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domingo, 17 de maio de 2015

Gastos novos aprovados na Câmara podem gerar novos impostos, alerta ministro Levy



Ministro afirmou que precisará ser mais rígido com as contas caso o ajuste não atenda o esperado. Foto: Fotos Públicas
Ministro afirmou que precisará ser mais rígido com as contas caso o ajuste não atenda o esperado. Foto: Fotos Públicas
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu neste sábado, em Florianópolis (SC), que a aprovação das medidas de ajuste fiscal na Câmara fora do tamanho esperado poderá fazer com que o governo realize um contingenciamento maior do que o inicialmente previsto. "Isso pode nos levar a ter de reduzir as despesas ainda mais", disse em entrevista a jornalistas.

Segundo ele, uma alternativa a esta situação, para garantir o cumprimento da meta fiscal de 1,2% do PIB, seria aumentar impostos. "Toda vez que se cria um gasto novo obviamente está se contratando novos impostos", disse, ao comentar o fato de a Câmara ter flexibilizado as medidas provisórias 664 e 665, que endurecem o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários. Os textos ainda serão apreciados pelo Senado. "Por isso é muito importante na hora em que as coisas forem votadas não estar se criando novos gastos, às vezes até no médio prazo, porque isso deve criar (a necessidade de) novos impostos."

Ao ser perguntado sobre o fato de os deputados terem aprovado uma emenda que cria uma alternativa ao fator previdenciário - o que em tese facilitaria a aposentadoria dos brasileiros e prejudicaria a situação fiscal principalmente no médio e longo prazos - Levy disse que, dentro do governo, há uma percepção de que não há espaço para novas despesas, nem no curto prazo nem no futuro mais distante.

"O médio prazo dá uma indicação para quem vai investir", afirmou. "E qualquer desvio de despesa no médio prazo também tem impacto na taxa de juros, com repercussão para investimento muito grande."

Levy também disso que o Ministério da Previdência está "fazendo contas" para orientar debate sobre o fator previdenciário que vai ao Senado. "O sentimento é que tirar (Fator Previdenciário) vai aumentar as despesas de forma significativa no médio prazo, mas o Ministério da Previdências está calculando quanto seria", disse. Depois, voltou a frisar que a preocupação do governo federal é "não criar novos gastos que gerem novos impostos".

diariodepernambuco.com

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