Quase três meses após o seu desaparecimento, não só o
mistério em torno do Boeing 777 da Malaysia Airlines continua por
resolver, como a própria investigação parece dar passos atrás. Afinal, o
avião não se despenhou na zona do sul do Oceano Índico onde foram
detetados sinais acústicos, anunciou o centro que coordena as buscas.
"Esta área pode agora ser descartada como tendo sido o
local onde terminou o MH370", refere um comunicado do Centro de
Coordenação Internacional das Buscas (JACC), liderado pela Austrália.
O novo dado foi tornado público após ter sido dada por
concluída, sem resultados, a missão de busca subaquática iniciada em
abril na área do Oceano Índico onde foram detetados sinais acústicos
semelhantes aos emitidos pelas caixas negras dos aviões.
A agência de coordenação informa que não foram
detetados sinais de destroços do avião pelo mini-submarino Bluefin-21,
que tem capacidade para mergulhar até 4.500 metros de profundidade e que
utiliza um sonar para criar uma imagem do fundo do mar.
Segundo a CNN, ganhou força a explicação de que os sons
detetados terão origem numa fonte humana, sem que nada tenham que ver
com o Boeing desaparecido.
Perante esta conclusão, as operações de busca vão
entrar numa nova fase, explica a JACC. Serão agora utilizados
sofisticados equipamentos para mapear a área do oceano que não foi
examinada, com base em todas as informações disponíveis e em análises
revistas, com vista a definir uma zona de busca de até 60 quilómetros
quadrados. Esta próxima missão arrancará em agosto e deverá levar até um
ano a ser concluída.
O avião da Malaysia Airlines, com 239 pessoas a bordo,
desapareceu a 8 de março depois de descolar de Kuala Lumpur rumo a
Pequim, onde deveria ter chegado cerca de seis horas depois.
Ainda na terça-feira, dados recolhidos pela operadora
de satélites britânica Inmarsat, e divulgados pelo Governo malaio, davam
força à tese do avião se ter despenhado no oceano Índico, devido a uma
falha de combustível enquanto voava para sul.
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