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quinta-feira, 1 de maio de 2014

1º de maio de 1994, o dia em que torcidas rivais cantaram em uníssono No Morumbi e no Maracanã, um total de 180 mil torcedores homenagearam o ídolo do automobilismo, morto na manhã daquele dia

Senna camisa corinthians sergio berezovsky
Morte do corintiano Ayrton Senna uniu canto das torcidas de São Paulo e Palmeiras no Morumbi | Crédito: Sergio Berezovski
O dia 1º de maio de 1994 ficou marcado para sempre na memória de milhões de brasileiros. Há exatos 20 anos, uma tragédia aconteceu em Ímola, na Itália, onde Ayrton Senna fazia sua terceira e última corrida pela sonhada equipe Williams, na Fórmula 1. O tricampeão da categoria perdeu a vida em um acidente violentíssimo, deixando os fãs brasileiros de automobilismo órfãos até hoje.
O acidente ocorreu ainda pela manhã aqui no Brasil. Durante a tarde, a rodada dos campeonatos estaduais aconteceu normalmente. Ou melhor, quase normalmente.
Em São Paulo, no estádio do Morumbi, o Tricolor recebia o Palmeiras pelo Campeoato Paulista. Aos 5 minutos de jogo, o árbitro paraguaio Juan Escobar paralisou o embate e decretou um minuto de silêncio. César Sampaio, que jogava pelo Verdão, chegou até mesmo a ajoelhar no chão para rezar pelo ídolo da Fórmula 1.
Enquanto isso, nas arquibancadas, após um breve momento de silêncio quase completo, são-paulinos e palmeirenses se juntaram em um canto único: "Olê, olê, olê, olá! Senna! Senna!". Quase 60 mil vozes homenagearam o corredor, mesmo sendo ele declaradamente um torcedor corintiano. Uma atitude da grandeza do grande ídolo nacional daquela época.
O Palmeiras venceu o jogo por 3 x 2, de virada, e ficou muito perto do bicampeonato paulista.
O Maracanã, no Rio de Janeiro, também foi palco de manifestação parecida. Vasco e Flamengo se enfrentariam pelo Campeonato Carioca e, após um minuto de silêncio antes do pontapé inicial, o mesmo grito que ecoou no Morumbi foi cantado em uníssono no Maracanã por mais de 120 mil torcedores.
O jogo terminou em 1 x 1, resultado que não deve ter ficado tão guardado na memória daqueles espectadores quanto a união das torcidas rivais ao homenagear Ayrton Senna.

Fonte: PLACAR

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