O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo
Tribunal Federal (STF) parecer favorável à validade da resolução da
Justiça Eleitoral que mudou a composição das bancadas de 13 estados,
entre eles a Paraíba, na Câmara dos Deputados. As ações que contestam a
norma serão julgadas no próximo dia 11 pelo plenário da Corte.
Conforme
a decisão original do TSE, a Paraíba fica sem duas cadeiras na Câmara
Federal, passndo de 12 para 10 parlamentares. Já na Assembleia
Legislativa, passa de 36 para 30.
De acordo com entendimento de
Janot, o TSE tem poderes para rever a composição das bancadas dos
estados na Câmara. “Desse modo, conclui-se pela possibilidade de o TSE
rever, com base nos dados demográficos fornecidos pelo IBGE, a
distribuição das 513 vagas de deputado federal, inclusive mediante
redução do número de cadeiras de algum estado-membro, desde que nenhum
deles tenha menos de oito ou mais de 70 representantes na Câmara Baixa”,
argumentou o procurador.
O parecer será anexado às ações diretas
de inconstitucionalidade (ADIs) protocoladas no ano passado pelas
assembleias legislativas de Pernambuco, do Piauí e de Santa Catarina e
pelos estados do Espírito Santo, Paraíba, Piauí e Paraná.
A polêmica
sobre a mudança na composição das bancadas na Câmara começou após uma
decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definida em abril do ano
passado, ao julgar um recurso apresentado pela Assembleia Legislativa do
Amazonas, segundo a qual a representação populacional do estado na
Câmara não condizia com a realidade, pois tinha como referência um censo
defasado.
A casa legislativa amazonense sustentou ainda que
estados com menor população, como Alagoas e Piauí, tinham mais
representatividade na Câmara - com nove e dez deputados federais, contra
oito do Amazonas.
Estado crê na manutenção
O procurador-geral
do Estado da Paraíba, Gilberto Carneiro, disse ontem, que apesar do
parecer do representante do Ministério Público favorável à resolução do
TSE, continua confiante que o STF vai reverter o processo e se
posicionar pela inconstitucionalidade da redução das bancadas.
Carneiro
afirmou que está otimista quanto ao julgamento e vê a possibilidade de
concessão da liminar em favor do Estado da Paraíba para suspender os
efeitos da resolução, com base no princípio da reserva legal e da
segurança jurídica. “Continuo confiante que o STF fará com que as regras
da Constituição Federal sejam mantidas e deverá invalidar esta
resolução”, declarou o procurador-geral do Estado.
portal correio
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