PAGINA INICIAL

terça-feira, 8 de abril de 2014

Implante na coluna devolve movimentos a pacientes paralisados

NOVA YORK, 8 Abr (Reuters) - Quatro homens que passaram mais de dois anos tetraplégicos, sem perspectivas de recuperação, recobraram a capacidade de movimentar as pernas e os pés, mas não de caminhar, graças a um dispositivo eletrônico implantado na coluna vertebral, disseram pesquisadores nesta terça-feira.
O sucesso, embora num número pequeno de pacientes, oferece a esperança de que um tratamento inovador possa ajudar pessoas com paralisias causadas por lesões medulares, segundo cientistas. Só nos EUA há 6 milhões de paraplégicos e tetraplégicos, sendo 1,3 milhão deles com lesões de coluna.
Os resultados também colocam em dúvida uma suposição importante sobre lesões da coluna: que o tratamento exigiria a reconstituição ou substituição de neurônios danificados, o que poderia ser possível com células-tronco, por exemplo -- um processo complicado e polêmico.
"A grande mensagem aqui é que pessoas com lesões da coluna cervical como as desses homens não precisam mais pensar numa condenação à paralisia pelo resto da vida", disse em entrevista o médico Roderic Pettigrew, diretor do Instituto Nacional de Bioengenharia e Técnicas de Imagens Biomédicas, que é parte do Instituto Nacional de Saúde dos EUA.
"Eles podem conseguir algum grau de função voluntária", disse Pettigrew, que viu isso como "um marco" nas pesquisas sobre lesões medulares. O instituto que ele dirige financiou parcialmente o estudo, publicado na revista Brain.
A pesquisa se baseou no caso do ex-jogador de beisebol universitário Rob Summers, que ficou tetraplégico ao ser atropelado em 2006. No final de 2009, ele recebeu um implante epidural logo abaixo da área danificada.
O aparelho de 72 gramas começou a emitir uma corrente elétrica em várias frequências e intensidades, estimulando densos feixes de neurônios na coluna. Três dias depois, ele ficou de pé sozinho, e em 2010 tentou dar seus primeiros passos.

O caso dele teve grande repercussão, mas os cientistas achavam que só pacientes com alguma sensibilidade nos membros --caso de Summers-- poderiam se beneficiar com os estímulos elétricos.

http://br.reuters.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário