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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Departamento Penitenciário deve abrir concurso para ensino médio com salário de R$ 5 mil Caso seja aprovada, a seleção deve ser realizada ainda no primeiro semestre de 2015

Não é só o ano de 2014 que promete ser recheado de oportunidades para os concurseiros. Nesta terça-feira (1°) o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) informou que pretende abrir 640 vagas, para o nível médio e superior para a ocupação das unidades penais federais de segurança máxima. A seleção foi encaminhada para o Ministério do Planejamento, que deverá analisar a abertura.

Do total de vagas, a expectativa é que 604 vagas sejam destinadas para o cargo de agente penitenciário e 36 para os cargos técnicos e especialistas em assistência penitenciária. Para os agentes penitenciários a exigência é de nível médio, com remuneração inicial de R$ 5.164,58. Já para os cargos técnicos e especialistas em assistência penitenciária as remunerações iniciais são de R$ 3.521,84 para técnico e R$ 5.022,60 para especialista.
O último concurso do Depen foi realizado no ano passado com aplicação de provas em todas as capitais brasileiras. Ao todo, foram 46.340 inscritos, sendo 41.295 para as 100 vagas de agente, 1.304 para as quatro de técnico e 3.741 para as 34 de especialista. Dentre os conhecimentos cobrados estavam Língua Portuguesa, Informática, Ética no Serviço Público, Raciocínio Lógico, Atualidades, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Penal, Direito Processual Penal e Direitos Humanos.
Caso seja aprovada, a seleção deve ser realizada ainda no primeiro semestre de 2015.

portal correio

" cadeirante" que se levantou tramou invasão

Parecia uma ato espontâneo, sem planejamento prévio. No entanto, a invasão de um torcedor ao campo da Arena Fonte Nova, em Salvador, durante a partida entre Bélgica e Estados Unidos, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, foi pensada em cada detalhe. O autor do plano foi o italiano Mario Ferri, de 27 anos, que é conhecido como Falco (Falcão) e já havia invadido o gramado de um estádio no Mundial de 2010, na África do Sul.

Ferri começou a traçar os primeiras linhas do projeto de voltar a invadir o campo de um estádio de Copa do Mundo ainda no início deste ano. Em março, o torcedor italiano anunciou em dois perfis de uma rede social que pensava em visitar o Brasil para assistir ao Mundial. O desejo vinha acompanhado de um aviso:

- Estou considerando seriamente o fato de ir para a Copa do Mundo no Brasil ... Senhores, talvez o Falcão volte a voar – escreveu o invasor em março deste ano.

Com a passagem para o Brasil comprada, o italiano começou a pensar como poderia invadir o gramado de um estádio brasileiro. De acordo com um agente judicial que teve contato com Ferri e preferiu não se identificar, o italiano recentemente assistiu a uma partida no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Contudo, se assustou com a quantidade de seguranças presentes no local e decidiu adiar os planos. Teria uma nova chance de invadir o campo na Arena Fonte Nova, em Salvador, com tudo engatilhado para colocar o plano em ação.
Mario Ferri diz que pensa em ir para o mundial do Brasil (Foto: Reprodução / Facebook)Mario Ferri diz que pensa em ir para o mundial do Brasil (Foto: Reprodução / Facebook)
Primeiro, comprou ingresso para deficientes físicos. Sabia que os lugares destinados aos cadeirantes ficavam mais perto do campo. Depois, foi só esperar a oportunidade. E ela veio ainda no início do jogo entre Bélgica e Estados Unidos. Com o joelho direito enfaixado, Ferri se levantou da cadeira de rodas, atravessou a proteção que separa as arquibancadas do gramado e, aos 16 minutos do primeiro tempo do jogo, correu pelo campo da Fonte Nova sem ser incomodado pelos seguranças.
Durante a corrida, Ferri cumprimentou o camisa 10 da Bélgica, Hazard, driblou o belga De Bruyne, que pedia para que ele saísse de campo, mostrou a camisa com a inscrição ‘Salve as crianças da favela. Ciro vive’ e permaneceu no campo até que foi retirado por um segurança e levado para o posto policial montado no estádio. No fim, o plano não poderia ter outro desfecho. O torcedor italiano foi detido e encaminhado para o Complexo Policial dos Barris, na capital baiana, onde, segundo policiais, ficará à espera de uma determinação judicial. De acordo com funcionários do judiciário baiano, o italiano pode até responder por estelionato por fingir ser deficiente físico.
histórico de invasões

Ferri é bastante conhecido na Itália, onde iniciou a trajetória como um ‘especialista’ na invasão aos gramados dos estádios de futebol. Em novembro de 2009, ele interrompeu um amistoso entre Itália e Holanda com uma faixa pedindo que o técnico Marcelo Lippi convocasse o atacante Antonio Cassano para a seleção nacional que disputaria a Copa do Mundo. Ferri voltou a repetir o pedido ao invadir o campo no duelo entre Sampdoria e Napoli, em maio de 2010, confronto válido pelo Campeonato Italiano.
Torcedor invade gramado da Arena Fonte Nova (Foto: Rafael Santana)Mario Ferri invadiu o gramado da partida entre Bélgica e Estados Unidos (Foto: Rafael Santana)

Lippi não convocou Cassano, a Itália foi eliminada na primeira fase da Copa do Mundo de 2010 e Ferri se sentiu na obrigação de mostrar ao técnico italiano que tinha razão. Na semifinal do mundial da África do Sul, ele invadiu o gramado na partida entre Espanha e Alemanha com uma faixa dizendo “Lippi, eu te avisei”. A estratégia utilizada foi a mesma da que o italiano colocou em prática na Arena Fonte Nova. Entrou de cadeira de rodas, aproveitou a proximidade do campo e invadiu o gramado com direito a uma vuvuzela em uma das mãos.

O histórico de Ferri não acaba por aí. O italiano invadiu o campo em mais três partidas, todas em competições internacionais. Ainda em 2010, voltou a entrar no gramado durante um jogo entre Milan e Real Madrid, pela Liga dos Campeões. No fim do mesmo ano, conseguiu invadir o palco da partida entre Internacional e Mazembe, no Mundial Interclubes.
Torcedor invade gramado da Arena Fonte Nova (Foto: Reprodução / Facebook)Torcedor italiano foi retirado do gramado e encaminhado para o posto policial (Foto: Reprodução / Facebook)
Em 2011, o maior ‘feito’ do italiano envolvendo clubes: conseguiu ter acesso ao campo do jogo entre Barcelona e Manchester United, na final da Liga dos Campeões. Pela ‘carreira’, Ferri enfrenta vários processos na Itália e está proibido de entrar em estádios no país onde nasceu e também na África do Sul. Também foi em 2011 que o torcedor italiano anunciou a 'aposentadoria'. No entanto, horas antes do jogo entre Bélgica e EUA, nesta terça-feira, Ferri questionou seguidores, nas redes sociais, se voltaria à ativa.
mensagem na camisa

Ferri entrou em campo na Arena Fonte Nova com uma camisa com o símbolo do Super-Homem e duas inscrições. A primeira era ‘Salve as crianças da favela', em referência às crianças pobres que vivem nas favelas brasileiras. A segunda inscrição era 'Ciro vive', em memória de Ciro Esposito, torcedor do Napoli que morreu no último mês de junho após cinquenta dias internado. Esposito tentava assistir a uma partida entre Napoli e Roma quando se envolveu em uma confusão nos arredores do estádio. Dez pessoas ficaram feridas no incidente.
As imagens da invasão de Ferri ao gramado da Fonte Nova foram mostradas durante o "Seleção SporTV" desta terça-feira, que contou com a presença do secretário-geral da Fifa Jérôme Valcke, que criticou a atitude do torcedor.
Cadeirante invade gramado em Bélgica x Estados Unidos (Foto: Reprodução SporTV)Mario Ferri pode responder por estelionato por fingir ser deficiente (Foto: Reprodução SporTV)

-  O que é triste é que temos trabalhado para ter certeza de que damos acesso ao estádio a pessoas com deficiência, necessidades especiais e cadeirantes. Essa pessoa está agindo contra todos os cadeirantes. Ele deveria ser sancionado, pois é o pior exemplo. Está indo contra tudo aquilo que fazemos para reconhecer que quem queira ir à Copa do Mundo deva ter acesso. Ele é uma vergonha para todas as outras pessoas que estão sentadas ali na cadeira de rodas - considerou Valcke.

O apresentador Marcelo Barreto engrossou as críticas e reforçou a necessidade de punição ao torcedor.

- Esse ser humano está em uma das piores categorias possíveis entre os seres humanos. Uma pessoa que se disfarça de deficiente físico para fazer qualquer coisa já merece qualquer tipo de sanção, para invadir o campo então, pior ainda.

A Bélgica venceu a partida por 2 a 1 e avançou para as quartas de final. O próximo adversário é a Argentina, no próximo sábado, às 13h, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

globo.com

Esquema de venda de ingressos faturava até R$ 1 milhão por jogo Polícia Civil e o Ministério Público do Rio suspeitam da participação de integrantes da Fifa, da CBF e das federações de futebol


Diana Brito/Folhapress
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Ingressos apreendidos pela Polícia Civil: quadrilha agia desde a Copa de 2002
MARCO ANTÔNIO MARTINS E DIANA BRITO
DA FOLHA DE SÃO PAULO
Um esquema ilegal de venda de ingressos para a Copa do Mundo, que faturava até R$ 1 milhão por jogo, foi desmontado nesta terça-feira (1º) com a prisão de 11 suspeitos no Rio e em São Paulo.

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio suspeitam da participação de integrantes da Fifa, da CBF e das federações de futebol da Argentina e da Espanha.

A quadrilha, liderada pelo argelino Mohamadou Lamine Fofana, 57, vinha sendo investigada havia três meses.

Houve interceptação de telefonemas do argelino para a Granja Comary, em Teresópolis (RJ), local da concentração da seleção brasileira.

"Lamine fez vários telefonemas para a Granja Comary na busca por ingressos. Suspeitamos que alguém repassasse a ele os bilhetes após a desistência dos jogadores. Ainda estamos apurando", disse o promotor Marcos Kac.

Dez dos ingressos apreendidos pertenciam à comissão técnica do Brasil. A suspeita da polícia é que o intermediário do argelino tenha contato com a seleção e livre acesso à Granja Comary, mas não integre a comissão técnica.

"Temos elementos que [mostram que] seleções desviam ingressos para cambistas através de alguém que se beneficia com essa venda. Já temos o depoimento de um indiciado que trabalhava para essas três seleções", afirmou o delegado Fabio Baruk, responsável pelo caso.

Desde 2002


O esquema de venda de ingressos, segundo a apuração, funcionava desde a Copa de 2002 (Japão-Coreia do Sul).

No Brasil, por meio de escutas telefônicas e filmagens, descobriu-se que a quadrilha usou empresas de fachada para obter ingressos para jogos da Copa de diferentes formas e revendê-los por € 1.000 (R$ 3.000) cada um.

Suspeita-se que o grupo tenha adquirido bilhetes da cota da Fifa para meia-entrada e gratuidade, além de entradas destinadas à CBF e às federações da Argentina e da Espanha. "Ele [Lamine] estaria associado a um membro da Fifa", disse Baruk.

Os 11 presos foram indiciados sob suspeita de cambismo, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Podem pegar até 18 anos de prisão.

Conexão Zurique


A cada jogo, a Fifa distribui 700 ingressos para cada federação cuja seleção está em campo. Além disso, a CBF recebeu uma carga de 30 mil entradas extras por ser a federação da sede do Mundial.

De acordo com a investigação, o argelino Lamine passava horas em telefonemas para Zurique (Suíça), cidade-sede da Fifa, o que levantou a suspeita de envolvimento de membros da entidade.

O argelino usava um carro com credencial da Fifa. Entre os telefonemas, havia contatos com jogadores e ex-jogadores de diferentes países.

Durante toda a segunda (30), Lamine oferecia por R$ 3.000 o ingresso para Argentina x Suíça. A polícia estima que a quadrilha pretendesse faturar R$ 200 milhões nesta Copa do Mundo. Os cambistas agiam via agências de turismo em Copacabana, uma delas de fachada.

Outro lado


A Fifa, a CBF e as outras federações com integrantes sob suspeita de envolvimento em esquema de venda ilegal de ingressos da Copa-14 não haviam comentado o caso até a conclusão desta reportagem.

A entidade máxima do futebol se disse incapaz de fazer qualquer consideração sobre o caso por não ter sido contatada por autoridades locais nem recebido informações oficiais.

A CBF afirmou não ter sido informada de modo oficial. Disse que os bilhetes que recebe da Fifa têm controle numérico, mas não discriminação nominal.

A Folha tentou contato, sem sucesso, com federações de Argentina e Espanha. Também não localizou a defesa de Mohamadou Fofana.

midianews.com

Juíza libera trabalho externo para José Dirceu

A juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, liberou hoje (1º) o benefício de trabalho externo para o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Com a decisão, Dirceu será transferido do Presídio da Papuda, no Distrito Federal, para o Centro de Progressão Penitenciária, local destinado a detentos que têm autorização para trabalhar durante o dia.

Ao determinar a transferência, a juíza cumpriu decisão do Supremo Tribunal Federal, que, na semana passada, autorizou o benefício para Dirceu e outros condenados em regime semiaberto na Ação Penal 470, o processo do mensalão.

Dirceu vai prestar serviços no escritório do advogado José Gerardo Grossi, em Brasília. Ele vai ajudar na pesquisa de jurisprudência de processos e na parte administrativa com salário de R$ 2,1 mil. A jornada é das 8h às 18h, com uma hora de almoço.

Os ministros do STF aceitaram recurso da defesa contra decisão do presidente da Corte, Joaquim Barbosa, que rejeitou a autorização individualmente em maio, por entender que Dirceu e os demais apenados não cumpriram o mínimo de um sexto da pena para terem direito ao benefício. O ex-ministro foi condenado a sete anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto. Com base no entendimento, José Dirceu nem chegou a ter o benefício autorizado antes da decisão do plenário.


diariodepernambuco.com

Facebook testou emoções de 700 mil às escondidas


Facebook testou emoções de 700 mil às escondidas
O Facebook, está a ser alvo de críticas depois de se ter descoberto que, em 2012, terá conduzido uma experiência em cerca de 700 mil utilizadores sem o seu conhecimento. Para controlar a que expressões emocionais os utilizadores estavam sujeitos, o Facebook manipulou, inclusive, 'feeds' de notícias
A pesquisa foi feita por duas universidades norte-americanas, a Universidade de Cornell e a Universidade da Califórnia em São Francisco, com o objetivo de avaliar as expressões emocionais a que os usuários são expostos no feed de notícias e se isso os levava a mudar comportamentos quando faziam as suas próprias publicações.
Ao longo de uma semana a experiência foi realizada em 689 mil utilizadores do Facebook e concluiu que aqueles que tinham no seu feed de notícias menos histórias negativas, estavam menos propensos a escrever uma publicação negativa, e vice-versa.
Depois das críticas a que tem sido sujeito relativamente à forma como a pesquisa foi realizada e o impacto que essa pode ter, o gigante das redes sociais esclareceu que "nenhum dos dados utilizados foi associado a um perfil de Facebook específico", cita a BBC.
Jim Sheridan, membro de um dos comités parlamentares britânicos, já pediu uma investigação sobre o assunto. "Eles estão a manipular o material da vida pessoal das pessoas e eu estou preocupado com a capacidade do Facebook e outros para manipular os pensamentos das pessoas na política ou em outras áreas", revela o deputado. "Se as pessoas estão a ser controladas desta forma é necessário que sejam protegidas ou que, pelo menos, saibam que o estão a ser".
Adam Kramer, um dos coautores do relatório sobre este estudo, disse à BBC que " era importante investigar o que leva as pessoas a sentirem-se negativas ou deixadas de fora ao ver os amigos publicar conteúdos positivos". "Ao mesmo tempo, estávamos preocupados na possibilidade da exposição à negatividade dos amigos pode levar as pessoas a evitar visitar o Facebook", acrescentou.

dn.pt

Ranking de homicídios: Brasil fica em 7º entre 100 países

A cada dia, 154 pessoas morreram, em média, vítimas de homicídio no Brasil, em 2012. Ao todo, foram 56.337 pessoas que perderam a vida assassinadas, 7% a mais do que em 2011. Os dados são do Mapa da Violência 2014, que mostra um crescimento de 13,4% de registros desse tipo de morte em comparação com o número obtido em 2002. O percentual é um pouco maior que o de crescimento da população total do País: 11,1%. Comparando 100 países que registraram taxa de homicídios, entre 2008 e 2012, para cada grupo de 100 mil habitantes, o estudo conclui que o Brasil ocupa o sétimo lugar no ranking dos analisados. Fica atrás de El Salvador, da Guatemala, de Trinidad e Tobago, da Colômbia, Venezuela e de Guadalupe.

As principais vítimas são jovens homens e negros. Ao todo, foram vítimas desse tipo de morte 30.072 jovens, com idade entre 15 e 29 anos. O número representa 53,4% do total de homicídios do Brasil. Também, desse total, 91,6% eram homens.


Os dados de 2012, último ano da série projetada pelo mapa, mostram ainda que, a partir dos 13 anos de idade, o percentual começa a crescer. Passa de quatro homicídios a cada 100 mil habitantes para 75, quando se chega aos 21 anos de idade.
Os homicídios também vitimam majoritariamente negros, isso é, pretos e pardos. Foram 41.127 negros mortos, em 2012, e 14.928 brancos. Considerando toda a década (2002 – 2012), houve “crescente seletividade social”, nos termos do relatório. Enquanto o número de assassinatos de brancos diminuiu, passando de 19.846, em 2002, para 14.928, em 2012, as vítimas negras aumentaram de 29.656 para 41.127, no mesmo período.
Ao todo, ao longo dessa década, morreram 556 mil pessoas vítimas de homicídio, “quantitativo que excede largamente o número de mortes da maioria dos conflitos armados registrados no mundo”, destaca o texto. 
O Brasil já ocupou posições piores no ranking. A situação foi amenizada tanto por políticas de enfrentamento à violência desenvolvidas internamente, que frearam o crescimento exponencial das mortes, quanto pelo fato de países, especialmente da América Central, estarem vivendo “uma eclosão de violência”. Sobre isso, o relatório destaca que mesmo os países com menores taxas da América Latina, quando comparados com os da Europa ou da Ásia, assumem posições intermediárias ou mesmo de violência elevada. Nesses continentes, segundo a pesquisa, os índices não chegam a 3 homicídios em 100 mil habitantes.
Entre as políticas desenvolvidas internamente, o estudo destaca a Campanha do Desarmamento e o Plano Nacional de Segurança Pública, em nível nacional, e ações em nível estadual, como as executadas em São Paulo e no Rio de Janeiro, que geraram quedas nos índices de homicídio em meados dos anos 2000. A magnitude desses lugares pesou na redução dos índices e possibilitou a leve melhora na posição do país no ranking mundial.
Mesmo assim, a situação é preocupante, de acordo com o Mapa da Violência, que é baseado no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e em outros dados do Ministério da Saúde.
Entre 2002 e 2012, houve crescimento dos homicídios em 20 das 27 unidades da Federação. Sete delas tiveram um grande crescimento: o Maranhão, Ceará, a Paraíba, o Pará, Amazonas e, especialmente - registra o estudo -, o Rio Grande do Norte e a Bahia. Nos dois últimos, as taxas de mortalidade juvenil devido a homicídios mais que triplicaram.
Nesse último ano, houve aumento das mortes, especialmente entre os jovens. No caso do Rio de Janeiro, por exemplo, ocorreram 56,5 homicídios por grupo de 100 mil jovens, em 2012.
Na década, as unidades que diminuíram as taxas foram: Mato Grosso, o Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pernambuco e, com mais intensidade, o Rio de Janeiro e São Paulo. Apenas seis Estados tiveram queda entre 2012 e 2011. Um deles, Pernambuco, diminuiu 6,8%. Os números, todavia, mostram o desafio: nesse estado, foram 73,8 homicídios a cada 100 mil jovens.

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