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terça-feira, 11 de dezembro de 2012
DOIDÃO: Jovem é preso após cheirar cinzas de homem e de cães
Um homem de 20 anos foi condenado na sexta-feira a oito anos de cadeia em Silver Springs, no estado da Flórida (EUA), depois que invadiu uma casa com comparsas e cheirou as cinzas que o dono guardava de seu pai falecido, segundo o jornal "Ocala Star Banner".
Jose David Diaz-Marrero foi acusado de vandalismo após invadir a casa com Waldo Soroa e Matrix Andaluz em 15 de dezembro de 2010.
O trio roubou urnas que continham as cinzas do pai de Holli Tencza e dos cães "Samson" e "Epic". De acordo com a polícia, os suspeitos cheiraram as cinzas depois de confundi-la com cocaína.
Durante o assalto, o trio também roubou cerca de US$ 1.500 em joias, um laptop, um leitor de DVD e uma televisão de 42 polegadas.
Em audiência no tribunal, na última sexta-feira, Marreiro disse sentir remorso de vergonha de suas ações. "Eu reconheço que cometi um grande erro", disse.
Matrix Andaluz foi condenado em junho a nove anos de cadeia. Soroa ainda não foi julgado.
caririligado.com
SporTV transmite hoje jogo de despedida do goleiro Marcos
O ex-goleiro Marcos se prepara para vestir a camisa do Palmeiras pela última vez. No dia 11, às 22 horas, no Pacaembu, ele será homenageado com um jogo de despedida entre companheiros do Palmeiras de 1999, quando conquistou a Libertadores, e um combinado com jogadores da Seleção de 2002, pentacampeã do mundo no Japão. O Sportv transmite o jogo, com narração de Jota Junior e comentários de Wagner Vilaron.
Amém, Marcos: ex-companheiros falam sobre o goleiro que se despede do futebol
Confira o vídeo clicando aqui
Adeus do goleiro Marcos será maior público do Palmeiras em 2012
O maior público do Palmeiras em 2012 acontecerá em uma partida que não vale por nenhum campeonato oficial. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a despedida do ex-goleiro Marcos, às 22h desta terça-feira, no Pacaembu, vai superar todas as bilheterias dos outros jogos da equipe alviverde na temporada.
Quase 40 mil palmeirenses são esperados para assistir ao confronto entre os campeões da Copa Libertadores de 1999 pelo clube e os vencedores da Copa do Mundo de 2002 pela Seleção Brasileira - ambos títulos em que Marcos foi figura determinante.
Mesmo com a conquista da Copa do Brasil, o Palmeiras não levou mais de 30 mil pagantes ao estádio nenhuma vez no ano. O recorde aconteceu na partida contra a Ponte Preta, pelo Campeonato Brasileiro, também no Pacaembu: 29.739 pagantes assistiram à vitória alviverde por 3 a 0. As entradas mais baratas na ocasião estavam em promoção de R$ 10; para a despedida de Marcos, o menor valor foi de R$ 40.
Um fator que impossibilitou públicos maiores foi a opção palmeirense de jogar a Copa do Brasil na Arena Barueri: na final contra o Coritiba, o estádio estava cheio, mas com apenas 28.557 pagantes.
UOL, Terra e Sportv/pbagora
Amém, Marcos: ex-companheiros falam sobre o goleiro que se despede do futebol
Confira o vídeo clicando aqui
Adeus do goleiro Marcos será maior público do Palmeiras em 2012
O maior público do Palmeiras em 2012 acontecerá em uma partida que não vale por nenhum campeonato oficial. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a despedida do ex-goleiro Marcos, às 22h desta terça-feira, no Pacaembu, vai superar todas as bilheterias dos outros jogos da equipe alviverde na temporada.
Quase 40 mil palmeirenses são esperados para assistir ao confronto entre os campeões da Copa Libertadores de 1999 pelo clube e os vencedores da Copa do Mundo de 2002 pela Seleção Brasileira - ambos títulos em que Marcos foi figura determinante.
Mesmo com a conquista da Copa do Brasil, o Palmeiras não levou mais de 30 mil pagantes ao estádio nenhuma vez no ano. O recorde aconteceu na partida contra a Ponte Preta, pelo Campeonato Brasileiro, também no Pacaembu: 29.739 pagantes assistiram à vitória alviverde por 3 a 0. As entradas mais baratas na ocasião estavam em promoção de R$ 10; para a despedida de Marcos, o menor valor foi de R$ 40.
Um fator que impossibilitou públicos maiores foi a opção palmeirense de jogar a Copa do Brasil na Arena Barueri: na final contra o Coritiba, o estádio estava cheio, mas com apenas 28.557 pagantes.
UOL, Terra e Sportv/pbagora
Participante de reality show, Priscila Cardoso será ring girl do Jungle Fight 46 A 46ª edição do JF acontecerá no dia 13, às 20h, no ginásio poliesportivo Mané Garrincha. Sete combates completam o card da competição
A fisioterapeuta, Priscila Cardoso, que participará da sexta temporada do Casa Bonita, do Multishow, além de malhada, promete ficar com a marquinha de sol em dia para atuar como ring girl da 46ª edição do Jungle Fight, maior evento de MMA da América Latina. Será a segunda vez que a jovem anunciará os rounds da competição, ao lado da garota da placa oficial da organização e musa da modalidade, Geisa Vitorino. O Jungle Fight 46 acontecerá no dia 13 de dezembro, às 20h, no ginásio Mané Garrincha, em São Paulo.
Pela quinta vez no ano o Jungle Fight, maior evento de MMA da América Latina, visitará o estado de São Paulo. A 46ª edição do JF acontecerá no dia 13, às 20h, no ginásio poliesportivo Mané Garrincha. Sete combates completam o card da competição. O paulista Elias Silvério enfrentará o paraense Luis Gustavo ’’Búfalo’’ pela categoria meio-médio (até 77 kg) na luta principal da noite, que fechará o espetáculo. Em outro confronto de destaque, o manaura Alexandre Capitão duelará contra o também atleta de São Paulo, Sergio Soares , pelos penas (até 66 kg).
Pela quinta vez no ano o Jungle Fight, maior evento de MMA da América Latina, visitará o estado de São Paulo. A 46ª edição do JF acontecerá no dia 13, às 20h, no ginásio poliesportivo Mané Garrincha. Sete combates completam o card da competição. O paulista Elias Silvério enfrentará o paraense Luis Gustavo ’’Búfalo’’ pela categoria meio-médio (até 77 kg) na luta principal da noite, que fechará o espetáculo. Em outro confronto de destaque, o manaura Alexandre Capitão duelará contra o também atleta de São Paulo, Sergio Soares , pelos penas (até 66 kg).
Elias Silvério vem de duas vitórias consecutivas na competição e mais uma vitória deixará ele bem próximo de uma disputa por título. ‘’Estou bastante focado e venho treinando muito. Minha meta é ganhar esse confronto e ser o campeão do Jungle Fight’’, frisou o paulista. Confiante, Elias falou sobre o combate. ‘’A princípio quero manter a luta em cima na trocação, mas caso precise, não terei problema nenhum em levar para o chão’’, finalizou. Luis Gustavo ‘’Bufalo’’ fará sua estreia no Jungle e se diz feliz pelo desafio’’ Fico lisonjeado com a oportunidade de fazer a luta principal de um evento tão importante. Quero conquistar espaço no Jungle Fight e mostrar minhas qualidades’’, concluiu o paraense.
O presidente do evento, Wallid Ismail, também comentou sobre o espetáculo ‘’Será outro grande evento que faremos em São Paulo. Tenho certeza que vamos nos despedir do povo paulistano em 2012 em grande estilo’’. Wallid ainda falou da relação do estado com a modalidade. ‘’São Paulo cada vez mais se consolida como a capital do MMA. É sempre um prazer retornar e realizar novos shows da luta por aqui’’, completou o empresário.
O canal Combate transmite o Jungle Fight 46 Ao Vivo a partir das 20h45 para todo o Brasil.
portal correio
Chinês cria 'cápsula' para sobreviver a eventos de 'fim de mundo' Liu Qiyan diz ter se inspirado no filme '2012' e no tsunami de 2004. Sua 'Arca de Noé' boia na água e promete resistir em emergências.
O fazendeiro chinês Liu Qiyan criou um tipo de "cápsula de sobrevivência", apelidada de "Arca de Noé", para sobreviver a terremotos e tsunamis.
Liu desenvolveu o invento no quintal de sua casa, em Qiantun, na província de Hebei, inspirado, segundo ele, por filmes como '2012' e pelo tsunami que devastou regiões da Ásia em 2004.
Sua criação consiste em uma casca de fibra de vidro que envolve um esqueleto de aço. Ele espera vender a ideia para governo e organizações internacionais, para usar em caso de emergência.
O fazendeiro chinês Liu Qiyan e sua 'Arca de Noé' (Foto: Ed Jones/AFP)
Liu Qiyan dentro de sua criação (Foto: Ed Jones/AFP)
Cápsulas de sobrevivência em construção (Foto: Ed Jones/AFP)
Ele já construiu sete cápsulas que, segundo ele, são capazes de boiar na água. Algumas delas têm um sistema de propulsão próprio.
Dentro, elas têm tanques de oxigênio e assentos com cinto de segurança para até 14 pessoas. Elas são projetadas para manter estabilidade dentro da água.
globo.com
Câmara e STF estão a um voto de crise institucional Celso de Mello deve confirmar cassação de condenados no mensalão e desencadear guerra jurídica com o Legislativo. Marco Maia promete resistir a eventual decisão. Juristas se dividem
O decano Celso de Mello já sinalizou que acompanhará Joaquim Barbosa Foto: Nelson Jr./Ascom/ST
O voto do ministro decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, deve desencadear uma briga jurídica entre a mais alta corte e a Câmara. Os ministros encerram amanhã (12) a discussão sobre a perda do mandato dos três deputados condenados no processo do mensalão. Declarações já dadas pelo ministro indicam que ele se alinhará à corrente liderada pelo relator do caso, Joaquim Barbosa, para que os parlamentares sejam cassados como consequência da condenação. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), já avisou que não aceita o que chama de interferência do Judiciário sobre o Legislativo. Segundo ele, o país não é mais uma “ditadura” e só o Parlamento pode cassar o mandato de um deputado ou senador. Especialistas ouvidos pelo Congresso em Foco se dividem ao tratar do assunto. A maioria deles, porém, considera o voto de Joaquim “um equívoco jurídico”, mesmo que a permanência de um deputado condenado no exercício do mandato configure uma situação “legal, mas imoral”. Mas também há, entre eles, o entendimento de que a Constituição é confusa ao tratar do tema.
Confirmada a expectativa sobre o voto de Celso de Mello, a corte terá uma decisão apertada com cinco votos pela cassação dos deputados Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) e quatro contra. Já contra o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) pesarão seis votos pela perda do mandato. Cezar Peluso, aposentado compulsoriamente em agosto, apresentou sua posição antes de deixar o Supremo.
O placar apertado deixa clara a divisão na corte e a dificuldade de escolher entre dois diferentes artigos da Constituição Federal. Enquanto o relator defende que a perda do mandato é consequência, o revisor do mensalão, Ricardo Lewandowski, entende que as duas situações são distintas.
Julgamento de exceção
Para o constitucionalista e doutor em Direito do Estado Pedro Estevam Serrano, se o Supremo decidir pela perda de mandato imediata, haverá um descumprimento à Constituição. “Caso se adote essa decisão de cassar os deputados, posso afirmar que esta é uma decisão de exceção”, afirmou.
O presidente da Associação Paulista de Direito Criminal, Romualdo Sanches Calvo Filho, tem entendimento semelhante. “Em tese, pode ser uma decisão que contraria a ordem jurídica”, disse ele ao Congresso em Foco. Mas ele vê uma imoralidade no texto constitucional ao permitir que um deputado condenado à cadeia exerça seu mandato. “É legal, mas é imoral, porque isso macula a imagem do Congresso Nacional”, afirmou Calvo Filho.
Em favor da sociedade
Já a procuradora Luiza Eluf, da Academia Brasileira de Direito Criminal, afirma que os ministros não vão afrontar a Constituição caso prevaleça a cassação imediata dos deputados. Ela considera a redação da Constituição contraditória. Por isso, defende a jurista, deve ser feita uma interpretação “em favor da sociedade”. “Não se pode aplicar a lei como se ela fosse estranha à realidade. É preciso defender a sociedade da malversação do dinheiro público, que é o caso do mensalão”, afirmou.
“Ditadura”
Em São Paulo, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que a decisão do STF, caso seja confirmada amanhã, pode abrir uma crise entre as instituições. Para ele, a mais alta corte do país não pode decretar a perda do mandato dos deputados. “Se o STF cassar os parlamentares, isso será inconstitucional. Quem cassa mandato de deputado é o Parlamento”, afirmou.
“Se isso acontecer (o STF decidir pela cassação dos mandatos), podemos ter uma crise institucional. A Câmara não pode se subjugar a uma decisão que afronte a Constituição. Se isso acontecer, temos de discutir, porque os poderes são independentes no Brasil”, disse. Ele adiantou que a Casa vai fazer com que o processo tramite normalmente, “como prevê a Constituição Federal”. “Não estamos numa ditadura onde a Constituição não é respeitada.”
O processo de cassação deve ser longo. Primeiro, a Câmara precisa ser notificada da decisão do STF. Depois, a Mesa Diretora se reúne e decide o que fazer. O processo é então enviado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável por uma análise técnica do caso. Por fim, a cassação é submetida ao plenário. Para ser confirmado, é preciso pelo menos 257 votos. A votação é secreta.
Antecipação
Após o encerramento da sessão de ontem, Celso de Mello evitou falar sobre seu voto. Brincando, comentou com jornalistas que “vai desempatar” os casos envolvendo Valdemar e Henry. Também comentou que é “bom ouvir os dois lados”. Porém, suas manifestações em plenário reforçam a tese de que o decano do STF vai acompanhar o relator do mensalão e decretar a perda do mandato dos três condenados.
“Se a pessoa condenada não ostenta esta condição, não tem sentido que ela possa continuar titularizando o mandato eletivo”, afirmou o ministro durante a discussão. Celso chegou a citar uma das constituições editadas durante a ditadura de Getúlio Vargas e até as cartas magnas do Império. “A suspensão de direitos políticos é causal e deverá proceder nos termos do parágrafo terceiro. O STF já entendeu em relação ao próprio poder da Justiça Eleitoral que, comunicada a decisão à Mesa, cabe a esta declarar a perda do mandato parlamentar”, disse.
Privilégio desproporcional
Os três especialistas defendem a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com a possibilidade de o Congresso decidir se um parlamentar condenado será cassado. Trinta senadores assinam uma PEC que pretende deixar o texto constitucional absolutamente claro que a cassação do mandato dos parlamentares será imediata. De autoria de Pedro Taques (PDT-MT), a proposta é apoiada por mais 29 senadores e está na Comissão de Constituição de Justiça à espera de um relator.
Na justificativa, Taques lembra que a proteção aos parlamentares é um privilégio “desproporcional” e “feudal” criado na época do Brasil Império. Ele afirmou que “foge aos critérios de justiça, legalidade e constitucionalidade” a manutenção de um parlamentar condenado no Congresso. “Não apenas por lhe faltar ‘confiança legal’ para exercício do cargo em virtude de condenação criminal (…),mas especialmente pela ausência de capacidade política ativa”, esclareceu Taques na PEC 60/12.
Para o professor Pedro Estevam Serrano, crimes não relacionados com o exercício do mandato – de menor potencial ofensivo, por exemplo – devem ser excluídos da possibilidade de cassação imediata. Por exemplo, uma condenação por atropelamento quando não se observa intenção do político que dirigia seu carro ou mesmo um crime passional.
extralagoas.com
Marcos Valério diz que amigo de Lula o ameaçou de morte No depoimento em que afirma que dinheiro do mensalão pagou contas de Lula, operador do esquema diz que Okamotto foi claro: 'Ou se comporta, ou morre'
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No mesmo depoimento à Procuradoria-Geral da República em que afirmou que dinheiro do mensalão pagou despesas pessoais do ex-presidente Lula, o operador do esquema, Marcos Valério disse ainda ter sido ameaçado de morte por Paulo Okamotto, atual diretor do Instituto Lula e amigo do ex-presidente. "Se abrisse a boca, morreria", afirmou o empresário à PGR. As declarações de Valério foram publicadas na edição desta terça-feira do jornal O Estado de S. Paulo.
"Tem gente no PT que acha que a gente devia matar você", teria dito Okamotto a Valério, conforme as duas últimas das 13 páginas do depoimento prestado no dia 24 de setembro pelo operador do mensalão ao Ministério Público Federal. "Ou você se comporta, ou você morre", teria completado Okamotto.
Valério disse à subprocuradora da República Cláudia Sampaio e à procuradora Raquel Branquinho que foi "literalmente ameaçado por Okamotto". Procurado pelo jornal, o diretor do Instituto Lula não comentou o caso nesta segunda-feira.
Valério relatou que Okamotto o procurou pela primeira vez em 2005, dias depois da entrevista concedida pelo então presidente do PTB, Roberto Jefferson, em que o escândalo do mensalão era revelado. Okamotto disse, segundo Valério, que o procurava por ordem do então presidente Lula. Os dois teriam se encontrado primeiro na casa de Eliane Cedrola. Segundo Valério, uma diretora da empresa de Okamotto. O emissário de Lula teria pedido que Valério permanecesse em silêncio e não contasse o que sabia.
Da segunda vez, o encontro ocorreu na Academia de Tênis em Brasília, onde Okamotto se hospedava, conforme Valério. Foi nessa segunda conversa, cuja data não é mencionada, em que as ameaças expressas teriam sido feitas. Okamotto foi alvo da oposição durante as investigações do esquema do mensalão no Congresso Nacional. Na época, ele presidia o Sebrae e entrou na lista de investigados por ter pago uma dívida de 29.436,26 reais contraída por Lula em empréstimo feito junto ao PT. Passou a ser classificado como um tesoureiro informal do presidente.
A reportagem do jornal entrou em contato com a assessoria de imprensa do Instituto Lula no início da tarde desta segunda-feira. A assessoria do instituto, no entanto, informou que Lula e Okamotto não "quiseram comentar o depoimento". Posteriormente, a assessoria informou que Okamotto responderá às acusações "quando souber o teor do documento". Por enquanto, acrescentou a assessoria do instituto, Okamotto não se considera suficientemente informado para se pronunciar.
Mais revelações - À PGR, Valério afirma que Lula não apenas sabia do esquema como se beneficiou dele - tendo, inclusive, avalizado empréstimos ao PT. Segundo o jornal, Valério disse que os valores foram depositados na conta da empresa do ex-assessor da Presidência, Freud Godoy, conhecido como o "faz-tudo" de Lula na época – e ligado ao escândalo dos aloprados. O empresário declarou ainda que o ex-presidente deu "ok" para o PT tomar empréstimos com os bancos BMG e Rural para pagar deputados da base aliada. O aval teria sido dado em um reunião no Palácio do Planalto, que teve a presença do ex-ministro José Dirceu e do ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, ambos também condenados pelo STF.
Na ocasião, Dirceu teria dito que Delúbio negociava em seu nome e no de Lula – o ex-ministro teria autorizado inicialmente pegar um empréstimo de 10 milhões de reais e, depois, mais 12 milhões. Além disso, conforme a reportagem do jornal, Marcos Valério também afirma no depoimento que Lula e o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, negociaram com a Portugal Telecom no Palácio do Planalto o repasse de 7 milhões de reais para o PT – dinheiro que, segundo Valério, foi recebido por suas empresas de publicidade.
Segredos – Com a certeza de que iria para a cadeia, o empresário mineiro começou a revelar os segredos do mensalão em meados de setembro, como revelou VEJA. Em troca de seu silêncio, Valério disse que recebeu garantias do PT de que sua punição seria amena. Já sabendo que isso não se confirmaria no Supremo – que o condenou a mais de 40 anos por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro – e, afirmando temer por sua vida, ele declarou a interlocutores que Lula "comandava tudo" e era "o chefe" do esquema.
Pouco depois, o operador financeiro do mensalão enviou, por meio de seus advogados, um fax ao STF declarando que estava disposto a contar tudo o que sabe. No início de novembro, nova reportagem de VEJA mostrou que o empresário depôs à Procuradoria-Geral da República na tentativa de obter um acordo de delação premiada – um instrumento pelo qual o envolvido em um crime presta informações sobre ele, em troca de benefícios. Pela primeira vez, ele informou ter detalhes sobre outro caso escabroso envolvendo o PT: o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002.
cenariomt
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