Buscando
suprir as necessidades básicas dos seus lares, 524.779 famílias
paraibanas, em situação de pobreza e de extrema pobreza, eram
beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF) em 2014, mas esse ano
9.053 delas deixaram de ser assistidas pelo programa. A informação é do
Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e segundo os dados fornecidos
o corte aconteceu em virtude da ascensão social e da não atualização do
cadastro das pessoas que recebiam o benefício.
Na Paraíba, a revisão cadastral tinha como público inicial 38.735
famílias, conforme o MDS. Essa é uma rotina obrigatória, feita pelas
prefeituras a cada dois anos com o objetivo de verificar a renda dos
usuários do PBF. A última delas foi realizada no ano passado e as
pessoas tiveram até fevereiro deste ano para atualizarem seus cadastros.
As famílias que não fizeram esse procedimento e as que não tinham mais a
necessidade de transferência direta de renda por parte do governo
saíram do programa.
Com medo de fazer parte dessa estatística e ter o rendimento da sua
família comprometido, a dona de casa Maria Izabel, 29 anos, que mora no
bairro do Glória, em Campina Grande, procurou se recadastrar e não teve
seu benefício cortado. Ela é mãe de três filhos e está grávida do
terceiro. Sem ter nenhuma outra fonte de renda, é com os R$ 217,00 que
recebe do PBF que ela ajuda o seu esposo, auxiliar de serviços gerais, a
sustentar a família. “Deus me livre ficar sem o Bolsa Família. Sempre
procuro estar em dia com meu cadastro para não perdêlo”, destacou.
O Bolsa Família integra apenas as famílias consideradas pobres (com
renda mensal por pessoa entre R$ 77,01 e R$ 154) e as extremamente
pobres (com renda mensal por pessoa de até R$ 77). Os critérios são
utilizados para compor o cadastro, e a parcela mensal que os
beneficiários recebem é variável. Ela é feita tomando como base a renda
mensal por pessoa, o número de integrantes, o total de crianças e
adolescentes de até 17 anos e a existência de gestantes.
pb agora
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