Uma universitária de 25 anos confessou ter provocado o aborto do feto de seis meses encontrado no lixo, na noite do dia 4 de junho, em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, segundo informações divulgadas pela polícia, na tarde desta segunda-feira (17). De acordo com o delegado, um amigo do pai da criança comprou o remédio para aborto pela internet. A mulher vai responder pelo crime de aborto e pode pegar de um a três anos de prisão. O pai da criança e o amigo serão indiciados por terem colaborado e, após julgamento, podem pegar até quatro anos de detenção. Eles vão responder em liberdade.
Segundo o responsável pela Delegacia de Crimes Contra a Vida, Guilherme Eugênio, durante as investigações foram procuradas mulheres em idade reprodutiva da região e informações em meio a notificações em clínicas de ultrassonografia. “Na primeira tentativa, foram localizadas três mulheres e uma delas, quando inquirida, acabou por admitir a prática. Num primeiro momento ela negou, mas, posteriormente, ao ser convidada a se submeter a exames de DNA e exames médicos legais, ela acabou admitindo que houvesse cometido o aborto”, disse.
A universitária informou à polícia que tomou remédio para abortar, porque o bebê poderia atrapalhar o emprego e a faculdade e ainda foi fruto de um relacionamento casual. O delegado ainda informou que um amigo do pai da criança comprou o remédio pela internet. O medicamento veio dos Estados Unidos e custou R$700.
O feto foi encontrado pelo gari Cleidson Sandes de Oliveira, 28 anos, dentro de uma caixa, em meio ao lixo, na Rua Gonçalves Crespo, no bairro Paraíso. Ele abriu a caixa de sapato por acaso. "Estava recolhendo o lixo, quando vi a caixa de sapato e senti um cheiro estranho. Pensei que tivesse algum animal dentro, por isso abri e vi que era um bebê e que estava morto. Foi um susto", diz. Os lixeiros acionaram a polícia.
globo.com
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