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domingo, 2 de novembro de 2014

Luta contra aquecimento global é viável, mas é preciso cortar emissões a zero até 2100, diz ONU

COPENHAGUE (Reuters) - Os governos podem controlar as mudanças climáticas a custos viáveis, mas precisam reduzir a zero a emissão dos gases do efeito estufa até 2100 para limitar riscos crescentes, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado neste domingo.
O documento de 40 páginas, que resume 5 mil páginas de trabalho de 800 cientistas publicadas desde setembro de 2013, diz que o aquecimento global está causando mais ondas extremas de calor e chuvas intensas, resultando na acidificação dos oceanos e aumentando o nível dos mares.
"Ainda há tempo, mas muito pouco tempo", para agir a custos viáveis, afirmou à Reuters Rajendra Pachauri, que preside o Painel Intergovernamental para Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês).
Ele referia-se ao objetivo da ONU de limitar o aumento da temperatura em dois graus Celsius acima da era pré-industrial. As temperaturas já estão 0,85 grau mais altas.
Para que haja uma boa chance de se ficar abaixo de dois graus, o relatório diz que as emissões mundiais teriam que cair para "perto de zero ou abaixo em 2100". O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, vai participar da apresentação do relatório em Copenhague neste domingo.
O estudo, aprovado por autoridades de mais de 120 governos, vai ser o principal manual para 200 países que se preparam para firmar um acordo em Paris, em 2015, para combater o aquecimento global.
O relatório aponta opções como eficiência energética, adoção de energia solar ou eólica, energia nuclear, usinas a carvão em que o dióxido de carbono seja enterrado.
No entanto, a captura e o armazenamento do carbono foi pouco testado até agora. O relatório diz que na maioria dos cenários "a geração de energia por combustíveis fósseis sem captura e armazenamento deve ser reduzida quase que completamente por volta de 2100".

A China, os Estados Unidos, a Índia e a União Europeia são os principais emissores de gases do efeito estufa.


reuters.com

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