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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Cinco pessoas ligadas a prefeito de Coari, no AM, são presas por pedofilia



Cinco pessoas ligadas a prefeito de Coari, no AM, são presas por pedofilia
Cinco foram presos em Coari e seguem para Manaus (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Clique para ampliar a imagem
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Funcionários da prefeitura e secretários foram detidos nesta manhã, em Coari.
Defesa de prefeito de Coari afirmou que ele também se apresentará à polícia.


Cinco pessoas foram presas, na manhã deste sábado (8), por envolvimento em uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes supostamente comandada pelo prefeito de Coari, Adail Pinheiro (PRP). Os mandados de prisão foram cumpridos no município distante 363 km de Manaus. A defesa de Adail afirmou que ele também se apresentará à polícia.

Entre os detidos estão o secretário de Terras e Habitação, Francisco Orimar Torres de Oliveira, o chefe de gabinete da prefeitura Eduardo Jorge de Oliveira Alves, Anselmo do Nascimento Santos, que seria motorista do prefeito, assessor particular Elias do Nascimento Santos, e a funcionária da Secretaria de Cultura do município, Alzenir Maia Cordeiro.

O G1 busca contato com a defesa dos cinco presos. Os suspeitos não falaram com a imprensa ao chegar à delegacia, em Manaus. O nome dos cinco foi revelado somente neste sábado, após as prisões. O caso tramita em segredo de justiça. Familiares que estão na Delegacia Geral da Polícia Civil, na capital, afirmam que os presos são inocentes.

Os suspeitos foram presos em residências no município de Coari. Um efetivo de sete policiais do Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera) foi requerido para o cumprimento dos mandados. De acordo com a polícia, nenhum dos cinco suspeitos apresentou resistência às prisões.

Das seis prisões decretadas na sexta-feira (7) pelo desembargador Djalma Martins da Costa, a única que ainda não foi cumprida é a do prefeito Adail Pinheiro. Ele, segundo a denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), seria o chefe da rede de exploração sexual. Ao G1, a defesa do prefeito afirmou que ele se apresentará à polícia.

Ainda segundo a polícia, os suspeitos devem embarcar do município para a capital ainda nesta manhã. Ao chegar em Manaus, todos serão encaminhados à Delegacia Geral da Polícia Civil, localizada no Dom Pedro, Zona Centro-Oeste de Manaus, onde ficarão a disposição da justiça.

De acordo com informações do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), os detalhes do processo (nº 0003606-63.2014.8.04.0000) não podem ser informados, pois o mesmo tramita sob segredo de justiça. Adail é suspeito de envolvimento em uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes.

Denúncias
Na Justiça do Amazonas, o prefeito possui três inquéritos policiais - relacionados a crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes e favorecimento à prostituição - em andamento, uma denúncia já recebida pela corte, e o novo pedido, que poderá se transformar em outra ação penal contra o acusado.

Na quarta-feira (5), o TJAM apresentou um relatório com todos os processos de Adail Pinheiro em tramitação no judiciário estadual. Ao todo, 56 processos estão ativos, sendo 34 ações na Comarca de Coari e 22 processos em Manaus.

Em visita ao município de Coari nesta semana, o MPE coletou novas denúncias contra o prefeito Adail Pinheiro (PRP). Segundo o promotor responsável pelo caso, Fábio Monteiro, as supostas novas vítimas eram crianças com idade entre nove e 11 anos.

Ao G1, o promotor contou que as novas denúncias apontam crianças entre nove e 11 anos de idade como os supostos principais alvos de Pinheiro. As abordagens, de acordo com o MP, também eram feitas por servidores públicos. "Segundo vítimas e familiares ouvidos, servidores, a mando do prefeito, ofereceram diversos bens, como casas, terrenos e dinheiro em troca das meninas", revelou.

Justiça Federal
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência República, Maria do Rosário, disse que deve solicitar ao Ministério Público Federal que os processos que envolvem acusações de envolvimento do prefeito de Coari, em casos de pedofilia sejam transferidos da Justiça do Amazonas para a Justiça Federal. A informação foi divulgada durante reunião com membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, integrantes do judiciário e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília, na última terça-feira (4).



Fonte: Portal G1/midiacon

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