Um dos políticos citados por Meire foi o deputado
federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) que, segundo ela, contou com a ajuda
de Youssef para quitar dívidas de campanha. “Dizem que eu tenho um
contato com o Alberto Youssef e dizem que um assessor meu, sem dar o
nome desse assessor, procurou essa senhora que eu não sei quem é. Então,
é uma matéria furada”, afirmou Vaccarezza após tomar conhecimento sobre
a reportagem.
“Não conheço essa moça. Não procede o que ela está
dizendo”, afirmou também o ex-ministro Mário Negromonte. “Não tem
denúncia nenhuma da PF, do MP, nada. Não tem telefonema meu, não tem
mensagem, não tem depósito, nada. Repudio veementemente a declaração da
contadora que eu nem sei quem é.” Negromonte disse que conversou com seu
irmão, Adarico, também citado pela contadora, que negou a acusação.
Segundo a versão da contadora, o irmão de Negromonte trabalhava para o
esquema “transportando as malas, levando e buscando dinheiro nas
construtoras”.
Também citado pela contadora, o senador Fernando Collor
(PTB-AL) não respondeu às perguntas do jornal. Meire disse à Veja que
Youssef teria depositado R$ 50 mil na conta do senador a pedido de Pedro
Paulo Leoni Ramos, um ex-assessor do ex-presidente.
Ainda de acordo com a reportagem da revista, o deputado
federal André Vargas (ex-PT) ajudou Youssef a lavar R$ 2,4 milhões por
meio de uma empresa no Paraná e recebeu como pagamento R$ 115 mil para
pagar o frete do jato que levou Vargas para suas férias na Paraíba. Por
meio de seu advogado, Michel Saliba, André Vargas negou as acusações.
“Ele nega veementemente ter recebido a viagem. Não foi em troca de nada.
E muito menos ele lavou dinheiro. Essa é uma acusação absurda.”
As denúncias apontaram ainda que Vargas estaria
empenhado em conseguir que dois fundos de pensão, o Postalis, dos
Correios, e a Funcef, da Caixa Econômica Federal, colocassem R$ 50
milhões num dos projetos de Youssef. Em nota, o Funcef voltou a admitir
que o diretor do fundo, Carlos Borges, recebeu o doleiro em março deste
ano a pedido do deputado Vargas. Youssef apresentou uma proposta, mas o
projeto foi “prontamente descartado”.
Já Luiz Argôlo (ex-PP), é descrito pela contadora como
um dos mais assíduos no escritório de Youssef. O advogado dele disse
que o representa apenas no processo do Conselho de Ética da Câmara. À
reportagem do jornal, PMDB e PT não se manifestaram e o presidente do
PP, senador Ciro Nogueira, disse que os fatos relatados são anteriores à
sua gestão.
Citada, a construtora Camargo Corrêa disse que não teve
acesso ao depoimento publicado pela revista, mas disse que nunca fez
pagamentos a Youssef ou Às suas empresas. OAS e Mendes Júnior não se
pronunciaram.
terra.com
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