BRUXELAS (Reuters) - Os
países mais industrializados do mundo apoiaram nesta quinta-feira a
realização de um novo acordo global sobre mudanças climáticas em 2015,
após promessas dos Estados Unidos no começo desta semana terem dado novo
ânimo às negociações.
O plano dos EUA de cortar As emissões de usinas de energia em
30 por cento até 2030, o qual deve sofrer oposição doméstica, levou a
União Europeia a defender seu próprio histórico nesse sentido.
A China, maior emissor do mundo de gases do efeito estufa,
também indicou que estabeleceria algum tipo de limite em suas emissões.
O esboço de um comunicado do grupo dos sete países mais
industrializados (G7), visto pela Reuters, dizia que os líderes
afirmavam sua “forte determinação” para adotar um novo acordo global em
2015 que seja “ambicioso, inclusivo e que reflita circunstâncias de
mudanças globais”.
A nota dizia também que os sete países do G7 - Grã-Bretanha,
Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos - permanecem
comprometidos com economias de baixa emissão de carbono e em limitar o
aumento de temperatura a 2 graus Celsius acima dos níveis
pré-industriais, o teto que segundo cientistas pode evitar efeitos mais
devastadores das mudanças climáticas.
O comunicado, escrito em uma cúpula em Bruxelas, também dizia
que os países do G7 anunciariam contribuições nacionais para reduzir
emissões no primeiro trimestre do ano que vem, antes de uma conferência
de Paris para decidir um acordo global em dezembro de 2015.
Ao mesmo tempo, o G7 ofereceu à UE apoio para tornar seu
abastecimento de energia mais seguro, prometendo “complementar os
esforços da Comissão Europeia para desenvolver planos de energia para os
invernos de 2014-2015”.
Na Europa, a busca por segurança energética frente às ameaças
da Rússia de que pode interromper o abastecimento de gás transportado
através da Ucrânia, deixou o debate climático como um item mais baixo na
agenda.
Mas, em discurso ao G7 em Bruxelas, o presidente da Comissão
Europeia, José Manuel Barroso, disse que as duas questões estão “de mãos
dadas”.
(Reportagem adicional de Luke Baker, Roberta Rampton e Jeff Mason em Bruxelas e Alister Doyle em Bonn)
http://br.reuters.com
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