O orçamento dos paraibanos terá mais dois
reajustes este mês. Já está em vigor o aumento médio de 1,12% do Gás
Natural comercializado pela Companhia Paraibana de Gás (PBGás) e, a
partir de segunda-feira, o gás de cozinha (GLP) estará 12% mais caro. A
alta do Gás Natural representa o repasse do aumento de 1,59% da
Petrobras. Já a mudança do gás de cozinha está ligada ao aumento das
distribuidoras em 9,7%.
O custo médio do botijão de gás de cozinha (13 kg) no Estado é R$
40,00 e com o reajuste o novo valor ficará em cerca de R$ 45,00. “O dia
1º de setembro é a data base do dissídio coletivo das distribuidoras,
cuja alta este ano foi de 9,7%. Então estamos repassando este aumento.
Apenas 2,3% é para cobrir uma parte mínima das despesas da parte
operacional das revendas, que inclui gasto como folha de empregados e
despesa com combustível”, afirmou o presidente do Sindicato dos
Revendedores de Gás GLP da Paraíba (Sinregás-PB), Marcos Antônio
Bezerra.
Segundo Marcos Antonio Bezerra, mensalmente são vendidos 600 mil
botijões de gás de cozinha no Estado e no total existem 1.200 pontos de
vendas legalizados, 300 deles somente na capital paraibana. O
Sinregás-PB informou que o reajuste aplicado pelas distribuidoras tem a
finalidade de cobrir os custos operacionais das empresas, que sofre o
impacto da inflação acumulada nos últimos 12 meses e das despesas com
folha de pagamento dos funcionários, em função do dissídio coletivo da
categoria.
Marcos Antônio Bezerra, explicou que apesar do aumento, o valor do
gás de cozinha vendido na Paraíba é o menor do Brasil, porque os
revendedores vêm absorvendo parte dos custos ao longo dos anos para
evitar o repasse de um reajuste maior para o consumidor final.
Ele lembrou que o percentual do último aumento anual, também aplicado
pelas distribuidoras, foi de 9,7% em setembro do ano passado. "Como
revendedores, torcemos para que a Petrobras consiga manter a
estabilidade dos preços nos próximos meses. Mas, sabemos que tudo
depende de vários aspectos ligados à questão da economia do país”,
afirmou Marcos Antônio.
A direção do Sinregás orienta que o cidadão exija no momento da
compra, o cupom fiscal. “Esse é um mecanismo de defesa do consumidor,
pois através desse documento, ele tem assegurado o cumprimento dos
direitos previstos em lei”, complementou Marcos Antônio.
REAJUSTES TAMBÉM PARA AS INDÚSTRIAS
A alteração do preço do Gás Natural foi publicada ontem no Diário
Oficial do Estado e atinge o Gás Natural Veicular (1,26%), Gás Natural
Comprimido (1,36%) e o segmento industrial (0,64%). O aumento não atinge
as áreas comerciais nem residenciais.
Atualmente há posto de combustível que cobra R$ 1,85 pelo metro
cúbico do GNV. Para abastecer um automóvel com um cilindro de 16 metros
cúbicos gasta-se R$ 29,60. Com o aumento, o valor do metro cúbico passa
para R$ 1,87 e a despesa total sobe para cerca de R$ 30,00.
De acordo com o gerente de tarifas e preços da PBGás, Ricardo Vieira,
o reajuste para os segmentos comerciais e residenciais são anuais. O
próximo irá ocorrer em novembro deste ano. “A mudança de preço
representa o repasse do aumento da Petrobras que ocorre trimestralmente.
Este último ocorreu no dia 1º de agosto e foi de 1,59%”, explicou
Ricardo Vieira.
jornaldaparaiba.com
Os únicos resultados de testes
clínicos feitos até agora com a droga experimental ZMapp, cuja
finalidade é combater a infecção pelo vírus ebola, mostram que ela teve
100% de eficácia em macacos, mesmo em casos avançados de infecção.
Os pesquisadores responsáveis pelo estudo, cujos
detalhes foram divulgados na revista +++Nature, disseram que se trata
de "um importante passo adiante". Eles agora querem iniciar testes
clínicos em pessoas para entender melhor os efeitos da droga.O ZMapp ainda está em estágio inicial de desenvolvimento. Até agora, não havia dados sobre sua eficácia.
Médicos vêm recorrendo a ele - mesmo sem que ele tenha recebido aprovação para uso em pessoas - pelo fato de o ebola não ter cura. A doença matou mais de 1,5 mil pessoas na atual epidemia, iniciada na Guiné, no oeste da África.
No entanto, mesmo que a eficácia do remédio em humanos seja comprovada, os limitados suprimentos da droga não serão capazes de ajudar as 20 mil pessoas que, segundo estimativas, ainda devem ser infectadas na atual epidemia no oeste da África.
Além disso, sabe-se que duas em cada sete pessoas que já receberam o medicamento acabaram morrendo em decorrência do vírus.
Anticorpos
Pesquisadores têm investigado diferentes combinações de anticorpos como terapia contra a doença.Combinações prévias obtiveram algum sucesso em estudos com animais. E o ZMapp é o coquetel mais recente, contendo três anticorpos.
Os testes desse coquetel, feitos em 18 macacos infectados com o ebola, mostraram que 100% deles sobreviveram - inclusive animais que receberam a droga até cinco dias após a infecção, ou seja, já em estado avançado da doença e três dias antes de ela se tornar fatal nos animais.
Os cientistas dizem que trata-se de um feito significativo, já que medicamentos prévios só serviam se fossem ingeridos antes mesmo que os sintomas surgissem.
Um dos pesquisadores, Gary Kobinger, da Agência de Saúde Pública do Canadá, disse que esse é um grande avanço em relação a combinações prévias de anticorpos.
"O nível de avanço superou minhas próprias expectativas e me surpreendi com o fato de (o coquetel) resgatar animais até o quinto dia (de infecção); é uma notícia fantástica", diz ele.
No entanto, cientistas costumam ser cautelosos quanto a interpretar implicações para humanos de testes animais.
Um médico liberiano e um padre espanhol morreram de ebola, mesmo sendo tratados com o ZMapp. Em contrapartida, dois médicos americanos que se conseguiram se recuperar também receberam o ZMapp.
O curso da infecção é mais lento em humanos do que nos macacos. Por isso, estima-se que o ZMapp só seja eficaz em humanos se ingerido até o nono ou 11º dia da infecção.
Mas, segundo Kobinger, "sabemos que há um ponto sem volta, em que os órgãos principais do corpo sofrem muitos danos, então há um limite (ao medicamento)".
Testes em humanos
O virólogo britânico Jonathan Ball, da Universidade de Nottingham, comentou o resultado da pesquisa dizendo que, antes dela, "o ZMapp era um mistério total"."Trata-se de uma melhora incrível quanto aos coquetéis prévios - 100% de sucesso e, sobretudo, após os primeiros sintomas da infecção", agrega ele.
O professor Peter Piot, diretor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, afirmou nunca ter imaginado, "40 anos após eu ter me deparado com minha primeira epidemia de ebola, que a doença continuaria a provocar mortes em uma escala tão devastadora".
"Esse bom teste em não-humanos oferece a evidência mais convincente até agora de que o ZMapp pode ser um tratamento efetivo às infecções de ebola em humanos", afirma. "É crucial que testes em humanos comecem o mais rápido possível."
.bbc.co.uk