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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Momento " oh lá em casa " do dia

babes in bikinis girls 4 Its cold outside, but Im still dreaming of bikinis (52 Photos)

Delegacia registra ocorrência de estupro “por pensamento”


Um boletim de ocorrência inusitado consta nos arquivos da Polícia Civil de São Paulo: uma mulher afirmou ter sido estuprada "por pensamento" por dois homens. A ocorrência foi registrada na 3a Delegacia de Defesa da Mulher, na Zona Oeste da capital paulista. O caso ocorreu em 18 de maio de 2011 e vazou na Internet, repercutindo nas redes sociais (foto abaixo).

Segundo a denunciante, os dois homens "a forçavam a manter ato sexual com eles por pensamento". A mulher havia procurado a Polícia Federal, mas foi aconselhada a procurar o departamento de polícia especializado em crimes contra a mulher.

Na queixa, ela relata que os dois homens a forçam a manter relações sexuais contra a vontade dela. Segundo o depoimento, "nenhum deles é carinhoso" e a mulher afirmou sempre tomar anticoncepcionais "para não engravidar".

Os policiais registraram a queixa e encaminharam a mulher para realizar exames psicológicos. Não se sabe do resultado dos exames e onde a mulher se encontra atualmente. O boletim não gerou nenhum efeito e provavelmente foi registrado para preservar os acusados.
 
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cariri ligado

Governo publica decreto que desonera redes de banda larga


A Presidência da República publicou hoje (18) – no Diário Oficial da União – decreto que regulamenta o regime especial de tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação de Redes de Telecomunicações (REPNBL-Redes).
O plano quer "reduzir as diferenças regionais; modernizar as redes de telecomunicações e elevar os padrões de qualidade propiciados aos usuários e massificar o acesso às redes e aos serviços de telecomunicações que suportam acesso à internet em banda larga".
De acordo com o decreto, os benefícios decorrentes do regime especial valem para operações realizadas entre a data de habilitação e o final de dezembro de 2016 – período que inclui a Copa das Confederações, marcada para junho de 2013; a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016.
Para a pessoa jurídica beneficiária do REPNBL-Redes, fica suspensa a contribuição do PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), além do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre máquinas, equipamentos e materiais de construção de obras civis de projetos envolvidos no plano.
As redes de telecomunicações que queiram se beneficiar dos incentivos tributários devem apresentar os projetos ao Ministério das Comunicações até 30 de junho.  
jb.com

Internacional – Jornalistas da BBC entram em greve contra demissões


Jornalistas da BBC lutam pelos empregos
Jornalistas da BBC lutam pelos empregos

Os jornalistas da BBC iniciaram hoje às 00:00 uma greve de 24 horas para protestar contra os despedimentos que poderá causar interrupções nas emissões de rádio e televisão do canal britânico.
A greve foi convocada pela União Nacional de Jornalistas depois do fracasso  das negociações para a que 30 funcionários não sejam demitidos demitidos; nove da BBC Scotland  e os restantes dos canais e estações Five Live, Asian Network e World Service.
De acordo com a secretária-geral do sindicato, Michele Stanistreet,  “os membros da União agem para defender os empregos e um jornalismo de qualidade  no grupo”.
“Estão chateados e frustrados pelas decisões lamentáveis tomadas pela  administração da BBC — as decisões que fazem com que os jornalistas sejam  forçados a deixar o seu emprego e o jornalismo e a programação de qualidade  estejam comprometidas”, acrescentou.
Um porta-voz da BBC declarou que o grupo compreende “como situações  que implicam despedimentos podem ser frustrantes e difíceis”, mas que a  empresa está desiludida com a greve, uma vez que envidou todos os esforços  para maximizar a reafetação e o diálogo com os sindicatos.
De acordo com a União Nacional de Jornalistas, a BBC perdeu 7.000 empregos  desde 2004. O sindicato exige uma moratória de seis meses para as demissões.
Cerca de dois mil postos de trabalho deverão ser cortados na BBC até  2017 e a programação do canal público revista no âmbito de um programa de  redução de custos.
Com informações da sicnoticias.sapo.pt 
portalbraganca

Bom desempenho da economia no Equador favorece reeleição de Rafael Correa Medo da instabilidade do passado pesou sobre o segundo candidato presidencial mais votado: o ex-banqueiro Guillermo Lasso


Rafael Correa foi reeleito presidente do Equador no primeiro turno das eleições presidenciais
Agência Ansa
Rafael Correa foi reeleito presidente do Equador no primeiro turno das eleições presidenciais
O bom desempenho da economia favoreceu o presidente do Equador, Rafael Correa, que foi reeleito no último domingo (17) para o terceiro mandato consecutivo. Agora, o maior desafio é  garantir a entrada de divisas estrangeiras para sustentar a moeda (o dólar norte-americano) e, ao mesmo tempo, continuar investindo em programas sociais, sem se endividar.
“A economia equatoriana cresceu, em media, 4% ao ano desde que Correa assumiu, em 2007. E este ano deve continuar crescendo”, disse o economista Pablo Davalos. “O problema é que nossa produção não aumenta tanto quanto o consumo e isso coloca em risco nosso modelo de economia dolarizada. Não podemos esquecer o que aconteceu com a Argentina, que se viu obrigada a abandonar uma década de paridade do peso com o dólar em 2001”. Segundo ele, o Equador vai ser obrigado a rever seu modelo em breve.
Os equatorianos ainda se lembram da própria crise de 1999, que resultou no fechamento de 75 dos 100 bancos do país. Na tentativa de salvar as instituições financeiras, o governo decretou o “feriado bancário”, congelando depósitos e poupanças, além de desvalorizar o sucre.  Sem ter como controlar a inflação, o Equador acabou trocando o sucre pelo dólar norte-americano em 2000.
O medo da instabilidade do passado pesou sobre o segundo candidato presidencial mais votado: o ex-banqueiro Guillermo Lasso. Em 1999, ele foi superministro da Economia do governo de Jamil Mahuad poucos meses depois do “feriado bancário” e passou boa parte da campanha explicando que não eraresponsável pelo congelamento dos depósitos bancários.
“Correa é responsável pela estabilidade política: de 1996 até a posse dele, em 2007, nenhum presidente terminou o mandato de quatro anos. Mas o responsável pela estabilidade econômica é o dólar”, disse Davalos. Os altos preços das commodities também beneficiaram o Equador, cuja economia depende da venda de produtos primários – principalmente do petróleo, que representa metade das exportações anuais de US$ 24 bilhões.
Analistas políticos e até mesmo críticos de Correa concordam que ele teve o mérito de rejeitar as receitas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de promover o crescimento econômico, investindo na inclusão social. A pobreza, que em 1999 afetava 80% da população, foi reduzida para 30% no ano passado. E o Produto Interno Bruto (PIB) por habitante aumentou de US$ 1,6 mil para US$ 5 mil. Ao mesmo tempo, ele aumentou de maneira significativa os gastos em obras de infraestrutura, educação e saúde. Segundo o economista e ex-ministro da Economia de Correa, Fausto Ortiz, falta, no entanto, ao país uma política para atrair investimentos estrangeiros e nacionais, para financiar os gastos públicos.
“Setenta por cento dos investimentos no Equador são do setor público. Temos que ter cuidado para não depender exclusivamente das exportações de petróleo porque qualquer oscilação no preço pode colocar em risco nossa economia dolarizada”, disse Ortiz.  A adoção do dólar como moeda local também provocou distorções na economia: muitos produtores passaram a importar porque sai mais barato. “Das 500 empresas que temos aqui, 250 estão dedicadas ao comércio”, disse Davalos. 
panoramabrasil

Pernambucana de 31 anos é 'campeã' de doação de leite materno Michele Maximino conseguiu acumular 9,5 litros de leite em três dias. Produção excedente está sendo recebida por maternidade do Recife.


Enquanto Michele Maximino amamenta a filha, técnica extrai leite do outro seio (Foto: Ederval Trajano / Acervo pessoal)Enquanto Michele Maximino amamenta a filha, técnica extrai leite do outro seio (Foto: Ederval Trajano / Acervo pessoal)
Em Quipapá, cidade da Mata Sul pernambucana a aproximadamente 180 quilômetros doRecife, a unidade municipal de saúde não dispõe de um local apropriado para receber e manter doações de leite materno. Sem ter o que fazer com o excedente, a técnica em enfermagem Michele Maximino, 31 anos, desprezava o leite que sobrava após amamentar a filha Mariana, de 7 meses. No Recife para brincar o carnaval, ela resolveu procurar um banco de leite da capital depois da folia, o que acabou acontecendo na quinta-feira (14). Segundo o marido, em apenas três dias, ela acumulou nove litros e meio e deixou de boca aberta os funcionários do Instituto Materno Infantil de Pernambuco (Imip) que, infelizmente, não puderam receber a doação, porque o leite estava acondicionado inadequadamente.
Surpresos com a quantidade e com a facilidade da mulher para doar, os funcionários do banco de leite a orientaram sobre a higienização dos seios e dos vasilhames que vão receber o material. Na primeira ordenha na unidade de saúde, Michele conseguiu doar 1,3 litro, de acordo com o marido dela, Ederval Trajano. “Michele sempre teve essa quantidade de leite, a gente nunca procurou saber se era muito ou pouco. O pessoal do Imip ficou abismado mas, para nós, foi uma coisa normal”, conta. O marido lembra que, no mesmo dia, Michele voltou ao Imip e doou mais 680ml. Ainda na quinta-feira, mas em casa, ela guardou mais 700ml em dois vasilhames.
“São situações especiais em que algumas mulheres têm uma hiperprodução de leite. No caso de Michele, ela está amamentando muito bem a filha, e consegue fazer uma ordenha com muita facilidade. O normal em cada ordenha é algo em torno de 200ml, às vezes até menos. Quando conseguimos 200ml, a gente faz uma festa”, conta a nutricionista Tereza Freire, coordenadora do banco de leite da maternidade municipal Bandeira Filho, no Recife, que agora está atendendo Michele.
Enquanto Michele Maximino amamenta a filha, técnica extrai leite do outro seio (Foto: Ederval Trajano / Acervo pessoal)Michele Maximino conseguiu doar 1,5 litro de leite
materno, em uma ordenha só
(Foto: Ederval Trajano / Acervo pessoal)
Na primeira doação que fez na maternidade, sexta-feira (15) passada, Michele conseguiu doar 1.540ml. “O leite dela flui com muita facilidade. Ainda paramos de ordenhar um dos seios porque a neném acordou e quis mamar. Ou seja, Michele produziu mais do que um litro e meio”, ressalta Tereza. Na tarde da sexta, Ederval Trajano lembra que a mulher doou mais 800ml e, durante este final de semana, já há seis frascos – cada um com 350ml – cheios de leite, esperando o momento de serem levados para o banco da maternidade, na segunda-feira.
A filha do casal, Mariana, nasceu em junho do ano passado, prematura de sete meses. “Ela nasceu em Caruaru [no Agreste] e a previsão era passar entre 40 e 50 dias na UTI, mas passou somente 17, por causa do leite materno”, diz o orgulhoso pai. Trajano conta que eles estão começando a incrementar a alimentação da menina, incluindo frutas e outros itens nas refeições, mas admite que está sendo difícil tirá-la do peito. “Ela é um bebê saudável e está muito habituada ao leite materno”, afirma.
Mariana é a terceira filha de Michele. Além da menina, com Ederval ela também tem Gabriel, de 2 anos. Do primeiro casamento nasceu Richard, que hoje tem 13 anos. Na lembrança do marido, a abundância de leite também aconteceu após o parto de Gabriel. “Ela amamentava umas cinco crianças que moravam perto de nós”, conta. 
globo.com

Tiririca vai lançar disco com músicas sobre rotina no Congresso "Estou no Poder" e "Agora Estou Podendo" são algumas das faixas



Divulgação
Tiririca disse que está desiludido com a política
O deputado federal Tiririca (PR-SP) finalizou, no começo do ano, um novo disco, após 14 anos sem lançar nenhum trabalho musical. "Tiririca Direto De Brasília" vai trazer, na capa, o palhaço ao lado de uma Brasília, carro da Volkswagen já extinto.

Gravado no fim do ano em Fortaleza, o disco traz a música "Estou no Poder, Agora Estou Podendo", onde o cantor descreve sua rotina no Congresso Nacional.

Deputado mais votado no país em 2010, Tiririca já havia sinalizado, no começo deste mês, que estava desiludido com a política e que não pretende mais disputar eleições. "Eu sou artista popular. Aqui me prende muito. A procura pelos shows é enorme e não dá para fazer", afirmou ao jornal "Folha de S. Paulo".

Ainda não há informações sobre quando o trabalho chegará às lojas. 

portal correio

Fantástico denuncia a facilidade na compra de explosivos para roubar caixas eletrônicos na PB


Fantástico denuncia a facilidade na compra de explosivos para roubar caixas eletrônicos na PB

 Uma reportagem veiculada no programa Fantástico, da Rede Globo, na noite desse domingo (17) denunciou a facilidade de comprar explosivos no Brasil, que servem para arrombar e roubar caixas eletrônicos no Estado. Entre os Estados do país, a Paraíba é citada como destaque dessa facilidade.Os bandidos tem um acesso fácil junto a garimpos e pedreiras. Um deles chega a oferecer 25kg de explosivo por R$ 260.


LEIA O TRECHO QUE DESTACA A PARAÍBA


No Brasil, os bandidos também buscam explosivos em pedreiras, garimpos e obras. Em uma região mineradora no interior da Paraíba, um garimpeiro oferece uma grande quantidade de explosivos.

- Aquela quantidade que o senhor tem lá é 25 quilos?  

- 25 quilos.  

- Esses 25, o senhor faz por quanto?  

- R$ 260  

- E o senhor acha que isso dá para cem explosões?  

- Nessa faixa. Com o único banco destruído, as vendas no comércio de lagoa seca despencaram, como diz um lojista que não quer ser identificado: “O comércio teve uma queda de 80%, está praticamente parado”.  

Em outra cidade paraibana, o ataque aconteceu na agência, que fica ao lado da Câmara de Vereadores e em frente ao fórum. Os bandidos entraram no banco de madrugada. A explosão foi tão forte que destruiu até o telhado da agência e abriu rachaduras no prédio vizinho.  

“A explosão parecia que era dentro de casa. Parecia que tinha derrubado a casa”, conta uma moradora.  

“O pessoal sentiu um medo muito forte. Teve gente que pensou que era o fim do mundo, estavam dizendo que o mundo ia acabar”, diz outro morador.  

No início deste mês, uma quadrilha usou um homem-bomba para roubar dinheiro de um carro-forte na capital paraibana. Segundo a polícia, os bandidos invadiram a casa de um motorista da empresa proprietária do carro-forte. Tomaram a família como refém. Em seguida, prenderam explosivos no corpo dele e fotografaram tudo.  

Ele saiu sozinho para trabalhar, levando um telefone celular dado pelos bandidos. Enquanto a família estava em poder da quadrilha, ele foi obrigado a informar pelo telefone quando haveria o transporte de uma grande quantidade de dinheiro.  



LEIA A REPORTAGEM NA ÍNTEGRA



Quadrilhas compram explosivos com facilidade no Brasil e Paraguai



Durante um mês, o Fantástico seguiu os passos das quadrilhas que compram dinamite para explodir caixas eletrônicos.  

A cena é impressionante, e ocorre em quase todo o Brasil. Para entrar na agência bancária que está fechada, bandidos usam um machado ou um pé de cabra. Qualquer pessoa que esteja por perto pode virar refém, até mesmo policiais.  

Dentro da agência, os criminosos golpeiam os caixas eletrônicos. O que eles querem é abrir espaço pra colocar dinamite dentro das máquinas.  

As explosões destroem não só os caixas, mas a agência toda. Colocam em risco prédios vizinhos e aterrorizam cidades inteiras.  

Quase sempre são municípios onde os poucos policiais não têm equipamentos para enfrentar as quadrilhas fortemente armadas, como conta um PM que não quer ser identificado: “Estava sozinho com uma pistola somente, e eles estavam em torno de oito armados com fuzil de grosso calibre”.  

Os bandidos também atacam os cofres de pedágios, empresas e até prefeituras. A guerra começa com o comércio clandestino e o roubo de explosivos  

Em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia na fronteira com o Mato Grosso do Sul, o Fantástico localizou vendedores de explosivos, que negociam bananas de dinamite tranquilamente, à luz do dia.  

- O que você precisa?  

- Quero dinamite.  

- Tem, tem?  

- Boa, boa. Que funcione.  

- Tem, tem.  

O preço de cada banana: R$ 400 reais. O homem diz que fornece explosivos para quadrilhas brasileiras:  

- Vem um cara que vem sempre direto comprar com a gente aqui. Ele só leva dois, três, para explodir caixa eletrônico. Ele é de Mato Grosso.  

Segundo a Polícia Civil, no ano passado, Mato Grosso teve 66 assaltos a banco, e em 58 deles foram usados explosivos. Em geral, os alvos são os caixas eletrônicos.  

A diferença em Aral Moreira, na fronteira com o Paraguai, é que os bandidos não queriam os caixas eletrônicos. Eles estavam atrás do cofre principal, que ficava na tesouraria do banco. Eles levaram quase R$ 500 mil em dinheiro.  

O assalto foi no fim do ano passado. Antes de explodir a agência bancária, os bandidos invadiram o posto da PM e renderam o único policial que estava de serviço.  

“Eu estava na sala de espera, sentado, sozinho, de repente chegou um cidadão com um fuzil. Surgiu do nada. Surgiu um, surgiu outro e foi surgindo. Foram os quatro ou cinco elementos que entraram e chegaram me espancando. Foi muito chute e coronhada de arma longa. Fui obrigado a mostrar onde estavam as armas, o colete que a gente tinha. Todos os material bélico que a gente tinha levaram”, conta.  

A quadrilha roubou ainda o carro da PM e levou o policial como refém. “Abriram o compartimento de preso, me puseram dentro e falou assim: ‘Agora vamos para o banco’.  

Um segundo carro deu cobertura à ação. O ataque à agência foi gravado pelas câmeras de segurança. Os bandidos precisaram de menos de um minuto para quebrar a porta da agência, preparar a explosão, recolher o dinheiro e fugir.  

O policial ficou cerca de duas horas e meia como refém, até finalmente ser solto. “Achei que ia morrer”, diz.  

Em Cotiporã, interior do Rio Grande do Sul, imagens mostram um assalto a uma fábrica de joias, no fim do ano passado. Foram dez explosões. Na fuga, os nove bandidos usaram três carros, levando dez reféns.  

Uma patrulha com quatro policiais militares interceptou a quadrilha. Um policial foi atingido. Durante 40 minutos houve troca de tiros e tentativas de negociação para a libertação dos reféns.  

“Gritavam para nós: ‘Entregue a arma de vocês. Pegue a viaturinha de vocês e vão embora, que nós prometemos deixar vocês vivo’. Os reféns estavam em pânico, então nós tínhamos que manter a calma, e tentar manter os reféns calmos também, para uma boa atuação”, diz um policial militar.  

“Foi muito tiro, foi muito forte. Teve uma hora que eu achei que ia morrer, porque o tiro foi muito perto. Teve um momento que eu fiquei surdo, não ouvi mais nada”, conta um refém.  

Nenhum refém ficou ferido. Seis bandidos conseguiram escapar e três morreram no local. Entre eles, Elisandro Falcão, responsável por 15 assaltos com explosivos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Segundo a polícia, Falcão chegou a comprar uma pedreira.  

“É uma pedreira adquirida pelo Falcão. Alguns meses atrás, com o objetivo de possibilitar que a quadrilha adquirisse legalmente explosivos. Era um centro de treinamento da quadrilha. Segundo vizinhos, eles ouviam explosão, certamente testando quantidade de explosivos, coisas desse tipo”, diz Juliano Ferreira, delegado da Polícia Civil do Rio Grande do Sul.  

Imagens mostram a prisão de Dênis Martins Fernandes, que era comparsa do Falcão. Segundo a polícia, essa quadrilha é a responsável pelos assaltos que você viu no início da reportagem.  

Durante as investigações, escutas feitas pela polícia de Santa Catarina e autorizadas pela Justiça mostram Dênis relatando a quantidade de dinamite usada na explosão da agência na cidade de Sombrio, interior do estado: “Devem ter usado dois e meio. Prejudicou um pouquinho só dentro, um pouquinho. Abriu daquele jeito”.  

Os bandidos não sabem calcular a quantidade de explosivos. Por isso, muitas vezes acabam destruindo a agência toda. No Paraguai, o repórter Giovani Grizotti negocia com um vendedor clandestino em Ciudad del Este. O vendedor explica que a quantidade depende do tipo de assalto:  

- Tem umas que já vêm preparadas para estourar uma casa ou ônibus. Tem umas que já vêm preparadas para caixa eletrônico. R$ 500 reais com o pavio.  

Na mesma cidade paraguaia, outro vendedor diz que consegue dinamite porque o irmão trabalha em uma pedreira, conhecida como ‘cantera’:  

- Quanto sai?  

- Esse está caro, meu irmão: US$ 150 dólares cada uma.  

- Cada banana?  

- Sim. Você não vai conseguir em qualquer lugar. Eu tenho meu irmão que trabalha na ‘cantera’.  


  No Brasil, os bandidos também buscam explosivos em pedreiras, garimpos e obras. Em uma região mineradora no interior da Paraíba, um garimpeiro oferece uma grande quantidade de explosivos. 

- Aquela quantidade que o senhor tem lá é 25 quilos? 

- 25 quilos. 

- Esses 25, o senhor faz por quanto? 

- R$ 260 

- E o senhor acha que isso dá para cem explosões? 

- Nessa faixa. 

Com o único banco destruído, as vendas no comércio de lagoa seca despencaram, como diz um lojista que não quer ser identificado: “O comércio teve uma queda de 80%, está praticamente parado”. 

Em outra cidade paraibana, o ataque aconteceu na agência, que fica ao lado da Câmara de Vereadores e em frente ao fórum. Os bandidos entraram no banco de madrugada. A explosão foi tão forte que destruiu até o telhado da agência e abriu rachaduras no prédio vizinho. 

“A explosão parecia que era dentro de casa. Parecia que tinha derrubado a casa”, conta uma moradora. 

“O pessoal sentiu um medo muito forte. Teve gente que pensou que era o fim do mundo, estavam dizendo que o mundo ia acabar”, diz outro morador. 

No início deste mês, uma quadrilha usou um homem-bomba para roubar dinheiro de um carro-forte na capital paraibana. Segundo a polícia, os bandidos invadiram a casa de um motorista da empresa proprietária do carro-forte. Tomaram a família como refém. Em seguida, prenderam explosivos no corpo dele e fotografaram tudo. 

Ele saiu sozinho para trabalhar, levando um telefone celular dado pelos bandidos. Enquanto a família estava em poder da quadrilha, ele foi obrigado a informar pelo telefone quando haveria o transporte de uma grande quantidade de dinheiro.    

O bando atacou, explodindo o carro-forte. Levou R$ 650 mil e libertou os reféns e o motorista.  

Para inibir esses assaltos, o mecanismo de segurança mais comum é o dispositivo que mancha as notas quando o caixa é estourado, mas os bandidos descobriram como lavar as cédulas. “Na primeira leva de tinta, eles conseguiam lavar a tinta. Então os bancos já estão no quarto tipo de tinta, e esse tipo de tinta que é usado agora não se consegue lavar, porque ele entranha na nota”, explica o presidente da Federação Brasileira de Bancos, Murilo Portugal.  

Outras tecnologias estão sendo testadas, como a bomba que solta fumaça na agência quando os caixas são atacados. A ideia é dificultar a visão dos bandidos, que assim desistiriam do assalto.  

“Alguns bancos estão testando essa bomba de fumaça, e nós ainda não temos uma opinião final sobre isso. Nós devemos atacar as causas desse problema, que é o acesso fácil aos explosivos, é o excesso de bandidos na rua”, diz o especialista.  

Pela lei, cabe ao Exército fiscalizar a fabricação, o comércio e o uso de explosivos. No ano passado, segundo o Exército, pouco mais da metade das 1.070 empresas que têm autorização para usar explosivos foi fiscalizada.  

“Em 2012 foram realizadas 450 vistorias em empresas diferentes, 450 vistoriadas em todo o Brasil. Vistorias aonde o fiscal vai no depósito, vistorias para verificar indícios de irregularidades, vistorias realizadas para concessão, para revalidação: se a gente somar tudo isso, vai dar mais de 50%”, diz Achiles Santos Jacinto Filho, assessor da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Comando do Exército.  

Ainda segundo o Exército, no ano passado foram registrados 60 casos de extravio de explosivos. Só nesta semana houve pelo menos três episódios de roubo em diferentes regiões do Brasil.  

Em São Paulo, 75 quilos de dinamite foram levados do canteiro da obra de duplicação da rodovia dos Tamoios, na altura de Paraibuna. Em Ribeirão Preto, sete homens armados levaram 500 quilos de dinamite do galpão de uma pedreira. E no Maranhão a polícia prendeu um bandido com 100 quilos do mesmo explosivo, roubados de uma mineradora.  

“Temos que ter essa preocupação do comércio e do trânsito desses explosivos, mas por si só isso não resolve”, diz o secretário de Defesa Social de Minas Gerais, Rômulo de Carvalho Ferraz.  

Minas Gerais teve 19 assaltos este ano, e 148 no ano passado. Para o governo do estado, o combate a esse crime exige mais investimentos. “O que resolve é basicamente uma melhor proteção desses aparelhos, desses caixas eletrônicos, e por outro uma investigação cada vez mais eficaz para conter esses grupos criminosos”, afirma Ferraz.  

Em nota, enviada ao Fantástico, a Polícia Federal diz que tem intensificado a atuação contra os assaltantes de bancos que utilizam explosivos.

 



Redação com Globo.com/ pb agora