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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Justiça italiana condena cientistas por não preverem terremoto


Justiça italiana condena cientistas por não preverem terremoto23 Outubro 2012 por:

Redação Horizonte MS
 
 
 
A Justiça da Itália decidiu, nesta segunda-feira (22), pela condenação de seis cientistas e um funcionário público por homicídio culposo, com pena de seis anos de prisão, por não terem previsto e alertado a população do grande terremoto que atingiu L’Aquilaem 2009.
 
O grupo condenado fazia parte da Comissão Nacional para a Previsão e Prevenção de Grandes Riscos, e possuíam como missão avaliar e alertar os habitantes da região que vinha sofrendo pequenos abalos sísmicos.
 
A acusação imputa a responsabilidade dos cientistas de informarem as autoridades uma avaliação inexata, incompleta e contraditória, e que minimizaram os perigos para a população algum tempo antes do grande temor.  A equipe havia se reunido no dia 31 de março de 2009 na cidade, mas tranquilizou as autoridades locais afirmando que o fenômeno não alcançaria intensidade devastadora.
 
Porém, seis dias depois, em 6 de abril de 2009, por volta das 15h30, a terra em L’Aquila, no centro da Itália, tremeu atingindo a magnitude de 6,3 na escala Richter, matando mais de 300 pessoas, deixando 1600 feridos e 65 mil desabrigados. Diversos patrimônios históricos e artísticos foram perdidos na ocasião.
 
A promotoria sustentou que o evento deveria ter sido previsto com base nos pequenos tremores anteriores. Em contrapartida, a defesa argumentou que é impossível a previsão de tais fenômenos, o que foi corroborado pela assinatura de cinco mil pesquisadores em uma carta enviada ao presidente da Itália, Giorgio Napolitano, da Associação Americana para o Progresso da Ciência.
 
A condenação superou o pleito da promotoria de quatro anos de prisão, ao pronunciar sentença de seis anos. Além da prisão, a justiça determinou ainda que os cientistas serão impedidos, para sempre, de ocupar cargos públicos, e que deverão pagar indenização de pelo menos nove milhões de euros às famílias das vitimas.
 
Um dos advogados de defesa considerou a sentença como assombrosa e incompreensível, e deverá recorrer. 

horizontems.com

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