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Ruben Weber-Jackson nasceu com defeito congênito no coração, que foi reparado com tecido de coração de vaca (Foto: Caters News)
Quando Ruben Weber-Jackson nasceu na cidade de Beverley, na Inglaterra,
ninguém notou que havia algo diferente com o bebê. Duas semanas depois,
sua mãe, Petra Weber-Jackson, de 29 anos, percebeu que ele passou a
respirar com dificuldade. Exames mostraram que Ruben tinha dois buracos
no coração e um estreitamento da aorta, o que comprometia severamente
sua circulação.Foram necessárias duas grandes cirurgias para tratar o defeito congênito, de acordo com agência Caters. A primeira foi feita ainda no primeiro mês de vida. No segundo procedimento, realizado logo depois, os médicos usaram tecido retirado de um coração de vaca para reparar os buracos no coração. Segundo a equipe médica que o atendeu, foi o que salvou sua vida.
Hoje, logo depois de completar um ano, os pais de Ruben dizem que temiam que a criança não vivesse até o primeiro aniversário. “Não há um dia que passa em que eu não pense sobre como nossas vidas poderiam ser diferentes agora, como chegamos tão perto de perdê-lo”, diz Petra. “De certa forma, eu acho que ele sabe no subconsciente – ele é um bebê tão feliz e parece querer fazer o máximo da vida.”
De acordo com a cardiologista pediátrica Simone Pedra, coordenadora da Unidade Fetal do HCor, em São Paulo, o uso do pericárdio bovino para tratar defeitos congênitos é comum. “O pericárdio é uma membrana que envolve o coração. Existe um banco desse tecido, em que ele é tratado com toda a antissepsia e vira como se fosse um retalho biológico, usado para ampliar vasos, fechar orifícios e outras funções”, explica.
A especialista diz que, a cada 100 bebês, um nasce com alguma alteração cardíaca. Entre os que têm esse problema, mais ou menos metade precisa de atendimento logo após o nascimento. “Há uma gama muito grande de defeitos possíveis, como buracos no coração, válvulas parcialmente ou totalmente fechada, troca na posição dos vasos”, diz.
Alguns sinais desses problemas são a pele de coloração arroxeada (que indica que a quantidade de oxigênio circulante no corpo está reduzida), a insuficiência cardíaca (visível quando a criança se mostra cansada e com respiração rápida) ou a presença de sopro no coração (detectado em um exame rotineiro feito pelo pediatra).
No caso de Ruben, além da respiração irregular, sua mãe também notou que ele estava com lábios arroxeados. Hoje, a criança vive saudável com a mãe, Petra, o pai, Mike Jackson, de 40 anos, e os dois irmãos: William, de 7, e Johannes, de 4 anos.
globo.com
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