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domingo, 31 de maio de 2015

Deputados pedem que STF suspenda tramitação da PEC da reforma política

Deputados de seis partidos entraram neste sábado (30) com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) que pede a suspensão da tramitação da PEC da reforma política. O documento foi assinado por 61 parlamentares de PT, PPS, PC do B, PSOL, PSB e PROS.
Na última semana, a Câmara dos Deputadosaprovou três alterações à legislação atual: o fim da reeleição, restrições de acesso de pequenos partidos ao fundo partidário e permissão de doações de empresas a legendas.
A queixa dos deputados está relacionada à votação que permite doações de empresas a partidos políticos. No documento, eles argumentam que o plenário da Câmara votou duas vezes a possibilidade de doação às legendas, o que seria inconstitucional.
Na última terça (26), os deputados rejeitaram a emenda que autorizava doações de empresas a partidos e a candidatos. No dia seguinte, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), colocou em votação a possibilidade de incluir na Constituição a opção de a iniciativa privada fazer doações eleitorais exclusivamente para legendas partidárias, o que foi aprovado.
"Como se observa, no dia 26.05.2015, o Plenário da Câmara rejeitou simultaneamente a doação empresarial direta aos candidatos e a doação aos partidos. A matéria foi efetivamente apreciada pelo colegiado. A Emenda Aglutinativa n. 22 apresentava as opções 1 (doação a partidos) e 2 (doação a candidatos), e ambas foram rejeitadas. A Emenda Aglutinativa n. 28, apresentada no próprio dia 27.05.2015, continha apenas a opção 1 (doação a partidos), a qual, porém, já havia sido objeto de deliberação no dia anterior", informa o texto enviado ao Supremo.

Em seguida, o texto argumenta que a hipótese é de "típica violação do 'devido processo legislativo'", dado que a mesma possibilidade foi votada duas vezes no mesmo ano, o que seria inconstitucional.

correiodoestado.com

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