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domingo, 20 de novembro de 2011

Egito enfrenta 2º dia de violência


Egito enfrenta 2º dia de violência
"Confrontos no Cairo neste domingo (Reuters)"
Manifestantes egípcios voltaram a ocupar a praça Tahrir, no centro do Cairo, após violentos confrontos com a polícia em diversas partes do país.
Centenas de pessoas passaram a noite na praça e continuam no local, apesar das tentativas das autoridades de reprimir o protesto com gás lacrimogêneo.
Alguns jornais egípcios estão descrevendo a onda de manifestações como 'a segunda revolução'.
A uma semana das primeiras eleições parlamentares desde a queda do presidente Hosni Mubarak, os manifestantes protestam contra um rascunho de constituição que, que segundo eles, permitiria que os militares mantivessem muito poder após a eleição de um governo civil.
Eles exigem que o líder do governo militar do Egito, marechal Hussein Tantawi, renuncie e seja substituído por um conselho civil.
Morte
A violência no Cairo começou no sábado, quando a polícia tentou retirar manifestantes da praça após protestos na sexta-feira.
Dois manifestantes foram mortos: um atingido por um tiro no Cairo e outro, por uma bala de borracha em Alexandria.
Cerca de 750 pessoas ficaram feridas, 40 delas das forças de segurança, segundo a TV estatal egípcia.
Manifestantes na capital incendiaram um prédio do governo e um carro da polícia e lançaram bombas caseiras e pedras contra os policiais.
Na praça Tahrir, a violência continuou até a noite, quando os policiais se retiraram para ruas nos arredores.
Confrontos no Cairo (Reuters)
"Confrontos no Cairo (Reuters)"
Os confrontos recomeçaram neste domingo, quando as forças de segurança tentaram conter manifestantes que se dirigiam para o prédio do Ministério do Interior, nas imediações da praça.
Acampamento
Um acampamento improvisado foi montado na praça, exatamente como o que apareceu em fevereiro, durante os protestos que tiraram Mubarak do poder.
Um hospital temporário foi montado para cuidar dos feridos. Um médico voluntário disse à BBC que várias pessoas têm ferimentos com balas de borracha, principalmente nos olhos.
Uma declaração do gabinete do primeiro-ministro Essam Sharaf pediu que os manifestantes deixem a praça.
'O que está ocorrendo em Tahrir é muito perigoso e ameaça o curso da nação e da revolução.'
No início de novembro, os militares divulgaram um documento com as bases da nova constituição.
Segundo o projeto, os militares e seu orçamento ficaram não ficariam sujeitos a uma supervisão civil.
Isso irritou os manifestantes, em sua maioria islamistas e jovens ativistas, que temem que as conquistas feitas durante o levante popular sejam apagadas com os militares mantendo poder.
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fonte: noticias.br.msn.com

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