Não foi apenas a popularidade da presidente Dilma Rousseff que acabou corroída pela onda de protestos que tomou o país.
O movimento abalou os índices de aprovação dos governadores dos dois maiores Estados do país: Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo, e Sérgio Cabral (PMDB), do Rio; e ainda dos prefeitos das duas maiores cidades: Fernando Haddad (PT), o titular da capital paulista, e Eduardo Paes (PMDB), da capital fluminense.
Todos os dados são da pesquisa Datafolha finalizada na sexta-feira passada.
Em São Paulo, a aprovação de Alckmin caiu 14 pontos no intervalo de três semanas --Dilma perdeu 27 pontos no mesmo intervalo.
Os 52% de avaliação positiva do tucano em 7 de junho, pouco antes do início dos protestos, foram reduzidos para 38% na pesquisa recente.
Na semana do auge dos protestos, Alckmin foi criticado pelo comportamento da Polícia Militar, que num primeiro momento agiu com violência durante passeatas e depois, diante das críticas, teria reduzido o rigor no combate ao vandalismo.
O Estado também administra tarifas dos trens e do metrô, que também subiram, mas, mediante a pressão das ruas, acabaram tendo o reajuste cancelado.
Abalo ainda maior foi sentido por Haddad, cuja administração tem só seis meses.
Seu índice de aprovação caiu 16 pontos em três semanas, de 34% para 18%. A reprovação do petista (soma dos julgamentos ruim e péssimo) subiu de 21% para 40%. O patamar só é inferior na série histórica do instituto aos de Jânio Quadros, 43%, de Marta Suplicy, 42%, e de Paulo Maluf, 41%, quando se trata do mesmo período de gestão.
Haddad se expôs no enfrentamento ao Movimento Passe Livre. No início, disse que não havia margem para negociação. Insistia no argumento de que as passagens de ônibus haviam subido abaixo da inflação. No fim, cedeu.
As taxas de aprovação de Haddad hoje são parecidas com as obtidas por outros ex-prefeitos no período equivalente de suas gestões.
Em junho de 1986, Jânio Quadros tinha 16% de aprovação. Em 1989, Luiza Erundina marcou os mesmos 16%. Paulo Maluf, o prefeito seguinte, fez 20%. Em junho de 2007, Celso Pitta tinha 19%. Quatro anos depois, Marta alcançou 20%. José Serra, em julho de 2005, teve 30%. O único que destoa é Gilberto Kassab, que antecedeu Haddad, com 46%.
No dia 18 de junho, 51% dos paulistanos avaliavam o desempenho de Alckmin diante dos protestos como ruim ou péssimo. Esse índice caiu para 39% em 21 de junho. E voltou a cair na última pesquisa, para 33%. Com Haddad ocorreu fenômeno parecido, em intensidade menor. A má avaliação de seu comportamento frente aos protestos era compartilhada por 55%. Caiu para 50%. E depois para 44%.
RIO DE JANEIRO
Depois de atingir o pico de sua popularidade na série do Datafolha no Estado do Rio, em novembro de 2010, o governador Sérgio Cabral despencou 30 pontos.
No levantamento de sexta-feira, após seis anos e meio de mandato, ele obteve 25% de ótimo e bom, a menorpontuação da série. A soma de ruim e péssimo é maior, 36%.
Cabral foi alvo dos manifestantes, que acamparam na frente de seu apartamento.
A imagem do prefeito do Rio, Eduardo Paes, sai igualmente lesada. Desde agosto de 2012, seu índice de aprovação caiu de 50% para 30%. A desaprovação fez a trajetória inversa. Subiu de 12% para 33%.
Folhanline/pb agora
O movimento abalou os índices de aprovação dos governadores dos dois maiores Estados do país: Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo, e Sérgio Cabral (PMDB), do Rio; e ainda dos prefeitos das duas maiores cidades: Fernando Haddad (PT), o titular da capital paulista, e Eduardo Paes (PMDB), da capital fluminense.
Todos os dados são da pesquisa Datafolha finalizada na sexta-feira passada.
Em São Paulo, a aprovação de Alckmin caiu 14 pontos no intervalo de três semanas --Dilma perdeu 27 pontos no mesmo intervalo.
Os 52% de avaliação positiva do tucano em 7 de junho, pouco antes do início dos protestos, foram reduzidos para 38% na pesquisa recente.
Na semana do auge dos protestos, Alckmin foi criticado pelo comportamento da Polícia Militar, que num primeiro momento agiu com violência durante passeatas e depois, diante das críticas, teria reduzido o rigor no combate ao vandalismo.
O Estado também administra tarifas dos trens e do metrô, que também subiram, mas, mediante a pressão das ruas, acabaram tendo o reajuste cancelado.
Abalo ainda maior foi sentido por Haddad, cuja administração tem só seis meses.
Seu índice de aprovação caiu 16 pontos em três semanas, de 34% para 18%. A reprovação do petista (soma dos julgamentos ruim e péssimo) subiu de 21% para 40%. O patamar só é inferior na série histórica do instituto aos de Jânio Quadros, 43%, de Marta Suplicy, 42%, e de Paulo Maluf, 41%, quando se trata do mesmo período de gestão.
Haddad se expôs no enfrentamento ao Movimento Passe Livre. No início, disse que não havia margem para negociação. Insistia no argumento de que as passagens de ônibus haviam subido abaixo da inflação. No fim, cedeu.
As taxas de aprovação de Haddad hoje são parecidas com as obtidas por outros ex-prefeitos no período equivalente de suas gestões.
Em junho de 1986, Jânio Quadros tinha 16% de aprovação. Em 1989, Luiza Erundina marcou os mesmos 16%. Paulo Maluf, o prefeito seguinte, fez 20%. Em junho de 2007, Celso Pitta tinha 19%. Quatro anos depois, Marta alcançou 20%. José Serra, em julho de 2005, teve 30%. O único que destoa é Gilberto Kassab, que antecedeu Haddad, com 46%.
No dia 18 de junho, 51% dos paulistanos avaliavam o desempenho de Alckmin diante dos protestos como ruim ou péssimo. Esse índice caiu para 39% em 21 de junho. E voltou a cair na última pesquisa, para 33%. Com Haddad ocorreu fenômeno parecido, em intensidade menor. A má avaliação de seu comportamento frente aos protestos era compartilhada por 55%. Caiu para 50%. E depois para 44%.
RIO DE JANEIRO
Depois de atingir o pico de sua popularidade na série do Datafolha no Estado do Rio, em novembro de 2010, o governador Sérgio Cabral despencou 30 pontos.
No levantamento de sexta-feira, após seis anos e meio de mandato, ele obteve 25% de ótimo e bom, a menorpontuação da série. A soma de ruim e péssimo é maior, 36%.
Cabral foi alvo dos manifestantes, que acamparam na frente de seu apartamento.
A imagem do prefeito do Rio, Eduardo Paes, sai igualmente lesada. Desde agosto de 2012, seu índice de aprovação caiu de 50% para 30%. A desaprovação fez a trajetória inversa. Subiu de 12% para 33%.
Folhanline/pb agora
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