Os
223 municípios paraibanos receberão R$ 2,3 bilhões de Fundo de
Participação dos Municípios (FPM) durante o ano de 2015, segundo
estimativa apresentada pela Secretaria do Tesouro Nacional, com base na
proposta orçamentária da União. Para todo o país, o valor total do
repasse deverá chegar a R$ 72 bilhões. Os valores são 9,51% superiores
ao que estava previsto na revisão do Orçamento Geral da União. A Capital
paraibana deve receber R$ 309 milhões do repasse.
O portal da Transparência Municipal (ATM) também divulgou previsão do
FPM para os dois primeiros meses de 2015. Segundo o levantamento, a
estimativa é de que sejam creditadas nas contas das prefeituras R$
421.779.770 nos meses de janeiro e fevereiro. Em janeiro, a estimativa
fica em R$ 192.593.501 e, no mês seguinte, em R$ 229.186.269. O repasse é
dividido em três decêndios, pagos sempre nos dias 10, 20 e 30 de cada
mês, ou no dia útil mais próximo a estas datas.
João Pessoa é o
município paraibana que recebe os maiores repasses do FPM, com R$
55.426.598. Em janeiro, tem a previsão de R$ 25.308.949 e, em fevereiro,
R$ 30.117.649. A segunda cidade com maior repasse é Campina Grande, com
um total de R$ 13.797.171, sendo R$ 6.300.078 em janeiro e R$ 7.497.093
em fevereiro. As outras cidades que lideram o ranking são Santa Rita
(R$ 6.772.689), Patos (R$ 6.020.168) e Bayeux (R$ 5.643.908).
Grupo de gestantes de curso no Hospital Maternidade Maria Amélia de Holanda - Antonio Scorza / O Globo
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RIO - Quando começou a acompanhar uma amiga ao obstetra,
Andrea Peil ouviu o que ele cobraria pelo parto, caso fosse normal: R$
18 mil. Ao engravidar, meses depois, mesmo tendo plano de saúde, Andrea
não teve dúvidas de que queria parto normal, mas sem pagar tanto. A
advogada Genilma Salles, grávida pela primeira vez aos 40 anos, ouviu
dos médicos de seu plano que o parto normal seria muito difícil. Para as
duas, a opção foi a mesma: buscar a rede pública.
Se o assunto é desigualdade na hora do nascimento, a
realização de cesarianas é um bom retrato da cidade. Na rede particular,
92,7% dos bebês deixaram a barriga da mãe graças à cirurgia. Na rede
pública, a taxa fica em 35,6% nos hospitais municipais e 32,5% nos
estaduais, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde para o
ano de 2012.
Em toda a cidade, a taxa de cesarianas em 2013 foi de
57,04%. Mas, na Rocinha, só 36,36% dos bebês nasceram por cesarianas,
enquanto em Botafogo a proporção foi de 74,74%, mostra a análise da ONG
Rio Como Vamos para os dados da Secretaria Municipal de Saúde em 2013.
Num caminho inverso ao de outros indicadores, como acesso ao pré-natal e
gravidez adolescente, a mais alta taxa de cesarianas aparece nas áreas
com melhores condições socioeconômicas.
Nas áreas pobres e na rede pública, o parto normal é mais
estimulado. Na rede privada, a opção pela cesariana, seja de médicos ou
pacientes, vem sendo quase automática, alerta Silvana Granado, uma das
coordenadoras da pesquisa “Nascer no Brasil”, realizada pela Escola
Nacional de Saúde Pública. O Brasil é hoje campeão mundial em
cesarianas, utilizadas em 56% dos partos em 2012. A taxa cai na rede
pública para 44,5% e sobe na rede privada para 89,4%. A Organização
Mundial da Saúde preconiza 15%. APOIO AO PARTO ATIVO
Num
movimento novo, mas persistente no Rio, mulheres de classe média ou mais
alternativas, mesmo com acesso ao plano de saúde, têm buscado a rede
pública para tentar um parto normal. E o destino delas é o Hospital
Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda, no centro do Rio. Parir na
Maria Amélia, como é chamado o hospital que homenageia a mãe de Chico
Buarque, virou opção para quem quer tentar o parto normal, com todas as
dores, mas também vantagens, que ele traz.
Usuária da Unimed, a advogada Genilma Salles chegou à Maria
Amélia, onde teve Bernardo, depois de passar pelo Ishtar, grupo de apoio
ao chamado parto ativo (que reduz a quantidade de intervenções
médicas). Não se arrependeu. Foi o mesmo caminho da empresária Aline
Siciliano, de 39 anos, moradora de Teresópolis. Ela passou por quatro
obstetras do plano no pré-natal e optou por uma médica particular no
Rio, mas seu plano Unimed só bancaria o hospital se o parto fosse nas
cidades serranas.
Ela teve Maria Clara na Maria Amélia, de parto normal. Não
se incomodou em ficar na enfermaria — cada uma tem lugar para quatro
mulheres com seus acompanhantes, além dos bebês. O hospital não tem
berçário. O bebê fica sempre com a mãe, a não ser em casos específicos,
em que precisa passar pela UTI neonatal.
A bióloga Ana Lúcia Baptista, doula (profissional que
auxilia mulheres na hora do parto) há dez anos e integrante do Ishtar,
diz que o grupo estimula a busca de evidências científicas sobre as
vantagens do parto normal. Segundo ela, quando a mulher se informa,
perde o medo e desiste da cesariana.
Para Andrea Peil, de 34 anos, optar pelo parto normal na
rede pública foi opção política, como forma de usar um serviço que o
cidadão financia com os impostos. Ela tem o plano do Exército, mas fez o
pré-natal e o parto de Gabriela na Maria Amélia e aprovou.
— A gente não tem que pagar nem para nascer nem para morrer. Foi opção política e não me arrependo — diz ela. HOSPITAL MARIA AMÉLIA É REFERÊNCIA
Na
Maria Amélia, o índice de cesarianas é de 28%%, informa o diretor
técnico, Wallace Mendes. Como a unidade é de referência, atende todo
tipo de paciente. Todas são convidadas a visitar a maternidade e
assistir a palestras sobre o parto. As participantes do projeto Cegonha
Carioca, criado em 2011 para elevar os índices de pré-natal e humanizar o
atendimento, recebem um kit de roupas e têm direito a acionar uma
ambulância na hora do parto. Segundo a Secretaria de Saúde, 130 mil mães
foram beneficiadas.
No ano passado, a maternidade Maria Amélia se envolveu numa
polêmica após a morte de cinco bebês. As famílias culparam o hospital e a
demora em fazer cesariana. O diretor técnico, Wallace Mendes, diz que
os casos foram isolados entre os 4.995 partos de 2013:
— A cesariana é necessária às vezes, salva mães e bebês, e
fazemos. Se a mãe insistir, faremos. Mas muitas mães já querem cesariana
porque têm medo. Quando se informam perdem o medo. Parto normal é mais
saudável para a mulher e o bebê, pois reduz infecções.
O presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do
Rio de Janeiro (Sgorj), Marcelo Burlá, considera inaceitável a taxa de
93% de cesarianas na rede particular do Rio, mas diz que a taxa de 15%
preconizada pela OMS está desatualizada, pois é de 1985. Ele afirma que
os médicos são normalmente os primeiros acusados pelo alto índice de
cesarianas, mas que a questão é complexa, pois em geral os profissionais
são mal remunerados pelos planos. Segundo Burlá, o médico recebe de R$
400 a R$ 800 por um trabalho de parto que pode durar 12 horas:
— É aviltante. A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar)
deveria fazer os planos de saúde pagarem mais. Com médico particular
não há dificuldade.
Em meio à polêmica, a doula Ana Lúcia Baptista, o presidente
da Sgorj e o diretor da maternidade Maria Amélia concordam num ponto: a
mulher tem direito de se informar sobre riscos e vantagens de cada tipo
de parto, normal ou cesariana, para escolher como quer dar à luz, desde
que não ponha em risco a saúde da criança nem a sua própria.
O homem que tentou assassinar João Paulo II, o turco Mehmet Ali Agca,
depositou neste sábado flores no túmulo daquele papa, 31 anos depois de
ter recebido a visita do antigo líder da Igreja Católica na prisão.
O
mais recente acto de contrição de Agca ocorreu exactamente 31 anos
depois de João Paulo II o ter visitado na prisão, em Roma, para o
perdoar pelo ataque a tiro, em 1981, que quase provocou a sua morte.
Agca,
que tinha então 23 anos, alvejou o papa duas vezes, a curta distância,
na Praça de São Pedro, com uma bala a atravessar o abdómen e outra a
passar junto ao coração.
O turco chegou hoje inesperadamente a Roma e apresentou-se na polícia declarando a sua intenção de depositar flores no túmulo.
"Senti necessidade de fazer este gesto", disse, de acordo com meios de comunicação italianos citados pela agência France-Presse.
Sob
uma discreta escolta policial, Agca foi filmado pela agência de
notícias ADNKronos a dizer uma oração ao lado do túmulo, após ter
depositado um ramo de rosas brancas.
"Milhares de agradecimentos,
Santidade", afirmou, em italiano, acrescentando: "Este é um milagre que
continua. O mistério de Fátima continua. Vida longa a Jesus Cristo".
Agca
pediu um encontro com o Papa Francisco quando o pontífice visitou a
Turquia, no mês passado, o que foi recusado, tal como um pedido recente
para uma audiência em Roma.
"Ele colocou flores no túmulo de João
Paulo II. Penso que é suficiente", disse o porta-voz do Papa, Federico
Lombardi, ao jornal italiano La Repubblica.
O motivo para
o ataque de Agca, que passou quase três décadas em prisões em Itália e
na Turquia e tem problemas mentais, permanece um mistério. Inicialmente,
o homem testemunhou ter actuado sozinho, mas depois afirmou que os
serviços secretos da Bulgária e da União Soviética haviam orquestrado a
tentativa de homicídio do Papa polaco, devido às suas posições
anticomunistas.
A crença do Papa na intercessão de Nossa Senhora
de Fátima na recuperação do atentado e a beatificação dos Pastorinhos
marcam os 25 anos do pontificado de João Paulo II, que manifestou, por
diversas vezes, a sua fé e devoção mariana.
Em Junho de 2000, a
revelação da ligação do atentado de 1981 à terceira parte do segredo de
Fátima (escrita por Lúcia na década de 1940, aludindo ao que os
pastorinhos afirmaram ter ouvido de Nossa Senhora em Julho de 1917)
justifica, para os católicos, a razão desta cumplicidade entre o
pontífice e o santuário de Fátima.
Nesse texto, escrito pela
vidente e conhecida pelos papas sucessivos, é abordada a figura de um
"bispo vestido de branco" entre os mártires da fé e que se deteve no
limiar da morte, graças à "mão materna que desviou a trajectória da
bala".
A identificação desta imagem com a do bispo caído por terra
no atentado de 1981 foi feita pela hierarquia e pelos católicos, que
consagraram João Paulo II como o Papa de Fátima.
O segredo liga os
acontecimentos de Fátima à figura papal, o "bispo de branco" atingido
pela bala de Ali Agca, em 13 de Maio de 1981, exactamente 64 anos depois
de três pastorinhos analfabetos na Cova da Iria terem relatado a
aparição de Nossa Senhora.
Três viagens ao altar de Portugal
selaram esse compromisso de um Papa que viveu intensamente a devoção
mariana, a quem entregou a bala que quase o vitimou, e que se encontra
incrustada na imagem de Nossa Senhora na Capelinha das Aparições.
Um potente telescópio de raio-x inicialmente construído para
observar galáxias distantes e buracos negros está sendo usado para
estudar o Sol.
Uma primeira imagem feita pelo aparelho (na foto) impressionou
cientistas, que agora acreditam que ele pode ajudá-los a resolver uma
série de questões relativas à física solar.
Colocado em órbita em 2012 pela Nasa, o telescópio Nustar consegue
observar regiões distantes do universo ao captar raios-x de alta
energia.
Recentemente, por exemplo, ele foi usado para permitir que cientistas medissem a velocidade de rotação de buracos negros.
"No começo eu pensei que essa ideia era uma loucura", diz a
investigadora-chefe da missão, Fiona Harrison, do Instituto de
Tecnologia da Califórnia, comentando o uso do Nustar em estudos sobre o
Sol.
"Por que usaríamos um dos telescópios de raio-x de alta energia mais
sensíveis já construídos para observar algo em nosso próprio quintal?"
Harrisson acabou sendo convencida a mudar o foco do telescópio por
Daviid Smith, pesquisador especializado em física solar da Universidade
da Califórnia.
"O Nustar nos dará uma visão única do Sol - desde suas partes mais
profundas até as altas camadas de sua atmosfera", diz Smith. Segundo
ele, isso será possível porque nos raios-X de alta energia que o Nustar
consegue captar, o sol não brilha tanto como em outros comprimentos de
onda de radiação.
O brilho é o que impede outros telescópios de raio-x, como o Chandra, também da Nasa, de fazerem boas imagens do astro.
Entre os mistérios que os pesquisadores esperam poder solucionar com
ajuda do Nustar está a existência - ou não - das nano-emissões solares.
Alguns especialistas acreditam que são essas micro emissões que explicam
por que a atmosfera solar é muito mais quente que a superfície do Sol.
Inicialmente, a missão do Nustar estava prevista para terminar em 2014, mas ela foi estendida em dois anos.
Além de observar o Sol, os pesquisadores esperam usar esse tempo extra
para continuar estudando os buracos negros e as supernovas - corpos
celestes que resultam da explosão de estrelas.
* Por Celina Keppeler
É, ainda não descobri quem não anda reclamando da vida ultimamente. E a
notícia a seguir é pra provar, mais uma vez, que ninguém escapa da
crise.
A editora Abril está cogitando “cancelar” a publicação da Playboy.
Sim, leitores da revista, ela poderá morrer de vez já no próximo ano,
já que nem as vendas, nem as assinaturas, estão compensando mantê-la em
pé.
outra revista da editora, a Men’s Health já está com morte certa
anunciada até a metade do ano. As assinaturas começaram a ser canceladas
e a plataforma virtual será vendida.
O esquema com a Playboy só não é certo ainda porque a versão rica da
revista, a Playboy americana, tá pensando em dar uma injeção de ânimo
($$) na prima pobre.
É, as piriguetes de plantão que ainda sonham em exibir suas curvas nas
páginas da publicação e ainda ganhar alguma fama com isso têm que se
apressar, né?