Cientistas americanos conseguiram pela primeira vez clonar células
adultas humanas para criar células-tronco embrionárias, cujo DNA
corresponde ao do doador. Tal fato é considerado um grande avanço para a
medicina regenerativa e o tratamento de doenças incuráveis.
Como parte do estudo, os pesquisadores usaram a técnica desenvolvida
pelo Dr. Shoukhrat Mitalipov, o primeiro a criar em 2013 células-tronco
embrionárias humanas a partir de células da pele. Mas para estes testes
de clonagem foram utilizadas amostras de DNA de um bebê de oito meses.
A nova técnica, publicada na revista americana "Cell Stem Celle", foi
conduzida pelo Advanced Cell Technology e financiada em parte pelo
governo sul-coreano. A equipe liderada pelo Dr. Robert Lanza utilizou o
núcleo das células da pele de dois homens de 35 e 75 anos, que foram
transferidas para oócitos humanos de doadores, cujo núcleo havia sido
retirado previamente.
Recuperação de órgãos danificados
Os oócitos geraram então embriões primitivos. Foi a partir destas
células estaminais embrionárias que o DNA semelhante ao dos doadores foi
produzido.
"Até agora não havíamos sido capazes de clonar células adultas para
criar células-tronco embrionárias", afirmaram os autores, cujo sistema
tem a vantagem de não usar embriões fertilizados, uma técnica que gera
dilemas éticos ou forte oposição da Igreja.
A comunidade científica tem depositado as suas esperanças na clonagem
terapêutica, que poderia eventualmente substituir os órgãos danificados
pelo câncer, cegueira ou Alzheimer.
globo.com
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