A avalanche atingiu uma passagem perigosa chamada de Geleira de Khumbu, que é cheia de fendas e rachaduras e grandes quantidades de seracs - ou enormes pedaços de gelo - que podem se soltar sem aviso.
"Estávamos amarrados a uma corda e carregando gás para o acampamento quando houve um som forte", disse Ang Kami Sherpa, de 25 anos, um dos pelo menos três sobreviventes, que foram levados de helicóptero para Katmandu. "Sabíamos que era uma avalanche, mas não conseguimos fugir ou fazer qualquer coisa."
"Um grande pedaço de neve caiu sobre nós e nos arrastou. Pareciam nuvens, tudo branco", ele disse em uma unidade de terapia intensiva do hospital onde estava sendo tratado de a um coágulo de sangue na perna e lesões faciais.
Os alpinistas declararam uma parada de quatro dias nos esforços para atingir o pico de 8,848 metros, e, enquanto alguns decidiram desistir da missão, outros disseram, depois de falar com seus guias, que iriam em frente. Todas as vítimas eram sherpas guias de montanha.
"Todo mundo aqui no acampamento base, está abalado. Alguns alpinistas estão fazendo as malas e desistindo, eles não querem ter mais nada a ver com isso", escreveu Tim Rippel da Peak Freaks Expeditions.
Embora relativamente baixo na montanha, os alpinistas dizem que a geleira é um dos lugares mais perigosos do Monte Everest. Existem no entanto caminhos mais seguros ao longo da famosa rota South Col, que foi escalada por Sir Edmund Hillary e Tenzing Norgay, em 1953.
Cerca de 100 alpinistas e guias já tinham conseguido atravessar além da Geleira de Khumbu para preparar suas tentativas ao pico. Eles estão a salvo, mas um novo caminho terá que ser aberto para tornar possível a continuação das expedições.
Equipes
resgatam um sobrevivente da avalanche que matou 12 pessoas no Monte
Everest nesta sexta-feira (18). Quatro guias ainda estão desaparecidos
(Foto: AFP)
globo.com
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