Numa carta enviada aos líderes dos 18 países mais a Este da Europa, e divulgada quinta-feira pelo Kremlin, o Presidente russo insta os responsáveis a canalizar para a Rússia os milhares de milhões que a comunidade internacional planeia emprestar à Ucrânia (15 mil milhões de dólares ou cerca de 10,8 mil milhões de euros) através do Fundo Monetário Internacional.
A mensagem de Vladimir Putin é clara: Ou a União Europeia paga a conta de gás de Kiev ou pode ter de enfrentar uma interrupção do seu próprio fornecimento de gás natural.
O Departamento de Estado norte-americano já condenou o classifica como "os esforços da Rússia para usar a energia como instrumento de coerção contra a Ucrânia".
Na carta, Putin alega que a  conta que Ucrânia tem por pagar ascede a 17 mil milhões de dólares, devido ao fim dos descontos, a que poderão acrescer outros 18,4 mil milhões de multa.
Entre os destinatários da missiva contam-se os líderes da Sérvia e da Bulgária, por exemplo, que dependem a 90% da Rússia para o fornecimento de gás.