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domingo, 28 de setembro de 2014

Padilha nega que auditoria sobre fraude na Saúde contrarie seu discurso

Segundo Padilha, "não há nada de diferente" entre suas falas e o relatório
O candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Alexandre Padilha, negou neste sábado (27) que auditoria feita pela CGU (Controladoria-Geral da União) sobre fraude em licitação no Ministério da Saúde contrarie seu discurso de que concorrência pública tenha sido conduzida no interior da Bahia.
Ex-ministro da Saúde, o petista diz que o processo de licitação era feito pelo DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) da Bahia. A CGU aponta que a fraude foi conduzida pela gestão central da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) em Brasília, órgão subordinado à pasta. Segundo Padilha, "não há nada de diferente" entre suas falas e o relatório.
"Essa apuração começou por mim em janeiro, a CGU agiu a pedido do ministério. Nós desmontamos a quadrilha e punimos tanto servidores quanto empresas, no interior da Bahia e em Brasília. Agora, o distrito acontece no interior da Bahia. É uma licitação feita no interior da Bahia e as pessoas envolvidas foram fortemente punidas", disse, após evento de campanha em Itaquera, na zona leste de São Paulo.
O próprio ministério também havia dito anteriormente que o DSEI possuía autonomia administrativa para fazer a licitação.
O caso também está sob investigação do Ministério Público Federal e da PF, que na quinta (25) apreendeu documentos nas sedes das empresas envolvidas na possível fraude.
Padilha afirmou na quinta: "Todo o processo é feito pelo distrito. O que o ministério faz é descentralizações para que as compras aconteçam mais rápido. Todo processo é do distrito, todo processo licitatório e jurídico".
A Folha de São Paulo revelou em abril que o contrato estava sendo investigado pela CGU e que a licitação só ocorreu após aval do então ministro Padilha, já que o valor era superior a R$ 10 milhões.
CAMPANHA
De acordo com a revista "Veja", em inquérito de apuração sobre suposto superfaturamento do contrato de locação de automóveis para o Ministério da Saúde, um empresário disse ao Ministério Público que a licitação foi dirigida e parte do dinheiro do contrato seria desviado para a campanha do petista. Padilha classificou o depoimento de "absurdo".
"Quem fala isso tem que provar, ainda mais quando se faz isso a uma semana da eleição", afirmou, segundo a publicação.
Além de Itaquera, o candidato fez caminhada neste sábado no centro da capital e visitou habitações populares reformadas com recursos do governo federal.

Em seu discurso, Padilha teve que competir com caixas de som de militantes do PSB, que gritavam no microfone o nome da candidata à Presidência pelo partido, Marina Silva, enquanto ele falava.

jcnet.com

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