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segunda-feira, 5 de maio de 2014

Políticos com presença nas redes sociais terão mais chances


Políticos com presença nas redes sociais terão mais chances
 Os políticos que estiverem mais presentes e que forem mais atuantes nas redes sociais terão grandes chances de conquistar novos eleitores no pleito deste ano. É o que garantem especialistas em marketing digital político. As interações com o público através das redes são uma fonte inesgotável de sugestões e novos pontos de vista que retroalimentam uma campanha. É através delas que um candidato e sua equipe conseguem ter uma visão mais clara dos anseios da população e quais propostas são simpáticas ou não ao eleitorado. Apesar das redes sociais serem utilizadas com frequência na Paraíba, desde a eleição de 2010, alguns políticos ainda não se atentaram para o fato e mantém perfis desatualizados, mas a grande maioria trabalha diariamente nas mais diversas ferramentas. Como exemplo, podemos observar perfis como os do governador Ricardo Coutinho (PSB), do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), do ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) e dos deputados federais Wilson Filho (PTB), Efraim Filho (DEM), Major Fábio (PROS), Manoel Junior e Nilda Gondim, ambos peemedebistas. Especialistas garantem que uma campanha eleitoral nas redes sociais só faz sentido se houver plena consciência por parte do candidato e sua equipe, de que questionamentos nesse canal precisam ser respondidos, ou seja, é fundamental que haja interação entre as duas partes. O eleitor atual exige uma resposta para seus questionamentos e o silêncio por parte do candidato é um sinal imediato de desrespeito com esse eleitor, o que joga por água abaixo todo o trabalho de marketing político nas mídias sociais. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reconheceu o uso das redes sociais para a campanha dos candidatos que disputarão as eleições deste ano. A minirreforma eleitoral garante a liberação do uso das novas mídias, mas criou um tipo criminal quando a plataforma é usada para denegrir a imagem de um candidato, partido ou coligação. As propagandas eleitorais estarão liberadas apenas em julho, mas não há nada que impeça de os ocupantes de cargos eletivos e possíveis candidatos usarem as redes sociais para divulgarem as suas atividades. Para especialistas em mídias sociais, o uso das redes é imprescindível como meio de interação com os eleitores. O professor doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Fernando Firmino, ressaltou que os políticos não podem ignorar as redes sociais como uma das principais ferramentas para uma relação com os eleitores, tanto para disseminar informações como prestar contas do seu trabalho. “Desde a eleição de Barack Obama nos Estados Unidos que os políticos despertaram para a necessidade de investimento  nesse segmento como forma de manter contato direto e decisivo com os eleitores e a população”, destacou. Fernando avaliou que, nas eleições deste ano, as redes sociais estarão presentes fortemente nas campanhas, tanto na chapa majoritária, quanto nas proporcionais. Para o professor, posts no Facebook, Twitter, YouTube e Instagram poderão ser decisivas. Estratégias variam, mas são essenciais Para ter êxito nas redes sociais, não basta a figura política criar um perfil, mas é preciso montar estratégias. O professor da UEPB, Fernando Firmino, informou que elas podem variar desde a forma mais pessoal, em que o candidato se comunica diretamente com o seu público, ou de forma impessoal, em que uma assessoria ou estrategistas de redes sociais estão atualizando o conteúdo. O deputado federal Efraim Filho (DEM), por exemplo, é quem gerencia seus perfis no Twitter, Facebook e Instagram. Diariamente ele dedica um tempo para atualizar as informações e interagir com seus seguidores. “Até hoje ainda tento conduzir as minhas contas nas redes sociais. Eu costumo dizer que não é perder tempo, mas investir duas horas do meu dia nesse diálogo com o cidadão. De forma geral, os jovens, mas tem pessoas de meia idade e até mesmo aposentados que tem encontrado na internet uma forma de participação”, disse. O perfil do deputado no Twitter possui 18,5 mil seguidores. Assim como Efraim, o deputado federal Wilson Filho (PTB) também é o responsável pelo gerenciamento e atualização de seus perfis nas redes sociais. “Eu faço postagens minutos antes de subir ao Plenário da Câmara para manter as pessoas informadas sobre o que está acontecendo em Brasília. Deixa a gente mais próximo não só do eleitor, mas do povo da Paraíba”, afirmou. Para o professor Fernando Firmino, o ideal seria uma estratégia híbrida com a participação direta do político, que proporciona um sentimento de proximidade com o leitor e uma noção de pertencimento daquele candidato com os lugares. “E ainda um trabalho profissional em background para poder gerenciar toda a complexidade que um conjunto de redes sociais e de outras estratégias digitais exige”, afirmou. Ele destacou que um dos erros fatais cometidos pelos políticos é acreditar que basta apenas atualizar periodicamente a página, sem interagir com as pessoas. O professor explicou que a comunidade virtual, que gira em torno daquele perfil, espera ver atualizações e interações e que é preciso compreender que a lógica das redes sociais é diferente dos meios de comunicação de massa, que é de mão-única, sem esperar um feedback. O professor citou o exemplo de um vídeo que mostra o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), jogando lixo na rua. O vídeo tornou-se um viral rapidamente, principalmente porque a cidade tem uma lei que multa quem joga lixo no chão. “O prefeito teve que agir rápido para tentar evitar o desgaste de sua imagem junto à população tendo em vista uma lei municipal de multa para quem joga lixo nas ruas. Este é um exemplo do dinamismo das redes sociais. Se o político não estiver preparado ou bem assessorado pode começar a perder a eleição por aí”, explanou. Correio da Paraíba

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