O termo pode ser relativamente novo, mas a prática é velha conhecida. Estamos falando do photobombing, a arte de arruinar uma fotografia, intencionalmente ou não, com uma aparição súbita e indesejada no plano de fundo.
A primeira definição conhecida de “photobombing” do Urban Dictionary foi apresentada em 6 de maio de 2008. A ação é descrita como “Posar em fotos de outras pessoas intencionalmente, para uma posterior surpresa. Usualmente, as pessoas estão fazendo caretas no fundo, sem o conhecimento dos principais sujeitos da foto.” Em 23 de junho do mesmo ano, foi criado o grupo “Photobombers”, no Flickr, para que os membros pudessem compartilhar suas experiências de arruinar fotos alheias.
A ideia abrange desde os inofensivos chifrinhos nos amigos até exibições performáticas escandalosas, impossíveis de não serem notadas. Todo mundo que mantém álbuns fotográficos antigos sabe que a brincadeira precede a Internet, mas sua disseminação ocorreu principalmente na transição do filme tradicional para a fotografia digital, no início dos anos 2000. Outro fator que contribuiu para o fenômeno foi o surgimento de redes sociais e a facilidade para compartilhar de fotos, a exemplo do que acontece no Facebook e Orkut.
Vários photobombs já se tornaram virais na Internet. Um dos exemplos recentes é o da arraia que “pulou” atrás de um grupo de amigas durante uma foto, o que lembra que animais também podem protagonizar photobombs – prova disso é esta lista dos melhores protagonizados por animais, produzida pelo TechTudo. Sites dedicados ao tema, como o Photobomb.net e o Tumblr Photobomb, reúnem uma enorme quantidade de casos e contribuem para que as fotos se espalhem pela web.
O pioneiro do photobombing
Quem pratica esta modalidade de divertimento é chamado de “photobomber”. Um dos primeiros e mais notáveis photobombers é o americano Rollen Stewart, atualmente com 68 anos. Nas décadas de 70 e 80, Stewart invadia transmissões esportivas ao vivo usando uma peruca afro com as cores do arco-íris, razão pela qual recebeu o apelido de “Rainbow Man” ("Homem Arco-íris"). Atualmente, ele cumpre prisão perpétua por sequestro, o que deve significar que sua carreira de photobomber está encerrada.
Video Bombing
É claro que a brincadeira ultrapassou as fronteiras da fotografia e chegou aos vídeos. Quando a aparição inoportuna é em uma filmagem, recebe o nome de video bombing. O Urban Dictionary também traz definição para esse termo, descrito de forma pouco menos sutil: “Interromper uma gravação de vídeo por ser um idiota.”
O espírito de galhofa é basicamente o mesmo do photobombing. A diferença é que o público-alvo é mais restrito – as vítimas normalmente são equipes de televisão que fazem reportagens ao vivo. No exemplo abaixo, um rapaz atrapalha a transmissão de uma repórter da "BBC".
globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário