Esta semana, o Ministério da Saúde
ampliou a idade máxima de doação de sangue para 69 anos. Atualmente, a
faixa etária para doação é de 16 a 67 anos. De acordo com dados do
Centro Hematologia Hemoterapia de Mato Grosso do Sul (Hemosul), o Estado
possui cerca de 150 mil doadores, entre eles, cinco mil com idade entre
60 e 67 anos.
Para a presidente da Comissão de Direito à Saúde da Ordem dos
Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), Flávia
Robert Proença, a decisão é positiva. “A mudança da idade para 69 anos
vai aumentar o número de doadores em todo Brasil e isso trará, com
certeza, bons resultados para quem precisa”, diz. A advogada ressalta
que mesmo com o aumento da idade permitida, é necessário que o jovem
também seja solidário, já que no ano passado o ministro Alexandre
Padilha diminuiu de 18 anos para 16 anos a idade mínima para a doação.
Com as idades mínima e máxima para doação ampliadas, 8,7 milhões
novos voluntários poderão contribuir para manter os bancos de sangue,
segundo expectativas do Ministério da Saúde. Países como os Estados
Unidos, França e Espanha já trabalham com a faixa etária de até 69 anos.
“Qualquer pessoa que tiver entre essa faixa etária e estar apto para
ser um doador deve ajudar o próximo, um pequeno gesto pode salvar uma
vida”, comenta Flávia Robert.
A partir de agora, também, tornou-se obrigatória a realização do
Teste de Ácido Nucleico (NAT) pelos bancos de sangue públicos e privados
do país. A realização do teste permite maior rapidez na identificação
de vírus como o HIV e o da hepatite C no sangue de doadores. O NAT
identifica o material genético do vírus e não os anticorpos como ocorre
com o exame Elisa, normalmente utilizado nos bancos de sangue, o que
permite um resultado mais eficaz. “O exame traz, além de rapidez, mais
segurança para o receptor em relação a qualidade do sangue utilizado”,
finaliza a presidente da Comissão da OAB/MS.
capitalnews.com
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