi inundada (Massimo Locci/EFE)
Ao menos dezesseis pessoas, incluindo uma família brasileira, morreram na ilha da Sardenha, Itália, após a passagem de um
forte ciclone,
na noite desta segunda-feira. De acordo com as autoridades italianas,
além das vítimas fatais, há um grande número ainda não definido de
desaparecidos. Os ventos e chuvas provocaram inundações em várias áreas,
deixando também muitos desabrigados. Os quatro brasileiros são, de
acordo com a imprensa italiana, Isael Passoni, de 42 anos, a mãe, cuja
identidade ainda não foi confirmada, e os filhos Weriston, de 20 anos, e
Laine Kellen, de 16. Eles morreram em Arzachena, quando o porão em que
viviam foi inundado.
O diretor de Defesa Civil italiana, Franco Gabrielli, atualizou o
número de vítimas – de 14 para 16 – ao chegar em Sardenha para coordenar
as missões de ajuda. A cidade de Olbia, no nordeste da ilha, foi a mais
afetada pelo ciclone Cleópatra e, por enquanto, foram contabilizados
oito mortos nesta área. Olbia também sofreu deslizamentos de terra,
queda de pontes e cortes no fornecimento de energia elétrica.
O prefeito de Olbia, Gianni Giovanneli, disse à emissora pública
Radio1 que uma “autêntica tromba d’água” caiu sobre a cidade durante a
noite e inundou em poucos minutos a região. O nível da água chegou a
três metros de altura, transbordando os rios e provocando buracos nas
estradas. Na cidade de Monte Pino, o desmoronamento de uma ponte deixou
cinco mortos: três homens e uma mulher com sua filha, cujos carros
caíram na água enquanto passavam pela estrada.
Saiba mais
CICLONE, FURACÃO, TUFÃO Ciclone,
tufão e furacão são nomes diferentes para um mesmo fenômeno – este
último é mais usado pelos cientistas. A denominação, porém, varia
conforme a região: costuma-se chamar de furacão quando acontece na
América Central e nos EUA; tufão no extremo Oriente; e ciclone quando
ocorre no oceano Índico. Os três termos se referem às mais fortes
tempestades que ocorrem na natureza, com ventos de no mínimo 120 km/h e
até 1.000 metros de diâmetro.
Centenas de pessoas tiveram de deixar suas casas devido às inundações
e dezenas de cidades estão isoladas por causa do corte de luz e do
bloqueio de estradas. Foi convocado para esta terça-feira um Conselho de
ministros extraordinário em Roma para decretar o estado de emergência
em toda a região de Sardenha e coordenar as ações de resgate e reparos
na infraestrutura.
Segundo o chefe regional do corpo de bombeiros de Sardenha, Silvio
Saffiotti, foram enviados 350 homens a todo o território e nas próximas
horas chegarão mais reforços. Além das vítimas, os danos materiais são
grandes, há várias estradas danificadas e áreas agrícolas completamente
destruídas.
De acordo com o Centro de Meteorologia da BBC, fortes chuvas estão
previstas para os próximos dias na área e em outras regiões do
Mediterrâneo. As condições instáveis devem afetar toda a Itália e
ameaçar outras regiões, particularmente Veneza.
(Com agência EFE)
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