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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

PF põe fim a desvio de R$ 47,5 milhões da pasta do Trabalho ONG paulista foi alvo principal da Pronto Emprego, que fez buscas no ministério


PF prende sete por fraudes de R$ 47,5 mi do Ministério do Traba
Mobilização. Cerca de 150 homens atuaram da operação Pronto Emprego em São Paulo, Rio e Brasília
PUBLICADO EM 04/09/13 - 03h00
São Paulo. A Polícia Federal deflagrou na manhã de ontem a operação Pronto Emprego, para apurar desvios de recursos públicos originários do Ministério do Trabalho e Emprego. Foram cumpridos sete mandatos de prisão e 37 de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Na operação, um assessor do secretário executivo do ministério, Paulo Roberto dos Santos Pinto, foi preso com cerca de R$ 30 mil. O dinheiro seria de propina. A PF também fez buscas na sede da pasta, na capital federal.
Segundo a Polícia Federal, foram comprovadas “graves irregularidades” nos repasses de R$ 47,5 milhões do Ministério do Trabalho para uma ONG de assistência ao trabalhador com unidades em São Paulo e no Rio. A PF informa que esse valor deveria ser destinado à criação e manutenção de centros públicos de empregos, e ainda para a qualificação de trabalhadores.
A investigação teve início em janeiro, segundo a PF, com a colaboração do Tribunal de Contas da União (TCU). Os agentes federais constataram o desvio dos recursos públicos e também lavagem de dinheiro desde a concessão de verbas pela pasta, passando pelo direcionamento de contratações, inexecução de contratos, doações fictícias e simulações de prestações de serviço até a reinserção do dinheiro ao sistema financeiro.
Foram mobilizados 150 policiais federais e dois auditores do TCU na operação de ontem. Os investigados responderão pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, cujas penas, somadas, atingem 37 anos de prisão.
Foco. Um dos endereços que a PF vasculhou foi a sede da ONG Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat), na zona Sul da capital paulista. A entidade, fundada em 2002, estaria no centro dos desvios de recursos. O Ceat se define como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) “que se tornou uma referência na inclusão socioprodutiva e no resgate da autoestima do trabalhador”.
“A organização surgiu em função da necessidade de enfrentar um cenário dramático de desemprego no Brasil, em particular, na região metropolitana de São Paulo”, diz o site da ONG, segundo o qual, atendeu um milhão de pessoas.

Quando Lupi caiu
- Em dezembro de 2011, o então ministro do Trabalho Carlos Lupi (PDT) renunciou. Um dos motivos envolveu ONGs.

- Haveria um esquema de extorsão, dentro da pasta, em que ex-assessores diretos de Lupi cobrariam propina para regularizar a situação de ONGs.

- Além disso, servidores cobrariam propina para regularizar sindicatos.

- Também teria sido autorizada a criação de sindicatos-fantasma.
 otempo.com

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