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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Novo bafômetro detecta presença de álcool a distância de motorista

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O motorista nem precisa soprar. O novo aparelho identifica no ar a presença de álcool, a uma distância de 20 a 30 centímetros – o que agilizou o trabalho dos agentes do Detran de Brasília.

Pequeno, leve e eficiente. É o novo bafômetro que o Detran de Brasília tem usado nas operações de fiscalização.

Na blitz, o agente de trânsito se aproxima do carro e coloca o aparelho a uma distância de 20 a 30 centímetros do motorista, que não precisa soprar. O etilômetro passivo capta a presença de álcool no ar.

Se acender a luz verde é porque não há álcool no ambiente. A luz amarela indica que pode haver álcool. E a vermelha aponta que o motorista bebeu.

O Detran diz que o uso do aparelho deixa o trabalho de fiscalização mais rápido e também facilita a vida de quem não bebeu.

“Se ele não tiver ingerido bebida alcoólica ele vai ser liberado de uma forma muito mais rápida. O bafômetro foi até ele no próprio veículo dele. Então dá celeridade à abordagem”, avalia o agente de trânsito Lúcio Lahm.

O teste é rapidinho: dura no máximo 15 segundos. Com ele, o Detran faz uma triagem e concentra a fiscalização nos motoristas que muito provavelmente consumiram álcool. Mas ele não serve como prova nos processos porque não calcula exatamente quanto o motorista bebeu. Por isso, quando uma das luzes aponta presença de álcool, o motorista é convidado a sair do carro e fazer o teste tradicional.

Se ele se negar, como fez um motorista flagrado pela reportagem vai ficar temporariamente sem a carteira de habilitação, pagar multa de mais de R$ 1,9 mil e ainda responder a um processo administrativo.  Se outros sinais de embriaguez, como dificuldade para falar ou andar, forem verificados aí sim o motorista é preso e responde a uma ação penal.

Desde que o Detran de Brasília começou a usar o bafômetro passivo, em julho, o número de multas por embriaguez quase dobrou: passou de 709 no segundo semestre de 2012 para 1.352 no mesmo período do ano passado. 

“É mais um instrumento que a gente coloca aí na fiscalização para tentar convencer essas pessoas do risco que é dirigir apás fazer ingestão de bebida alcoólica”, afirma o diretor de Fiscalização de Trânsito do Detran-DF, Luiz Carlos Souto.

Outras cidades como São Paulo e Salvador também estão usando o bafômetro passivo para identificar motoristas suspeitos de beber antes de dirigir.

cariri ligado

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