O Ministério da Agricultura diz que quem bebe leite adulterado não passa mal na hora --os malefícios surgem a longo prazo.
Cinco empresas que realizavam transporte de leite no Rio Grande do Sul são suspeitas de adicionar a substância antes de realizar a entrega à indústria. Ao todo, foi encontrada presença de formol em lotes específicos das marcas Italac, Líder, Mumu e Latvida.
Para o clínico-geral Paulo Olzon, da Unifesp, a toxicidade está no formaldeído da ureia --o mesmo que conserva cadáveres.
A substância pode provocar danos no aparelho gastrointestinal e a exposição frequente tem efeito cancerígeno. O Instituto Nacional de Câncer afirma que não há níveis seguros de exposição ao formol, associado ao câncer de nasofaringe e leucemia.
Segundo Alexandre Campos, do ministério, existe o risco à segurança do consumidor. "Ele compra leite, não compra água com ureia", diz.(MARIANA LENHARO E FILIPE COUTINHO)
CFM altera regras para a reprodução assistida no PaísGetty images
Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que entra em vigor nesta quinta-feira (9) altera as regras para a fertilização assistida no País, abrindo espaço para a doação compartilhada. Ela também regulamenta o limite de idade para pacientes, a idade para doação de óvulos e espermatozoides e estabelece a permissão de forma clara do uso da técnica por casais do mesmo sexo.
A doação compartilhada prevê que pacientes interessadas em fazer a fertilização assistida doem parte de seus óvulos a outras pacientes que não têm como produzi-los. Essas, em troca, financiam parte do tratamento das doadoras. Não é prática mercantil. É ato de solidariedade, afirma o presidente em exercício do CFM, Carlos Vital Correa Lima.
O presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, Adelino Amaral, defende a medida e afasta a possibilidade de se formar um banco de doadoras ou uma espécie de ação para recrutar pacientes. Segundo ele, a troca é ofertada para pacientes que espontaneamente procuram a clínica, mas que não têm condições de arcar com o preço do tratamento, de até R$ 20 mil. Cerca de 50% desse valor é gasto só com o estímulo para produção de óvulos. Essa parte do tratamento é que seria paga pela receptora.
Já a professora da Universidade de Brasília Débora Diniz considera que o CFM não poderia fazer esse tipo de regulação. O governo dispõe de um serviço gratuito. O compartilhamento de óvulos em troca financeira é algo que está longe de ser o ideal, afirma. Ela observa que toda a lógica da regulação brasileira impede a cobrança por doações, seja de órgãos, seja de sangue. E para óvulos não pode ser diferente. Para ela, a troca dos óvulos por parte do tratamento desrespeita toda a noção de altruísmo.
Amaral, no entanto, observa que o sistema público não tem condições de atender a toda a demanda. Estima-se que 5% das fertilizações assistidas no País sejam feitas no sistema público de saúde. A espera chega a ser maior do que um ano.
Limites
A resolução ainda deixa claro o limite de embriões a ser implantados na paciente. O número varia de acordo com a idade da doadora e não da paciente que vai receber os embriões. A regra, de acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, Adelino Amaral, tem como objetivo reduzir o número de gestações múltiplas, de maior risco tanto para gestantes e bebês. Pacientes mais velhas têm probabilidade menor de engravidar. Por isso, a partir de determinada idade da doadora, é preciso aumentar os implantes.
De acordo com o presidente da câmara que analisou as mudanças, Hiran Gallo, mulheres com mais de 40 anos tem probabilidade de engravidar de 10%; no caso das de 35 anos, a probabilidade é de 40%.
Outra mudança é oficializar a chamada tipagem HLA, para selecionar embriões livres de doenças encontradas na família e, ao mesmo tempo, compatível com o paciente. Isso pode permitir que a criança, ao nascer, possa até ser doadora e ajudar no tratamento do paciente, afirma Gallo. E está longe de ser antiético. A mulher acaba aliando seu desejo de procriar com a possibilidade de tratar outro filho, por exemplo.
Lima defendeu as mudanças.
— Precisávamos de regras mais atuais.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A cada grande atuação do Atlético na Copa Libertadores mais visibilidade internacional o time recebe. A vitória sobre o São Paulo, nesta quarta, por 4 a 1, no Estádio Independência, repercutiu nas versões on-line das principais publicações esportivas. O foco em quase todas as publicações é o craque Ronaldinho Gaúcho.
O diário Olé manchetou “La festa de Dinho”, em referência a grande atuação do atleticano. “Por mais que enfrente o São Paulo, três vezes campeão da Libertadores, os comandados de Ronaldinho não tiveram piedade”, publicou.
Por sua vez, o Canchallena, também da Argentina, compara, como já fizera anteriormente, Ronaldinho com a lenda do basquete Magic Johnson. “Ronaldinho, jogando como em seus melhores momentos, deu uma assistência magistral, com o selo do Magic Johnson”.
O Azteca Deportes, do México, já projeta sobre um possível encontro entre Ronaldinho e o Tijuana. “Ronaldinho, que virá a Tijuana enfrentar os Xolos se o atual campeão do futebol mexicano vencer sua eliminatória contra o Palmeiras, é o motor e principal figura do Atlético”.
Já o site Pasion Libertadores diz que o “Atlético destroçou o São Paulo e se afirma como máximo candidato”.
Na Europa, os jornais espanhóis (Marca, Sport e Mundo Deportivo) frisaram a excelente campanha do Galo e a noite mágica de Jô. "Uma jogadaça de Ronaldinho quase acaba em gol do ano".
O site da Fifa também ressaltou a vitória alvinegra.
Agora, o Atlético espera o adversário das quartas de final. Palmeiras e Tijuana, que empataram em 0 a 0, no primeiro jogo, se enfrentam na próxima terça-feira. superesportes.com
O pastor Marcos Pereira, preso anteontem à noite pelo estupro de duas mulheres, foi denunciado à polícia por mais quatro pessoas. A investigação da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) ouviu 30 testemunhas em um ano e, no total, outras 20 mulheres são citadas como vítimas do religioso. Segundo depoimentos, ele obrigava as fiéis a orarem enquanto faziam sexo, dizia a elas que iria salvá-las do demônio se mantivessem relações com ele e promovia orgias entre fiéis de sua igreja, a Assembleia de Deus dos Últimos Dias, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Uma vítima afirma que o pastor organizava orgias na casa de uma irmã do traficante Marcinho VP, em Ricardo de Albuquerque. Segundo o depoimento, ele obrigava a menina a ir dormir na casa da mulher e aparecia no local de madrugada. A vítima, então, "era obrigada a manter relações sexuais com os dois". Ela ainda afirma que o pastor a obrigava a "ter relações com um homem que ela não conhecia, como se fosse garota de programa".
"Estou vendo um espírito de lésbica em você". Essa teria sido uma das primeiras frases ditas pelo pastor a outra vítima. Segundo o depoimento da mulher — que contou à polícia ter sido estuprada pelo religioso entre 1997 e 2009 —, a violência começou assim que ela entrou para a igreja, aos 14 anos. A primeira relação dos dois teria sido na casa de uma fiel e, segundo o depoimento, "com o tempo, Marcos passou a trazer mulheres para participar dos atos sexuais ". Ainda de acordo com o relato, "uma vez se recorda que participou um garoto de programa". Ela contou também que o pastor passou a trazer outras fiéis da igreja para as orgias. Depois, o religioso ordenava aos participantes que pedissem perdão.
— O pastor usava a oratória para convencer as vítimas. Se não fosse suficiente, usava a força física — diz Márcio Mendonça, titular da Dcod, que ainda investiga o pastor por quatro homicídios, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.
Uma das vítimas, que na época era fiel da igreja, relata que o pastor recebia dinheiro do tráfico e, em troca, entregava CDs e DVDs de cantores gospel: "Ele recebia entre R$ 15 mil e R$ 20 mil dos traficantes e entregava CDs e DVDs no intuito de se resguardar na lavagem de dinheiro". Em outro relato, uma vítima conta que, em 2009, o pastor a chamou em seu gabinete, tirou suas roupas, deitou-a de bruços e "tentou a penetração em seu ânus". Ela afirma que "o pastor não conseguiu a penetração por não ter conseguido a ereção".
Ana Madureira Silva, ex-mulher do pastor, deu duas versões. Em depoimento à polícia, disse que o marido a estuprou. Ao EXTRA, nega a versão.
— Sou crente em Jesus, nunca menti. Que baixaria dizer que meu marido me estuprou. Me coloca numa situação vexatória. É golpe baixo.
Coação e homicídio
O pastor Marcos Pereira também vai responder na Justiça por coagir testemunhas. Ontem, os promotores Rogério Lima Sá Ferreira e Adriana Lucas de Medeiros denunciaram o pastor por intimidar uma mulher que havia acusado Marcos de abuso sexual. Os abusos teriam ocorrido quando a vítima tinha entre 12 e 14 anos. De acordo com a denúncia, em março de 2012, três homens, a mando do pastor, foram até a frente de uma loja onde a vítima trabalhava, em São João de Meriti, e passaram a fazer ameaças. Um deles fez gestos com dois dedos, e os apontou para a mulher, como $estivesse segurando uma arma.
— Os relatos não deixam dúvida da participação do pastor em crimes sexuais e de coação — disse o promotor.
O delegado Márcio Mendonça ainda investiga a participação do pastor no assassinato de Adelaide Nogueira dos Santos, em dezembro de 2006. Segundo testemunhas, ela era fiel da igreja e era abusada sexualmente pelo pastor. Indignada, a vítima começou a investigar se outras fiéis também eram abusadas pelo religioso. Um dos condenados pelo homicídio, Geferson Rodrigues dos Santos, é sobrinho do pastor.
De frente pro mar
Segundo a polícia, o pastor Marcos Pereira da Silva abusava de mulheres em seu gabinete na igreja, em casas de fiéis e em seu apartamento, na Avenida Atlântica, na praia de Copacabana, Zona Sul, avaliado em R$ 8 milhões. Ele foi preso na Rodovia Presidente Dutra, quando ia da igreja para o apartamento. Duas mulheres e um homem estavam no carro com ele. Um manobrista conta que, usualmente, o pastor chegava à noite. E com pompa de chefe de estado, numa espécie de comitiva formada por três carros. "Chegavam mulheres depois, a pé, com roupas da cabeça aos pés. Coisa da religião deles", disse Francisco Ferreira, que trabalha em frente ao prédio.
‘Ele dizia que ia me dar presentes’
O EXTRA conversou com uma das vítimas. Ela afirma que o pastor prometia presentes em troca das relações sexuais. A menina nunca cedeu. Após abandonar a igreja, ela depôs à polícia.
— Entrei para a igreja quando tinha 9 anos. Estudava na mesma escola que todas as meninas da igreja, e quem me levava de van para o colégio era um dos assistentes do pastor, que abusava de mim na volta. Contei aos meus pais, e eles foram ao pastor Marcos. Ele, então, me chamou ao gabinete dele. Estava lá sozinha. Ele me pediu para contar o que acontecia na van. Enquanto eu contava, ele repetia o que eu dizia em mim. Me apalpava, passava a mão nos meus seios, tentava me beijar. Meus pais me ouviam gritar do corredor, em frente à sala. Vendo que eu não queria ficar com ele, ele me deu um soco no meu seio esquerdo. Até hoje tenho a marca. Meus pais não acreditaram quando contei, e continuei sendo obrigada a frequentar a igreja. Dois anos depois, fui morar lá por três meses. Mesmo eu tendo medo do pastor, ele vivia atrás de mim, me oferecia carros, bolsas caras, viagens para o exterior se eu topasse ficar com ele. Uma vez, ele foi ao meu quarto, de madrugada, e me chamou para ir dormir sozinha com ele na Fazenda Vida Renovada, que ele tem em Nova Iguaçu. Não aceitei. Durante um culto, ele me chamou de vagabunda, safada, na frente de todos os fiéis. Nunca mais voltei na igreja depois daquele dia. Até hoje tenho medo dele, que ele faça alguma coisa comigo.
A Corregedoria do Tribunal de Contas da Paraíba encaminhou à Procuradoria Geral da Justiça e à Procuradoria Geral do Estado, no primeiro quadrimestre de 2013, acórdãos para a cobrança judicial de valores que ultrapassam R$ 7 milhões. Os ofícios encaminhados, neste sentido, pelo Sistema Eletrônico do TCE somaram 563, sendo 166 para o primeiro dos dois organismos e 397 para o segundo.
O montante, divulgado pelo corregedor Fernando Catão na abertura da sessão plenária desta quarta-feira (8), decorreu de decisões do Tribunal Pleno e das duas Câmaras Deliberativas quando do julgamento de contas, contratos, convênios ou pagamentos irregulares ordenados por dirigentes de órgãos públicos sob jurisdição do TCE.
Os acórdãos remetidos à Procuradoria Geral do Estado, para a devolução de valores aos cofres públicos perfizeram o montante de R$ 976.638,24. No mesmo período, as remessas à Procuradoria Geral da Justiça – também para a cobrança executiva de débitos impostos pelo TCE a ordenadores de despesas públicas – atingiram R$ 6.124.217,31.
Vinte e sete municípios paraibanos estão com risco de epidemia de dengue. Segundo o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa), as cidades apresentam índice de infestação predial (IIP) acima de 3,9, a exemplo de Juripiranga (14,4); Barra de Santana e Ouro Velho (ambas com 12,2); Brejo dos Santos (11,5) e Araruna (11.1). O índice considerado satisfatório é menor que 1.
De 1º de janeiro a 27 de abril, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) notificou 3.878 casos suspeitos de dengue (mais de mil em apenas uma semana) e confirmou 1.034. O número de notificações é 13,82% maior que no mesmo período do ano passado. Já são quatro óbitos confirmados este ano.
“Quanto à circulação viral, temos isolamento do tipo 4 com resultado em dezembro. As amostras coletadas no mês de fevereiro e janeiro não deram resultado detectável. Estamos no aguardo, até a semana que vem, da análise de novas amostras”, lembrou Talita Tavares, gerente executiva de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O fato de algumas casas estarem fechadas tem atrapalhado a busca por informações precisas das cidades paraibanas. “Cabe a cada município buscar estratégias para minimizar essa situação, o que pode ser feito através do agendamento com os proprietários, imobiliárias e em outros horários”, explicou.
A gerente disse que o Estado está em alerta. “Estamos solicitando a implementação de todas as ações de campo para controle vetorial. O Estado disponibiliza o carro fumacê e bomba motorizada para aqueles municípios com alto índice de infestação predial, óbitos notificados, óbitos registrados e taxa de transmissibilidade da doença”, disse. Além disso, os municípios foram alertados que a rede assistencial deve estar preparada para atendimento e direcionamento dos casos suspeitos de dengue, evitando assim o óbito. O Liraa é realizado nos municípios com mais de 2 mil imóveis.
SMS acha focos em prédio fechado
Vários focos de dengue foram localizados no interior do antigo prédio do INSS, que fica na Avenida Duque de Caxias, no Centro da Capital. A constatação foi feita na última segunda-feira durante vistoria no edifício realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A iniciativa foi tomada a partir de uma reportagem publicada no último domingo, no Correio, que alertava para os riscos no local e em uma piscina abandonada, no bairro da Torre.
Durante a inspeção, a equipe especial, formada por cinco agentes comunitários de saúde, teve acesso à parte interna do prédio e se deparou com lixo acumulado, em sua maioria objetos de plástico que são potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypt. “Fomos em todos os andares, encontramos muitos focos e fizemos a aplicação de larvicida”, disse Nilton Guedes, gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses. Ele solicitou ao responsável pelo local que providencie a limpeza para não colocar em risco a saúde da população.
Na piscina, que fica por trás de um hospital em construção no bairro da Torre apesar do risco aparente, não havia larvas. Porém, por precaução, os agentes aplicaram o produto. A SMS está elaborando programação para iniciar uma série de visitas aos bairros da Capital. A data ainda não está definida.
Óbitos em 2013
1 João Pessoa - Paciente sexo masculino, 35 anos,morreu em 05/01/2013
2 Arara - Menina de 2 anos e 10 meses, morreu em 28/01/2013
3 Salgado de São Félix - Adolescente, sexo feminino, 14 anos, morreu em 11/02/2013
4 Pitimbu - Menino de 2 anos e 09 meses, morreu em 03/03/2013