Ministro afirmou que precisará ser mais rígido com as contas caso o ajuste não atenda o esperado. Foto: Fotos Públicas |
O
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu neste sábado, em
Florianópolis (SC), que a aprovação das medidas de ajuste fiscal na
Câmara fora do tamanho esperado poderá fazer com que o governo realize
um contingenciamento maior do que o inicialmente previsto. "Isso pode
nos levar a ter de reduzir as despesas ainda mais", disse em entrevista a
jornalistas.
Segundo ele, uma alternativa a esta situação, para
garantir o cumprimento da meta fiscal de 1,2% do PIB, seria aumentar
impostos. "Toda vez que se cria um gasto novo obviamente está se
contratando novos impostos", disse, ao comentar o fato de a Câmara ter
flexibilizado as medidas provisórias 664 e 665, que endurecem o acesso a
benefícios trabalhistas e previdenciários. Os textos ainda serão
apreciados pelo Senado. "Por isso é muito importante na hora em que as
coisas forem votadas não estar se criando novos gastos, às vezes até no
médio prazo, porque isso deve criar (a necessidade de) novos impostos."
Ao
ser perguntado sobre o fato de os deputados terem aprovado uma emenda
que cria uma alternativa ao fator previdenciário - o que em tese
facilitaria a aposentadoria dos brasileiros e prejudicaria a situação
fiscal principalmente no médio e longo prazos - Levy disse que, dentro
do governo, há uma percepção de que não há espaço para novas despesas,
nem no curto prazo nem no futuro mais distante.
"O médio prazo dá
uma indicação para quem vai investir", afirmou. "E qualquer desvio de
despesa no médio prazo também tem impacto na taxa de juros, com
repercussão para investimento muito grande."
Levy também disso
que o Ministério da Previdência está "fazendo contas" para orientar
debate sobre o fator previdenciário que vai ao Senado. "O sentimento é
que tirar (Fator Previdenciário) vai aumentar as despesas de forma
significativa no médio prazo, mas o Ministério da Previdências está
calculando quanto seria", disse. Depois, voltou a frisar que a
preocupação do governo federal é "não criar novos gastos que gerem novos
impostos".
diariodepernambuco.com
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