Não é só o ano de 2014 que promete ser recheado de oportunidades para os
concurseiros. Nesta terça-feira (1°) o Departamento Penitenciário
Nacional (Depen) informou que pretende abrir 640 vagas, para o nível
médio e superior para a ocupação das unidades penais federais de
segurança máxima. A seleção foi encaminhada para o Ministério do
Planejamento, que deverá analisar a abertura.
Do total de vagas, a expectativa é que 604 vagas sejam destinadas
para o cargo de agente penitenciário e 36 para os cargos técnicos e
especialistas em assistência penitenciária. Para os agentes
penitenciários a exigência é de nível médio, com remuneração inicial de
R$ 5.164,58. Já para os cargos técnicos e especialistas em assistência
penitenciária as remunerações iniciais são de R$ 3.521,84 para técnico e
R$ 5.022,60 para especialista.
O último concurso do Depen foi
realizado no ano passado com aplicação de provas em todas as capitais
brasileiras. Ao todo, foram 46.340 inscritos, sendo 41.295 para as 100
vagas de agente, 1.304 para as quatro de técnico e 3.741 para as 34 de
especialista. Dentre os conhecimentos cobrados estavam Língua
Portuguesa, Informática, Ética no Serviço Público, Raciocínio Lógico,
Atualidades, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito
Penal, Direito Processual Penal e Direitos Humanos.
Caso seja aprovada, a seleção deve ser realizada ainda no primeiro semestre de 2015.
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quarta-feira, 2 de julho de 2014
" cadeirante" que se levantou tramou invasão
Ferri começou a traçar os primeiras linhas do projeto de voltar a invadir o campo de um estádio de Copa do Mundo ainda no início deste ano. Em março, o torcedor italiano anunciou em dois perfis de uma rede social que pensava em visitar o Brasil para assistir ao Mundial. O desejo vinha acompanhado de um aviso:
- Estou considerando seriamente o fato de ir para a Copa do Mundo no Brasil ... Senhores, talvez o Falcão volte a voar – escreveu o invasor em março deste ano.
Com a passagem para o Brasil comprada, o italiano começou a pensar como poderia invadir o gramado de um estádio brasileiro. De acordo com um agente judicial que teve contato com Ferri e preferiu não se identificar, o italiano recentemente assistiu a uma partida no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Contudo, se assustou com a quantidade de seguranças presentes no local e decidiu adiar os planos. Teria uma nova chance de invadir o campo na Arena Fonte Nova, em Salvador, com tudo engatilhado para colocar o plano em ação.
Mario Ferri diz que pensa em ir para o mundial do Brasil (Foto: Reprodução / Facebook)
Primeiro,
comprou ingresso para deficientes físicos. Sabia que os lugares
destinados aos cadeirantes ficavam mais perto do campo. Depois, foi só
esperar a oportunidade. E ela veio ainda no início do jogo entre Bélgica
e Estados Unidos. Com o joelho direito enfaixado, Ferri se levantou da
cadeira de rodas, atravessou a proteção que separa as arquibancadas do
gramado e, aos 16 minutos do primeiro tempo do jogo, correu pelo campo
da Fonte Nova sem ser incomodado pelos seguranças.Durante a corrida, Ferri cumprimentou o camisa 10 da Bélgica, Hazard, driblou o belga De Bruyne, que pedia para que ele saísse de campo, mostrou a camisa com a inscrição ‘Salve as crianças da favela. Ciro vive’ e permaneceu no campo até que foi retirado por um segurança e levado para o posto policial montado no estádio. No fim, o plano não poderia ter outro desfecho. O torcedor italiano foi detido e encaminhado para o Complexo Policial dos Barris, na capital baiana, onde, segundo policiais, ficará à espera de uma determinação judicial. De acordo com funcionários do judiciário baiano, o italiano pode até responder por estelionato por fingir ser deficiente físico.
histórico de invasões
Ferri é bastante conhecido na Itália, onde iniciou a trajetória como um ‘especialista’ na invasão aos gramados dos estádios de futebol. Em novembro de 2009, ele interrompeu um amistoso entre Itália e Holanda com uma faixa pedindo que o técnico Marcelo Lippi convocasse o atacante Antonio Cassano para a seleção nacional que disputaria a Copa do Mundo. Ferri voltou a repetir o pedido ao invadir o campo no duelo entre Sampdoria e Napoli, em maio de 2010, confronto válido pelo Campeonato Italiano.
Mario Ferri invadiu o gramado da partida entre Bélgica e Estados Unidos (Foto: Rafael Santana)
Lippi não convocou Cassano, a Itália foi eliminada na primeira fase da Copa do Mundo de 2010 e Ferri se sentiu na obrigação de mostrar ao técnico italiano que tinha razão. Na semifinal do mundial da África do Sul, ele invadiu o gramado na partida entre Espanha e Alemanha com uma faixa dizendo “Lippi, eu te avisei”. A estratégia utilizada foi a mesma da que o italiano colocou em prática na Arena Fonte Nova. Entrou de cadeira de rodas, aproveitou a proximidade do campo e invadiu o gramado com direito a uma vuvuzela em uma das mãos.
O histórico de Ferri não acaba por aí. O italiano invadiu o campo em mais três partidas, todas em competições internacionais. Ainda em 2010, voltou a entrar no gramado durante um jogo entre Milan e Real Madrid, pela Liga dos Campeões. No fim do mesmo ano, conseguiu invadir o palco da partida entre Internacional e Mazembe, no Mundial Interclubes.
Torcedor italiano foi retirado do gramado e encaminhado para o posto policial (Foto: Reprodução / Facebook)
Em
2011, o maior ‘feito’ do italiano envolvendo clubes: conseguiu ter
acesso ao campo do jogo entre Barcelona e Manchester United, na final da
Liga dos Campeões. Pela ‘carreira’, Ferri enfrenta vários processos na
Itália e está proibido de entrar em estádios no país onde nasceu e
também na África do Sul. Também foi em 2011 que o torcedor italiano
anunciou a 'aposentadoria'. No entanto, horas antes do jogo entre
Bélgica e EUA, nesta terça-feira, Ferri questionou seguidores, nas redes
sociais, se voltaria à ativa.
mensagem na camisa
Ferri entrou em campo na Arena Fonte Nova com uma camisa com o símbolo do Super-Homem e duas inscrições. A primeira era ‘Salve as crianças da favela', em referência às crianças pobres que vivem nas favelas brasileiras. A segunda inscrição era 'Ciro vive', em memória de Ciro Esposito, torcedor do Napoli que morreu no último mês de junho após cinquenta dias internado. Esposito tentava assistir a uma partida entre Napoli e Roma quando se envolveu em uma confusão nos arredores do estádio. Dez pessoas ficaram feridas no incidente.
As imagens da invasão de Ferri ao gramado da Fonte Nova foram mostradas durante o "Seleção SporTV" desta terça-feira, que contou com a presença do secretário-geral da Fifa Jérôme Valcke, que criticou a atitude do torcedor.
Mario Ferri pode responder por estelionato por fingir ser deficiente (Foto: Reprodução SporTV)
- O que é triste é que temos trabalhado para ter certeza de que damos acesso ao estádio a pessoas com deficiência, necessidades especiais e cadeirantes. Essa pessoa está agindo contra todos os cadeirantes. Ele deveria ser sancionado, pois é o pior exemplo. Está indo contra tudo aquilo que fazemos para reconhecer que quem queira ir à Copa do Mundo deva ter acesso. Ele é uma vergonha para todas as outras pessoas que estão sentadas ali na cadeira de rodas - considerou Valcke.
O apresentador Marcelo Barreto engrossou as críticas e reforçou a necessidade de punição ao torcedor.
- Esse ser humano está em uma das piores categorias possíveis entre os seres humanos. Uma pessoa que se disfarça de deficiente físico para fazer qualquer coisa já merece qualquer tipo de sanção, para invadir o campo então, pior ainda.
A Bélgica venceu a partida por 2 a 1 e avançou para as quartas de final. O próximo adversário é a Argentina, no próximo sábado, às 13h, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
globo.com
Esquema de venda de ingressos faturava até R$ 1 milhão por jogo Polícia Civil e o Ministério Público do Rio suspeitam da participação de integrantes da Fifa, da CBF e das federações de futebol
MARCO ANTÔNIO MARTINS E DIANA BRITO
DA FOLHA DE SÃO PAULO
Um esquema ilegal de venda de ingressos para a Copa do Mundo,
que faturava até R$ 1 milhão por jogo, foi desmontado nesta terça-feira
(1º) com a prisão de 11 suspeitos no Rio e em São Paulo.DA FOLHA DE SÃO PAULO
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio suspeitam da participação de integrantes da Fifa, da CBF e das federações de futebol da Argentina e da Espanha.
A quadrilha, liderada pelo argelino Mohamadou Lamine Fofana, 57, vinha sendo investigada havia três meses.
Houve interceptação de telefonemas do argelino para a Granja Comary, em Teresópolis (RJ), local da concentração da seleção brasileira.
"Lamine fez vários telefonemas para a Granja Comary na busca por ingressos. Suspeitamos que alguém repassasse a ele os bilhetes após a desistência dos jogadores. Ainda estamos apurando", disse o promotor Marcos Kac.
Dez dos ingressos apreendidos pertenciam à comissão técnica do Brasil. A suspeita da polícia é que o intermediário do argelino tenha contato com a seleção e livre acesso à Granja Comary, mas não integre a comissão técnica.
"Temos elementos que [mostram que] seleções desviam ingressos para cambistas através de alguém que se beneficia com essa venda. Já temos o depoimento de um indiciado que trabalhava para essas três seleções", afirmou o delegado Fabio Baruk, responsável pelo caso.
Desde 2002
O esquema de venda de ingressos, segundo a apuração, funcionava desde a Copa de 2002 (Japão-Coreia do Sul).
No Brasil, por meio de escutas telefônicas e filmagens, descobriu-se que a quadrilha usou empresas de fachada para obter ingressos para jogos da Copa de diferentes formas e revendê-los por € 1.000 (R$ 3.000) cada um.
Suspeita-se que o grupo tenha adquirido bilhetes da cota da Fifa para meia-entrada e gratuidade, além de entradas destinadas à CBF e às federações da Argentina e da Espanha. "Ele [Lamine] estaria associado a um membro da Fifa", disse Baruk.
Os 11 presos foram indiciados sob suspeita de cambismo, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Podem pegar até 18 anos de prisão.
Conexão Zurique
A cada jogo, a Fifa distribui 700 ingressos para cada federação cuja seleção está em campo. Além disso, a CBF recebeu uma carga de 30 mil entradas extras por ser a federação da sede do Mundial.
De acordo com a investigação, o argelino Lamine passava horas em telefonemas para Zurique (Suíça), cidade-sede da Fifa, o que levantou a suspeita de envolvimento de membros da entidade.
O argelino usava um carro com credencial da Fifa. Entre os telefonemas, havia contatos com jogadores e ex-jogadores de diferentes países.
Durante toda a segunda (30), Lamine oferecia por R$ 3.000 o ingresso para Argentina x Suíça. A polícia estima que a quadrilha pretendesse faturar R$ 200 milhões nesta Copa do Mundo. Os cambistas agiam via agências de turismo em Copacabana, uma delas de fachada.
Outro lado
A Fifa, a CBF e as outras federações com integrantes sob suspeita de envolvimento em esquema de venda ilegal de ingressos da Copa-14 não haviam comentado o caso até a conclusão desta reportagem.
A entidade máxima do futebol se disse incapaz de fazer qualquer consideração sobre o caso por não ter sido contatada por autoridades locais nem recebido informações oficiais.
A CBF afirmou não ter sido informada de modo oficial. Disse que os bilhetes que recebe da Fifa têm controle numérico, mas não discriminação nominal.
A Folha tentou contato, sem sucesso, com federações de Argentina e Espanha. Também não localizou a defesa de Mohamadou Fofana.
midianews.com
Juíza libera trabalho externo para José Dirceu
A juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal,
liberou hoje (1º) o benefício de trabalho externo para o ex-ministro da
Casa Civil José Dirceu. Com a decisão, Dirceu será transferido do
Presídio da Papuda, no Distrito Federal, para o Centro de Progressão
Penitenciária, local destinado a detentos que têm autorização para
trabalhar durante o dia.
Ao determinar a transferência, a juíza cumpriu decisão do Supremo Tribunal Federal, que, na semana passada, autorizou o benefício para Dirceu e outros condenados em regime semiaberto na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
Dirceu vai prestar serviços no escritório do advogado José Gerardo Grossi, em Brasília. Ele vai ajudar na pesquisa de jurisprudência de processos e na parte administrativa com salário de R$ 2,1 mil. A jornada é das 8h às 18h, com uma hora de almoço.
Os ministros do STF aceitaram recurso da defesa contra decisão do presidente da Corte, Joaquim Barbosa, que rejeitou a autorização individualmente em maio, por entender que Dirceu e os demais apenados não cumpriram o mínimo de um sexto da pena para terem direito ao benefício. O ex-ministro foi condenado a sete anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto. Com base no entendimento, José Dirceu nem chegou a ter o benefício autorizado antes da decisão do plenário.
diariodepernambuco.com
Ao determinar a transferência, a juíza cumpriu decisão do Supremo Tribunal Federal, que, na semana passada, autorizou o benefício para Dirceu e outros condenados em regime semiaberto na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
Dirceu vai prestar serviços no escritório do advogado José Gerardo Grossi, em Brasília. Ele vai ajudar na pesquisa de jurisprudência de processos e na parte administrativa com salário de R$ 2,1 mil. A jornada é das 8h às 18h, com uma hora de almoço.
Os ministros do STF aceitaram recurso da defesa contra decisão do presidente da Corte, Joaquim Barbosa, que rejeitou a autorização individualmente em maio, por entender que Dirceu e os demais apenados não cumpriram o mínimo de um sexto da pena para terem direito ao benefício. O ex-ministro foi condenado a sete anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto. Com base no entendimento, José Dirceu nem chegou a ter o benefício autorizado antes da decisão do plenário.
diariodepernambuco.com
Facebook testou emoções de 700 mil às escondidas
O Facebook, está a ser alvo de
críticas depois de se ter descoberto que, em 2012, terá conduzido uma
experiência em cerca de 700 mil utilizadores sem o seu conhecimento. Para
controlar a que expressões emocionais os utilizadores estavam sujeitos, o
Facebook manipulou, inclusive, 'feeds' de notícias
A pesquisa foi feita por duas
universidades norte-americanas, a Universidade de Cornell e a
Universidade da Califórnia em São Francisco, com o objetivo de avaliar
as expressões emocionais a que os usuários são expostos no feed de
notícias e se isso os levava a mudar comportamentos quando faziam as
suas próprias publicações.
Ao longo de uma semana a experiência foi realizada em 689 mil utilizadores do Facebook e concluiu que aqueles que tinham no seu feed de notícias menos histórias negativas, estavam menos propensos a escrever uma publicação negativa, e vice-versa.
Depois das críticas a que tem sido sujeito relativamente à forma como a pesquisa foi realizada e o impacto que essa pode ter, o gigante das redes sociais esclareceu que "nenhum dos dados utilizados foi associado a um perfil de Facebook específico", cita a BBC.
Jim Sheridan, membro de um dos comités parlamentares britânicos, já pediu uma investigação sobre o assunto. "Eles estão a manipular o material da vida pessoal das pessoas e eu estou preocupado com a capacidade do Facebook e outros para manipular os pensamentos das pessoas na política ou em outras áreas", revela o deputado. "Se as pessoas estão a ser controladas desta forma é necessário que sejam protegidas ou que, pelo menos, saibam que o estão a ser".
Adam Kramer, um dos coautores do relatório sobre este estudo, disse à BBC que " era importante investigar o que leva as pessoas a sentirem-se negativas ou deixadas de fora ao ver os amigos publicar conteúdos positivos". "Ao mesmo tempo, estávamos preocupados na possibilidade da exposição à negatividade dos amigos pode levar as pessoas a evitar visitar o Facebook", acrescentou.
dn.pt
Ao longo de uma semana a experiência foi realizada em 689 mil utilizadores do Facebook e concluiu que aqueles que tinham no seu feed de notícias menos histórias negativas, estavam menos propensos a escrever uma publicação negativa, e vice-versa.
Depois das críticas a que tem sido sujeito relativamente à forma como a pesquisa foi realizada e o impacto que essa pode ter, o gigante das redes sociais esclareceu que "nenhum dos dados utilizados foi associado a um perfil de Facebook específico", cita a BBC.
Jim Sheridan, membro de um dos comités parlamentares britânicos, já pediu uma investigação sobre o assunto. "Eles estão a manipular o material da vida pessoal das pessoas e eu estou preocupado com a capacidade do Facebook e outros para manipular os pensamentos das pessoas na política ou em outras áreas", revela o deputado. "Se as pessoas estão a ser controladas desta forma é necessário que sejam protegidas ou que, pelo menos, saibam que o estão a ser".
Adam Kramer, um dos coautores do relatório sobre este estudo, disse à BBC que " era importante investigar o que leva as pessoas a sentirem-se negativas ou deixadas de fora ao ver os amigos publicar conteúdos positivos". "Ao mesmo tempo, estávamos preocupados na possibilidade da exposição à negatividade dos amigos pode levar as pessoas a evitar visitar o Facebook", acrescentou.
dn.pt
Ranking de homicídios: Brasil fica em 7º entre 100 países
A cada dia, 154 pessoas morreram, em média, vítimas de
homicídio no Brasil, em 2012. Ao todo, foram 56.337 pessoas que perderam
a vida assassinadas, 7% a mais do que em 2011. Os dados são do Mapa da
Violência 2014, que mostra um crescimento de 13,4% de registros desse
tipo de morte em comparação com o número obtido em 2002. O percentual é
um pouco maior que o de crescimento da população total do País:
11,1%. Comparando 100 países que registraram taxa de homicídios, entre
2008 e 2012, para cada grupo de 100 mil habitantes, o estudo conclui que
o Brasil ocupa o sétimo lugar no ranking dos analisados. Fica atrás de
El Salvador, da Guatemala, de Trinidad e Tobago, da Colômbia, Venezuela e
de Guadalupe.
As principais vítimas são jovens homens e negros. Ao
todo, foram vítimas desse tipo de morte 30.072 jovens, com idade entre
15 e 29 anos. O número representa 53,4% do total de homicídios do
Brasil. Também, desse total, 91,6% eram homens.
Os dados de 2012, último ano da série projetada pelo
mapa, mostram ainda que, a partir dos 13 anos de idade, o percentual
começa a crescer. Passa de quatro homicídios a cada 100 mil habitantes
para 75, quando se chega aos 21 anos de idade.
Os homicídios também vitimam majoritariamente negros,
isso é, pretos e pardos. Foram 41.127 negros mortos, em 2012, e 14.928
brancos. Considerando toda a década (2002 – 2012), houve “crescente
seletividade social”, nos termos do relatório. Enquanto o número de
assassinatos de brancos diminuiu, passando de 19.846, em 2002, para
14.928, em 2012, as vítimas negras aumentaram de 29.656 para 41.127, no
mesmo período.
Ao todo, ao longo dessa década, morreram 556 mil pessoas
vítimas de homicídio, “quantitativo que excede largamente o número de
mortes da maioria dos conflitos armados registrados no mundo”, destaca o
texto.
O
Brasil já ocupou posições piores no ranking. A situação foi amenizada
tanto por políticas de enfrentamento à violência desenvolvidas
internamente, que frearam o crescimento exponencial das mortes, quanto
pelo fato de países, especialmente da América Central, estarem vivendo
“uma eclosão de violência”. Sobre isso, o relatório destaca que mesmo os
países com menores taxas da América Latina, quando comparados com os da
Europa ou da Ásia, assumem posições intermediárias ou mesmo de
violência elevada. Nesses continentes, segundo a pesquisa, os índices
não chegam a 3 homicídios em 100 mil habitantes.
Entre as políticas desenvolvidas internamente, o estudo
destaca a Campanha do Desarmamento e o Plano Nacional de Segurança
Pública, em nível nacional, e ações em nível estadual, como as
executadas em São Paulo e no Rio de Janeiro, que geraram quedas nos
índices de homicídio em meados dos anos 2000. A magnitude desses lugares
pesou na redução dos índices e possibilitou a leve melhora na posição
do país no ranking mundial.
Mesmo assim, a situação é preocupante, de acordo com o
Mapa da Violência, que é baseado no Sistema de Informações de
Mortalidade (SIM) e em outros dados do Ministério da Saúde.
Entre 2002 e 2012, houve crescimento dos homicídios em
20 das 27 unidades da Federação. Sete delas tiveram um grande
crescimento: o Maranhão, Ceará, a Paraíba, o Pará, Amazonas e,
especialmente - registra o estudo -, o Rio Grande do Norte e a Bahia.
Nos dois últimos, as taxas de mortalidade juvenil devido a homicídios
mais que triplicaram.
Nesse último ano, houve aumento das mortes,
especialmente entre os jovens. No caso do Rio de Janeiro, por exemplo,
ocorreram 56,5 homicídios por grupo de 100 mil jovens, em 2012.
Na década, as unidades que diminuíram as taxas foram:
Mato Grosso, o Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pernambuco
e, com mais intensidade, o Rio de Janeiro e São Paulo. Apenas seis
Estados tiveram queda entre 2012 e 2011. Um deles, Pernambuco, diminuiu
6,8%. Os números, todavia, mostram o desafio: nesse estado, foram 73,8
homicídios a cada 100 mil jovens.
terra.com
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