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Hoje,
a correção do salário mínimo é feita com base na soma da variação do
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior,
calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística com o
resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. O objetivo é
proporcionar ganhos reais – acima da inflação – aos assalariados, mas
somente se o PIB tiver crescimento. Como o PIB teve uma forte contração
de 3,8% em 2015 – ano que serve de parâmetro para o salário mínimo em
2017 – a correção do mínimo no ano que vem levará em conta, somente o
valor da inflação deste ano, que o governo estima que ficará em 7,4%.
O valor
do salário mínimo para o ano que vem, entretanto, ainda pode ser
alterado no futuro. Hoje, os R$ 66 de acréscimo ao valor atual estão
longe de recuperar o valor de compra do menor salário pago no país.
Segundo cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) o salário mínimo necessário para suprir as
despesas de uma família de quatro pessoas com alimentação, moradia,
saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência
deveria ser de R$ 3.736,26 em março deste ano.
Rombo de até R$ 65 bilhões
Na LDO encaminhada ao Congresso Nacional, o Ministério do Planejamento
propõe a meta fiscal do governo central (composto por Tesouro Nacional,
Previdência Social e Banco Central) em zero, mas prevê que o resultado
possa se converter num déficit primário de R$ 65 bilhões caso haja uma
frustração de receitas ou a necessidade de mais gastos com
investimentos. Segundo o Ministério do Planejamento, a previsão é de um
abatimento de R$ 42 bilhões por causa de queda na arrecadação e de R$ 23
bilhões pelo pagamento de despesas do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC).
Para
o setor público consolidado, que engloba governo central e estados e
municípios, o projeto prevê uma meta de superávit primário (economia
para o pagamento de juros da dívida pública) de 0,1% do Produto Interno
Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país). Como o esforço
do governo central é zero, caberá aos governos regionais poupar o
equivalente a 0,1% para tentar deixar as contas no azul. ara 2018, a
meta do governo central foi fixada num superávit primário de 0,5% do
PIB. Para o setor público consolidado ela é de 0,8% do PIB. Para 2019, o
superávit proposto foi de 1% do PIB para o governo central e de 1,4%
para o setor público.
Na
LDO de 2016, o governo havia indicado que trabalharia com uma meta de
superavit primário de 1,3% do PIB para 2017. Para 2018, a estimativa da
equipe econômica era poupar o equivalente a 2% do PIB. Com a
desaceleração da economia, contudo, as previsões tiveram que ser
revistas.
http://www.cenariomt.com.br/noticia/518477/salario-minimo--rs-946-em-janeiro-de-2017.html
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