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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

STF proíbe acusados do mensalão de deixar o país


Os 25 réus que foram condenados no julgamento do mensalão terão que entregar seus passaportes à justiça nesta quinta-feira, uma ação que foi adotada pelo Superior Tribunal Federal para evitar que os mesmos deixassem o país.
Segundo uma nota publicada no portal do STF, a decisão foi tomada pelo juiz instrutor do chamado "julgamento do século", Joaquim Barbosa, que considerou "absolutamente inadequado qualquer viagem ao exterior por parte dos réus já condenados".
A medida anunciada por Barbosa afeta, entre outros, o ex-ministro da Presidência José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro deste mesmo partido Delúbio Soares.
O processo do caso, que se refere a um esquema de corrupção que veio à tona em 2005, durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve um total de 37 acusados, dos quais 25 foram declarados culpados.
Segundo a acusação, que a corte considerou provada, o PT se beneficiou de recursos públicos para financiar campanhas de forma ilegal e para subornar dirigentes de quatro partidos em troca de apoio no Congresso do governo Lula, que tinha ganhado as eleições assegurar a maioria parlamentar.
Até o momento, a Corte só ditou a sentença contra o publicitário Marcos Valério, que pôs duas de suas empresas a serviço do esquema de corrupção.
Valério foi condenado a 40 anos, um mês e seis dias de prisão, mas, na última semana, a defesa do publicitário apresentou uma oferta de "colaboração" com a justiça com intenção de reduzir a pena anunciada.
Segundo a imprensa local, para poder se beneficiar da chamada "delação premiada", Valério estaria disposto a revelar novos dados sobre o caso, os quais supostamente envolveriam diretamente o ex-presidente Lula, que não chegou a figurar entre os acusados.
No entanto, o publicitário e seus advogados não confirmaram essas versões a respeito de Lula, mas as denuncias da imprensa levaram os partidos da oposição a exigir à Promotoria uma averiguação da suposta responsabilidade do ex-presidente no escândalo. EFE
ed/fk 
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