Se você nota que seu veículo está recebendo multas de trânsito em
locais em que nunca esteve, tome cuidado. Pois ele pode ter sido
clonado, ou seja, há outro veículo circulando com as mesmas
características: marca, modelo, cor, placa e documentação falsificada.
Foi
o caso do porteiro Carlos, que não entendeu a multa que ele recebeu por
excesso de velocidade, por um local onde ele não passou e na hora em
que ele estava trabalhando. “Eu recebi a infração em casa e fui
constatar na Semob, quando cheguei percebi que o veículo era totalmente
diferente do meu. As jantes do carro não eram iguais e ao lado do tanque
de gasolina estava amassado, diferente do meu”, revelou o porteiro.
A
Delegacia de Roubos e Furtos da Capital alerta que a chegada de multas
indevidas nas residências dos pessoenses é o principal indicativo de que
os veículos que eles usam foram clonados. E é aí que a dor de cabeça
começa. E, devido à burocracia do Estado, demora para passar. Só este
ano, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) emitiu 40 alertas de
restrição para veículos com suspeita de clonagem de placa em Pernambuco.
Embora esse número não seja tão expressivo, só a vítima sabe o trabalho
que dá tentar resolver o problema.
Se você se encontrar nesta
situação, poderá procurar um advogado para entrar com pedido junto a
Corregedoria do Detran, na capital ou Ciretran, se você reside no
interior, para substituição da placa do veículo.
Os policiais
informaram que a primeira coisa que o cidadão deve fazer para se
defender da multa é registrar a ocorrência do fato. Após a denúncia, o
carro passará por uma vistoria onde mostrará que o veículo dele é o
original. E com o documento em mãos, a pessoa poderá realizar sua defesa
administrativa junto ao Detran.
Os tipos de clonagem
Nas
montadoras, os carros recebem uma série numérica que é gravada no
chassi, motor, vidros e carroceria. Esses números são registrados com
uma máquina especial, instalada na linha de montagem. No caso dos
vidros, por exemplo, os números já saem serigrafados da fornecedora.
Embora
haja um rigoroso controle dentro das fábricas por parte do Denatran, os
criminosos conseguem acesso a todos os números do veículo, inclusive ao
Registro Nacional de Veículos Automotores (código Renavam). As
quadrilhas anotam o número da placa de um veículo na rua, a cor e o
modelo, em seguida, puxam todos as informações sobre o veículo e fazem a
clonagem.
Os peritos conseguem identificar a diferença porque a
cópia nunca é perfeita, já que a máquina e o processo utilizado não são
os mesmos das fabricantes.
Um novo golpe revelado pelos policiais
que está sendo aplicado pelos bandidos, é o furo das placas dianteiras
originais, a partir delas, o bando consegue fazer clones dos carros. Se a
pessoa identificar furos na placa dianteira do seu veículo, deve
comunicar imediatamente a delegacia de Roubos e Furtos e fazer um
boletim de ocorrência, porque provavelmente seu veículo poderá ser
clonado.
portal correio
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