Capital já notificou dez óbitos decorrentes da doença em 2014, cinco vezes mais do que o registrado em todo o ano passado
Funcionário da Vigilância Sanitária em mutirão contra a dengue
(Ademir Almeida/AE)
Embora tenham sido confirmadas só agora, as mortes ocorreram em 8 e 13 de abril, mês que registrou o pico da doença. Sete das oito mortes já divulgadas anteriormente ocorreram nesse mesmo período. Apenas um óbito ocorreu antes, no mês de fevereiro.
Até agora, a cidade já registrou 12.531 casos de dengue neste ano, 10% a mais do que o total de notificações acumuladas até o balanço anterior, divulgado há uma semana. Comparado ao mesmo período do ano passado, o aumento é de mais de 400%. De janeiro a junho de 2013, foram 2.479 casos. Em todo o ano de 2010, quando a cidade viveu o pior surto de dengue dos últimos dez anos, o número de casos não chegou a 6.000, menos da metade do registrado em 2014.
A taxa de incidência geral da capital paulista é de 111 casos por 100.000 habitantes, índice considerado médio pelo Ministério da Saúde. É a primeira vez em dez anos que essa taxa sai do patamar classificado como baixo (inferior a 100 casos por 100.000 habitantes).
Distritos — Dos 96 bairros de São Paulo, apenas um não registrou nenhum caso de dengue: Marsilac, na Zona Sul. Segundo a Prefeitura, subiu de 11 para 16 o número de distritos com transmissão de dengue em nível de emergência. Entre eles, estão Jaguaré, Rio Pequeno, Vila Jacuí, Itaquera, Tremembé, Pirituba, Campo Limpo, Capão Redondo, Butantã e Lapa, Raposo.
Apesar dos números e da confirmação de duas novas mortes, a Secretaria da Saúde afirma que o pior período da doença já passou, já que o número de casos da doença registrados começou a desacelerar na cidade. A Prefeitura afirma ainda que continua realizando ações de combate ao mosquito Aedes aegypti em todas as regiões da capital.
veja.abril
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