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quarta-feira, 17 de julho de 2013

'Estatuto do PCC' apreendido em presídio de segurança máxima da PB prega vingança contra policiais Documento manuscrito contém regras para serem seguidas pelos presos e foi encontrado no Complexo Penitenciário de Segurança Máxima PB2


Secom PB
Complexo PB1, em João Pessoa
Uma operação pente fino realizada por agentes do Sistema Penitenciário da Paraíba apreendeu um documento manuscrito que reproduzia o estatuto da organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que atua em São Paulo (SP). O documento contém 18 artigos que, segundo os policiais, deveriam ser seguidos por "integrantes da facção". O 'estatuto' foi apreendido nesta terça-feira (16), no Complexo Penitenciário de Segurança Máxima PB2, na localidade de Jacarapé, na PB 008.
Confira oEstatuto do PCC
 Segundo o secretário de Administração Penitenciária da Paraíba, Walber Virgolino, o serviço de inteligência da Seap recebeu a informação de que familiares de um dos detentos fariam a entrega do documento durante a visita. Foi feito o levantamento e agentes da inteligência do Grupo Penitenciário de Operações Especiais (GPOE) conseguiram frustrar o plano.
No manuscrito a organização prega a lealdade dos integrantes “visando o crescimento da facção respeitando a ética do crime”. Em outro ponto, o estatuto prega "a democracia" afirmando que “todos têm direito de se expressar, sabendo que há uma hierarquia e democracia”. Outro ponto do artigo prevê a vingança contra policiais militares, civis e agentes penitenciários que matarem seus 'filiados'.
Conforme consta no documento, os criminosos devem colaborar de forma financeira para o crescimento do PCC. “Os integrantes têm que colaborar e participar do progresso do comando para ajudar no pagamento de advogados, ajuda financeira para funerais, para cadeias carentes, além auxílio para os doentes e outros serviços médicos, que vai até a pagamento de cirurgias”.
O documento prega a lealdade, fidelidade, companheirismo entre os criminosos, disciplina e ensina que eles têm sempre que estar dispostos a participar de qualquer ação, inclusive, resgate de presos.O 'estatuto' afirma ainda que a facção não aceita entre seus integrantes "cabuetas", gays e estupradores. 
O estatuto é finalizado com a frase: “Vida se paga com vida. Sangue se paga com sangue. Boa sorte”. O documento será periciado pelas autoridades policiais.
O complexo penitenciário de segurança máxima Romeu Abrantes, dividido em dois setores (PB1 e PB), tem capacidade para 600 apenados. O documento foi apreendido no pavilhão 2 do PB2 que suporta uma população carcerária de 300 presos.    
portal correio

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