É com um longo e frontal discurso que o presidente da Exodus International, a maior instituição católica dedicada a «ajudar» os homossexuais a «curarem-se», pede «desculpa» e assume planamente a homossexualidade. Poucas horas depois, ainda na quarta-feira, a instituição anuncia o encerramento.
Alan Chambers reconhece a sua «atração por pessoas do mesmo sexo» e que se sente «aliviado» desde que se assumiu plenamente perante a mulher e a família. Alan Chambers sente-se «envergonhado» e pede desculpas «se magoou alguém», mas «fê-lo sem intenção», dando como exemplo um acidente de carro que teve em 1993 e acabou por provocar um choque em cadeia, ferindo pessoas involuntariamente. Pede desculpa por ter «interpretado a rejeição religiosa do Cristianismo como uma rejeição de Deus».
A sua reflexão começou num programa do canal de Oprah Winfrey.
No comunicado, a instituição revela que decidiu fechar portas, depois de mais de três décadas de existência.
A direção explica que esteve a discutir o futuro da instituição durante um ano e chegou à conclusão que ela não tem lugar numa sociedade que está a «mudar culturalmente». Com esta decisão, a Exodus «não está a negar» a sua atividade passada.
Em Espanha, a associação que representa os gays e lésbicas já pediu à Conferência Episcopal que olhe para este exemplo, conta o «El País».
A visão sobre a homossexualidade tem sofrido muitas alterações nos últimos anos e em todo o mundo . Por exemplo, em Portugal, depois da aprovação do casamento gay em 2010, a coadoção por casais do mesmo sexo em Portugal, depois da aprovação do casamento gay em 2010, a coadoção por casais do mesmo sexo passou no Parlamento que até tem uma maioria de direita.
Pelo contrário, no Brasil, país do samba, um deputado federal fez aprovar a «cura gay», ou seja, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara aprovou, na terça-feira, um projeto que permite aos psicólogos promover tratamento com o objetivo de curar a homossexualidade.
Marco Feliciano assume-se como pastor, deputado federal, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, escritor, cantor e apresentador de um programa de TV.
A proposta aprovada anula também um artigo de uma resolução que determina que «os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica», escreve a «Folha».
tvi24.iol.
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